Geoografia
Por: marcospvn8 • 18/8/2015 • Resenha • 538 Palavras (3 Páginas) • 188 Visualizações
A casa das sementes livres
Com o crescimento da urbanização e da industria no campo, muitas famílias são expulsas para as cidades, e isso acontece na Aldeia Velha. E com o êxodo rural alem de se perder a identidade cultural local perdesse também mão de obra da agricultura familiar e sofre com a erosão genética, conseqüência da diminuição do uso de sementes tradicionais que foram substituídas pelas sementes industrializadas, estas que eram alvo de insatisfação por parte dos moradores .
Diante disso e juntando com a tentativa de revalorizar as sementes tradicionais em 2007 a Escola da Mata Atlântica, com apoio da Associação Software Livre (ASL), resolveu construir um banco de sementes crioulas(tradicionais, que possuem maior variabilidade). Então em 2008 com o uso da técnica de pau-a-pique(escolhida por escolhida por criar um ambiente com pouca variação térmica ajudando assim na conservação das sementes) o banco foi construído na Escola Estadual Municipalizada Vila Silva Jardim (EEMVSJ).
Com isso, começou-se a pensar no atrito entre cultura e modernidade,e assim o objetivo inicial de construir o banco foi de pouco a pouco dando espaço a um projeto que dava preferência a qualidade e não mais a quantidade, e somando com a falta de apoio financeiro o foco que antes era nos agricultores passa a ser ao ambiente educacional da comunidade. A partir desse momento o termo Banco passou a não fazer sentido, o lugar passou a ser um local para se pensar,discutir e sonhar livremente, desde então o nome passou a ser Casa das Sementes Livres.
E com o sucesso na educação dos jovens e crianças que participaram do projeto,e que receberam formação teórica e pratica , veio em 2009 a formação Da Semente ao Fruto: Curso de Formação Pedagógica da Casa de Sementes Livres curso que foi aprovado pelas Secretarias de Meio Ambiente e de Educação de Silva Jardim e assim as professoras puderam ter auxilio profissional para a completa integração da casa das sementes livres no cotidiano escolar .
Nas aulas de Agroecologia durante o ano letivo, foi feita a Cartilha ecopedagógica semeando para a vida onde foram catalogadas desde sementes que podiam ser encontradas na comunidade até o que poderia ser plantado nos diferentes tipos de terreno. E muitas dessas sementes nativas da região foram plantadas e multiplicadas no terreno da escola, na área vizinha à Casa das Sementes, que funciona como horta de abril a agosto e como espaço para multiplicação de sementes no restante do ano.
Em 2010, foi criada a pedagogia Griô que busca a inserção de tradição e de conhecimento não-formal em escolas , estas q vem sendo aprimoradas por todo o país depois que a associação Grãos de Luz, da Chapada Diamantina, divulgou alguma de suas práticas.
A dificuldade inicial de conservar sementes crioulas diretamente com os agricultores foi resolvida pela inserção da agroecologia na educação das crianças locais mostrando-as a importância da identidade cultural e da preservação das sementes tradicionais da região.
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