Grande Sertão
Resenha: Grande Sertão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: BarbaraGodoy • 15/9/2014 • Resenha • 306 Palavras (2 Páginas) • 169 Visualizações
O romance é marcado por dois grandes conflitos narrados por Riobaldo, o primeiro deles é contra Zé Bebelo e os soldados do governo e tem como líderes João Goanhá, Ricardão, Hermógenes, Joça Ramiro, Sô Candelário e Tirão Passos. Zé Bebelo é pego e julgado pelo tribunal composto por esses líderes chefiados por Joça Ramiro. Hermógenes e Ricardão defendem a pena capital para Zé Bebelo, mas, no fim do julgamento, Joca Ramiro sentencia-o a liberdade com a condição de que ele vá para Goiás e não volte sem ordem. Assim, o primeiro conflito tem fim.
O segundo conflito surge depois de um período de paz no sertão quando Gavião-Cujo, um jagunço, anuncia que “Mataram Joca Ramiro!...”, então, sob liderança de Zé Bebelo que retorna para vingar a morte daquele que lhe concedeu a liberdade, o bando de Riobaldo e Diadorim e demais chefes lutam contra o grupo rival liderado pelos assassinos de Joca Ramiro, Hermógenes e Ricardão, os traidores do bando. Essa guerra se finda com o romance com a morte de Hermógenes na batalha final no Paredão.
Riobaldo vê o mundo com indiferença. O mal é apenas projeção e o ser é a razão e seu temor, o vir a ser. O narrador diz que o “medo agarra a gente é pelo enraizado” e estar preso às raízes pode impossibilitar um olhar amplo para conquistas de novos horizontes, pois estar preso às limitações dos sentidos nos faz permanecer na mesma situação, culpando o medo e o remorso pela inação.
Grande Sertão: veredas abre parênteses para inúmeras análises literárias, pois é uma obra abrangente que discute a travessia da vida com todos os seus conflitos e labirintos diabólicos. O romance retrata o homem com suas projeções, ações e omissões em um mundo indiferente. É a afirmação dos conflitos humanos construindo e destruindo as teias de vivências; vivendo os paradoxos necessários.
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