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Linguagem, língua e fala

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Por:   •  22/9/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.997 Palavras (8 Páginas)  •  411 Visualizações

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TERRA, Ernani. Linguagem, língua e fala. São Paulo: Scipione, 1997.

A língua que se fala é um bem, necessária à nossa existência; Adquirimos bens para que eles possam ser úteis, prazerosos e confortáveis. A linguagem que é um sistema de sinais permite realizar atos de comunicação sendo esta uma capacidade humana que é dividida em verbal, não verbal; a língua é um aspecto da linguagem, um sistema de natureza gramatical que somente se concretiza através da fala, não devemos confundir língua com escrita quer e presenta um estágio posterior, e tem a razão de representar graficamente a língua. O caráter público da língua só existe em decorrência de uma espécie de contrato coletivo entre aqueles que a utilizam. E o caráter privado da fala se deve ao fato da mesma pertencer a cada indivíduo que pode usá-la como bem lhe aprouver dentro das regras preestabelecidas como as restrições intrínseca e extrínseca. Toda língua possui sua gramática e chamamos frases gramaticais as frases que seguem as regras internalizadas pelos falantes e agramaticais aquelas que não obedecem tais regras. O processo de apropriação de uma língua se faz por aprendizagem independente da escola, a criança aprende a língua observando as regularidades aplicando o princípio nas criações de suas próprias frases. A língua é um conjunto de signos e regras que tem que ser capaz de produzir novos signos; cada língua possui sua própria gramática e para criar uma nova palavra fazemos em consonância a essa gramática; (..) O uso de símbolos nos permite fazer associações e foram criados pelo homem com a finalidade de comunicação e para que haja esta teremos um emissor e um receptor; o signo linguístico une de maneira arbitrária um significante (realização material) a um significado (ideia e imagem psíquica) ... “o signo linguístico une o conceito à imagem”, o significante possui um caráter linear. O caráter arbitrário pode ser comprovado pela diferença entre línguas. A norma culta e língua: norma culta é uma linguagem padrão que não é critério para estabelecer o que é correto e fala é a realização da língua e sua diversidade. A gramática, também é o estudo da linguagem e das leis naturais que a regulam, a gramática normativa pressupõe que há uma única forma correta de utilização da língua, além da gramática normativa temos a internalizada, a descritiva e a gerativa. A língua (fala) se diversifica em níveis, alguns fatores são: o original, o cultural, o contextual e o natural. A fala se modifica sensivelmente em função do público formando os níveis: coloquial-popular, formal-culto, técnico-profissional e artístico-literário. A gíria é uma variante da língua e é utilizada por indivíduos de um grupo social ou profissional em circunstâncias especiais, a gíria de certos grupos profissionais é chamada de jargão. Não devemos pensar a língua como algo certo ou errado. Temos de pensar a linguagem sob o prisma da adequação. Os desvios decorrentes da ignorância constituem os vícios de linguagem já os desvios da norma enquanto reforço da mensagem não constituem erros e são classificados como figuras de linguagem, o desvio deixa de ser erro quando todos os membros que o aceitam como regra através de um acordo assim como acontece nos acordos ortográficos. A gramática normativa não é uma ciência, uma vez que ela não descreve a língua como ela é e sim com deveria ser (...).

Diferenças entre Língua Padrão, Linguagem Formal e Linguagem informal

Língua Padrão: A gramática é um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas pelo falante.

Os conceitos linguagem formal e linguagem informal estão, sobretudo associados ao contexto social em que a fala é produzida. 

Informal: Num contexto em que o falante está rodeado pela família ou pelos amigos, normalmente emprega uma linguagem informal, podendo usar expressões normalmente não usadas em discursos públicos (palavrões ou palavras com um sentido figurado que apenas os elementos do grupo conhecem). Um exemplo de uma palavra que tipicamente só é usada na linguagem informal, em português europeu, é o adjetivo “chato”.

Formal: A linguagem formal, pelo contrário, é aquela que os falantes usam quando não existe essa familiaridade, quando se dirigem aos superiores hierárquicos ou quando têm de falar para um público mais alargado ou desconhecido. É a linguagem que normalmente podemos observar nos discursos públicos, nas reuniões de trabalho, nas salas de aula, etc. Portanto, podemos usar a língua padrão, ou seja, conversar, ou escrever de acordo com as regras gramaticais, mas o vocabulário (linguagem) que escolhemos pode ser mais formal ou mais informal de acordo com a nossa necessidade. Não esqueça. Muitos acham que linguagem informal é aquela em que usamos gírias, o que não é verdade. Podemos fazer uso da linguagem informal sem usar gírias. Por exemplo, quando digo: - A gente vai ao cinema Edu? “a gente” é informal  e “ Edu” , um apelido também indica um intimidade típica da linguagem informal. Então, o que indica se a linguagem é informal ou não, não é apenas o uso de gírias, mas outros aspectos como o grau de intimidade, familiaridade entre os interlocutores (aquele que fala e aquele para quem se fala).

O registro linguístico é a utilização seletiva de uma linguagem para adaptar a expressão a um determinado auditório ou finalidade. Certas escolhas, especialmente as lexicais e sintáticas, mas também o tom e o grau de liberdade em relação às regras da língua, permitem ajustar a comunicação a uma situação: as pessoas se expressam de forma diferente conforme o ouvinte seja um parente, um desconhecido, uma criança ou um superior hierárquico, e segundo a sua idade, meio social e nível cultural.

Na linguagem falada, em grau decrescente de formalidade, o registro pode ser oratório, formal, coloquial tenso, coloquial distenso ou familiar. Na linguagem escrita, o registro pode ser literário, formal, informal ou pessoal. Outra classificação, simplificada, é a distinção entre linguagem formal e informal, válida tanto para a língua falada quanto para a escrita.

TERRA, Ernani. Linguagem, língua e fala. São Paulo: Scipione, 1997.

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