Literatura Brasileira

Trovadorismo

As primeiras escolas literárias eram influenciadas pela igreja. Ela realizava um controle político e ideológico sobre diversos reis e influenciou, de maneira determinante, a produção intelectual e artística do período. A essa força do pensamento religioso, que tem Deus como centro de toda reflexão sobre a existência e as ações humanas, e a consequente influencia da religião em todas as áreas do saber, chama-se teocentrismo.

POESIA E AMOR CORTÊS: As composições medievais abordam o amor. Esse tema, considerado universal na literatura, é desenvolvido na poesia desse período, conforme regras ditadas pelos costumes da época. Havia regras de “mesura”, devido a ela, o trovador não deveria nomear a mulher amada, visto que na maioria das vezes a mulher ou era casada, ou era de classe social superior à do poeta.

Alguns trovadores só tiveram seus textos publicados após a morte. Eles não as organizavam, só mais tarde intelectuais e bibliotecários passaram a reunir essas obras e as dispuseram em um livro chamado cancioneiro.

CANTIGAS DE AMOR: São apresentadas na 1ª pessoa do singular e com voz masculina lírica. A coita amorosa é outro elemento comum às cantigas de amor, é definida como aflição, angustia e sofrimento, sentimentos do trovador, pelo amor não correspondido.

CANTIGAS DE AMIGO: Predominava o “eu-lírico” feminino. O tema comum era o amor, contudo centrado na mulher, que manifestava seus sentimentos de saudades, de amor pelo seu amigo, termo este que designava o namorado. Eram divididas pelo cenário e tema nelas apresentados:

- Barcaloras: Tinha como cenário o mar, os rios ou lagos. Nelas, a mulher lamenta a ausência do amigo que partiu e não retornou.

- De romaria: Tinha como referência as peregrinações feitas pelas mulheres aos santuários medievais.

- Bailas: A dança era evidenciada ao lado das referências ao amigo.

CANTIGAS DE ESCÁRNIO E MALDIZER: Tinham como objetivo à crítica social de alguém ou uma situação. A cantiga de escárnio é caracterizada pela critica indireta a uma situação ou pessoa, não se fazia referência ao nome da pessoa que estava sendo satirizada e tinha um tom mais ameno que as cantigas de maldizer, que havia referência ao nome da pessoa ou uma forma de identificá-la, assim a critica era direta.

Humanismo

Os humanistas criaram uma nova maneira de entender o mundo ao pregarem a liberdade intelectual. Eles acreditavam em Deus, mas também reconheciam a força do pensamento humano. Afastados dos ideais da igreja de seu tempo e voltados ao racional e ao humano, os humanistas passaram a revalorizar o legado clássico. Nasceu, então, uma nova forma de ver e entender o mundo, não mais a partir de Deus, mas tomando o homem como centro do universo. Esse novo posicionamento desencadeou a formação do pensamento antropocêntrico. Gil Vicente foi considerado o primeiro e mais importante dramaturgo português do Humanismo.

RENASCIMENTO: Difundiu-se a ideia de universalismo, a percepção de que o homem, dotado de razão, ao se expressar, deva manifestar o que sente não só como individuo, mas como membro de toda a humanidade. Destacaram nesse período o poeta Francisco Sá de Miranda e Luís Vaz de Camões. Esse foi o maior poeta do Renascimento Português. Sua obra mais representativa seria Os Lusíadas, poema épico e reflete a cultura clássica, com elementos da mitologia romana, porém foi moldado em um filtro religioso católico. O gênero lírico também foi explorado por Camões, usando versos decassílabos ele representou o amor nunca atingido e por perspectiva ideal.

Quinhentismo

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