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Por:   •  25/3/2014  •  446 Palavras (2 Páginas)  •  843 Visualizações

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O texto de João Luís Ribeiro Fragoso, cujo título é mencionado acima, traz, de maneira geral e também específica, a situação histórica - com ênfase no quesito econômico - vivenciada pelo Brasil, quando da transição política deste território, sendo esta a transfiguração de um Império que se constituirá República.

O documento é dividido em seis partes, ao longo das quarenta e uma páginas de análises, considerações, observações e dados que o escritor adrede utiliza para expressar suas pesquisas sobre o tema abordado. Esses segmentos serviram para esquematizar a abordagem geral e específica, mencionada anteriormente. Logo, o historiador inicia falando de maneira genérica sobre o Brasil do século XIX, como unidade territorial e nação; para doravante discorrer, separadamente, sobre regiões com similitudes econômicas. Com a conclusão de Fragoso, no final da obra, é encontrada uma síntese dos fatos estudados, bem como noções preliminares do que estaria por vir no século XX. Convém sublinhar, agora, os segmentos do texto, a saber: Economia brasileira no século XIX: Mais do que uma plantation escravista-exportadora; A reafirmação do escravismo no Centro-sul e sua posterior superação; A grande propriedade e o camponês livre no Nordeste: Uma outra transição; O Sul e o Centro-oeste: “A periferia da periferia”; As conjunturas econômicas da república dos plantadores e o início da industrialização; e por último; Conclusões em direção ao século XX.

Ainda em “O Império Escravista e a República dos Plantadores” foi lançado mão de análises numéricas, essas que serviram como sustentáculos de apoio para inferências que não poucas vezes iam à contrapelo do paradigma de explicações ensaiado pela historiografia tradicional.

Após a apresentação da obra, analisemos, então, seu conteúdo.

A interpretação de que a economia brasileira durante o século XIX era escravista e dependente de flutuações externas é analisada com cautela e relativizada. Para tanto, é argumentado que a principal província escravista do país – Minas Gerais – no início dos oitocentos, não estava essencialmente ligada à exportação, mas ao mercado interno. O Brasil não era um país exclusivamente exportador, tanto que o Rio de Janeiro, sua maior praça mercantil entre 1796e1807, era dono de um déficit na balança comercial da ordem de 11:177:938$356, no período considerado. Em alguns anos os produtos da plantation não chegaram a saldar nem metade do que se importava. Porém, coligidamente aos senhores das plantations existiam a pecuária, a criação de porcos que, apesar de não venderem mercadorias para portos europeus, produziam riquezas e com elas comprariam fazendas européias, escravos africanos etc. Segundo João Ribeiro, essa multidão de pessoas que ia além da suposta exclusividade das plantations, desde o período colonial, foi o que possibilitou a remição das contas internacionais do Brasil, através do que auferiam comerciando internamente.

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