MÚSICA PARA IMAGINAR E EXPERIMENTAR O MUNDO
Por: Gabrielle Andrade • 27/10/2018 • Seminário • 612 Palavras (3 Páginas) • 2.708 Visualizações
MÚSICA PARA IMAGINAR E EXPERIMENTAR O MUNDO
INTRODUÇÃO- Vagner
A música é um dos principais elementos da nossa cultura. Há indícios de que desde a pré-história já se produzia música, provavelmente como consequência da observação dos sons da natureza. Desde os tempos mais antigos, a música e a dança fazem parte dos rituais e das festas de diferentes culturas. No nosso trabalho iremos dar mais ênfase na participação da música na cultura indígena e falaremos das manifestações de alguns povos indígenas do Brasil, com destaque para os aspectos musicais.
O TURÉ DO BAIXO OIAPOQUE-
Segundo o Instituto Socioambiental, atualmente no Brasil existem mais de 230 povos indígenas espalhados pelo território nacional. Nesses grupos, há aproximadamente 180 línguas diferentes.
Os povos indígenas Palikur, Galibi-Marworno, Galibi Kali’na e Karipuna formam os povos indígenas do baixo rio Oiapoque, que vivem na fronteira do Amapá com a Guiana Francesa. Apesar de muitos desses povos manterem contato com culturas não indígenas da região, eles preservaram o caráter sagrado e mágico do ritual do Turé, uma festa tradicional realizada para os espíritos do Outro mundo em retribuição às curas de doenças feitas por intermédio dos pajés, que são os únicos que se comunicam com os Karuãna (os espíritos). Os homens constroem os instrumentos de sopro usados no ritual e as mulheres preparam e servem uma bebida chamada caxixi. Todos os anos o pagé deve conduzir uma grande festa no durante a lua cheia do mês de outubro. No Turé, há vários cantos a cada fase da festa e um canto específico para cada espírito diferente que chega para a festa. Assim os cantos nunca se repetem durante toda a noite.
Danças no Turé
Para dançar o turé é preciso de 15 a 25 pares de dançarinos, que vão imitar os bichos ou Karuãna. Há pequenas diferenças na coreografia de uma tribo pra outra. No começo são iguais e começam com a dança do gengibre e termina com uma dança especial, a kulev, para mandar a cobra grande de volta ao outro mundo.
O Toré do Nordeste
O toré é umas das principais tradições dos índios do Nordeste brasileiro. É um ritual que envolve música e performance corporal. Nele as pessoas dançam em círculos e cantam batendo os pés no chão, acompanhadas por instrumentos sonoros como macarás, apitos e flautas de bambu, além de vocalizações em forma de cantos, assobios e gritos inspirados em sons de animais.
Atualmente as comunidades indígenas do Nordeste tem uma forma própria de praticá-lo. Essa prática teve influência da intensificação do processo de urbanização do Brasil a partir do século 20 e a crescente utilização de terras em áreas rurais para a produção Agropecuária e atividades de mineração, houve um grande aumento do contato de povos indígenas com a população não indígena. Esse contato interferiu sobre os modos de vidas daqueles povos, com algumas modificações em suas identidades. A prática do Toré é uma das principais formas de construção de identidade indígena, são muitos os povos que praticam entre eles: Tapeba, os Jenipapo-Kanindé, os Potiguara, os Pakararu, entre outros.
OS BRÔ MC’s
Grupo de rap formado por jovens de reserva indígena situadas no estado do Mato Grosso do Sul. A música deles é uma mistura das línguas Guarani e Português, tratam de pobreza, violência, morte em conflitos com fazendeiros por posse de terras, exclusão social, invisibilidade cultural. Eles denunciam a triste realidade em que vivem os povos indigenas remanescentes do Brasil.
CONCLUSÃO
Fazendo esse trabalho podemos perceber que as culturas indígenas podem ou não ser influenciadas pelas culturas dos povos não indigenas com quem se relacionam.
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