Nivelamento De Portugues

UniBH

Aluna: Alice Antunes

Professora: Luciana

BRANDÃO, Ludmila. A Casa Subjetiva: Matérias, afectos e espaços domésticos. Perspectiva; Cuiabá: secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso, 2002. P. 105 a 115.

No capitulo Casas Contemporâneas do livro A Casa Subjetiva, a autora desconstrói falsos conceitos do que seria uma casa contemporânea. Segundo o dicionário Aurélio, contemporâneo seria o presente, atual, mas para a autora, o atual não tem fim. Por isso, ela propõe outros aspectos para classificação do que seriam casas contemporâneas como alguns vínculos com o passado sem atribuição de um novo significado. O contemporâneo é marcado pelas maquinas, tendo como destaque a televisão. Ao longo do texto, ela expõe de forma crítica, separadamente cada cômodo da casa e classifica cada um conforme sua decoração, funcionalidade e pessoalidade.

Quartos:

Ao falar dos diferentes tipos de quartos, ela descreve, também, o perfil psicológico de quem os utiliza. Nos quartos classificados como “prisões” Ludmila descreve um ambiente desumano, com espaço extremamente limitado onde o único objeto capaz de preencher o vazio, criando um mundo ilusório, é a televisão. Esse quarto seria destinado às empregadas, o que evoca os tempos da escravidão. No quarto classificado como “evasões”, ela retrata a efemeridade. Esse é um quarto sem muitas marcas de pessoalidade onde o usuário passa pouco tempo. Por outro lado, no quarto “cinderelas”, a autora descreve pessoalidade marcante em um ambiente espaçoso. Além disso mostra a alienação das supostas cinderelas ao retratar como a TV influencia as formas de se vestir e os padrões sonhados pelas expectadoras que a assistem nesses quartos. No quarto classificado como “amém”, diferentemente do quarto Cinderelas, não há nenhum toque pessoal. Esse quarto é determinado pura e simplesmente pelas tendências da moda. Os “Se lhe falta chão” é o quarto de hotel onde o visitante procura se familiarizar com o ambiente através de alguns objetos pessoais.

Salas:

Essas são classificadas como: “enjauladas, neocuiabanas, abandonadas e letradas”. As “enjauladas”, trazem a TV como elemento essencial que une os membros da casa. Já as “neocuiabanas”, são salas que acompanham as tendências. Tem as paredes estampadas com obras de arte, enquanto as “letradas”, como o nome sugere, é abarrotada de livros de todas as formas e tamanhos. As “abandonadas”, são disfuncionais, normalmente utilizadas apenas como passagem para outro cômodo da casa.

Cozinhas:

“Mestiças, instantâneas e ventos do oriente”, são os 3 nomes dados as cozinhas trazidas pela autora. As mestiças são as cozinhas duplas. Uma é como uma vitrine onde os eletrodomésticos são expostos, mas ela não é utilizada. A outra, normalmente mais escondida é a que atende verdadeiramente suas funções. As “instantâneas” são de cozinhas rápidas. Essa equivale ao quarto de hotel. É essencialmente funcional. Já a ventos do oriente são as cozinhas da moda, assim como o quarto “amém” são extremamente equipadas com tudo o que há