O Acidente de Chernobyl
Por: fesilver • 16/11/2018 • Relatório de pesquisa • 3.085 Palavras (13 Páginas) • 256 Visualizações
RESUMO
O acidente de Chernobyl ocorreu em 26 de abril de 1986 e foi o mais grave na história da energia nuclear comercial.
A explosão do reator nuclear causou uma enorme liberação de resíduos tóxicos em grandes áreas da Bielorrússia, da Ucrânia e da Rússia.
Você conhece a história da explosão nuclear de Chernobyl?
Bom, pesquisei muito sobre esse assunto, e irei compartilhar essa história com vocês hoje.
Introdução.
O famoso acidente nuclear de Chernobyl aconteceu no dia 26 de abril de 1986, na Ucrânia, onde a maior parte da Europa era constituída pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas,
Ou para os intímos, União Soviética.
E que também no mesmo ano do acidente, estava no final da Guerra Fria, onde depois da Segunda Guerra Mundial, duas potências enormes começaram a disputar o controle do planeta, Estados Unidos da América (Capitalista), e União Soviética (Socialista).
Esses dois países disputavam palmo a palmo sua influência no mundo, que basicamente tudo que rolou no planeta na metade do século XX foi consequência disso. Tantos os soviéticos quanto os americanos ficavam disputando poder o tempo inteiro pra qualquer coisa, para quem era o mais desenvolvido, ou até mesmo quem era o mais poderoso, e sério, isso basicamente valia para tudo, tanto para pesquisa especial a esportes.
E quem não podia ficar de fora também era a industrialização, porque eles também estavam disputando nessa parte. Só que para ter a industrialização você não precisa só de matéria-prima e mão-de-obra, mas principalmente de energia para essas fábricas. E é ai que entram as usinas nucleares, que começaram a surgir no mundo depois da Segunda Guerra Mundial, e aliás, a primeira usina nuclear da história está justamente na União Soviética.
Era a usina de Obninsk, inaugurada em 1954, perto de Moscow. Mas de 1954 a 1986 quando rolou o acidente, muita coisa aconteceu, como a construção de usinas nucleares no mundo, e como a produção energética dessas usinas era enorme, muitos governos começaram a investir nisso, até mesmo o Brasil entrou nessa onda com a usina Angra 1, que fica no Rio de Janeiro, e que foi inaugurada em 1980.
Só que ao mesmo tempo, muita gente era contra isso, porque um acidente em uma usina nuclear ia fazer muito mais do que deixar pessoas sem luz, como o reator dessas usinas tem material radioativo, qualquer acidente ou erro de operação poderia virar um desastre gigantesco.
E essa questão continuou a ser muito discutida, só que começou a ganhar mais força ainda em 1979, quando uma usina nuclear no estado da Pensilvânia nos Estados Unidos sofreu um acidente. E o que aconteceu é que um dos reatores derreteu e soltou material radioativo na atmosfera, contaminando toda a região, e durante anos, esse foi o desastre nuclear mais grave na história.
CAOS NO NORTE DA UCRÂNIA
Bem, alguns anos antes do acidente nuclear na Pensilvânia, o governo Soviético começou a
construção do que seria a primeira usina nuclear no território aonde fica a Ucrânia, e as obras começaram em 1972, e rolaram na região da cidade de Chernobyl, perto da fronteira com a Bielorrússia.
E como uma usina exigia um número grande de funcionários, os caras construíram até uma cidade, chamada de Pripyat, para servir de residência pro pessoal que trabalhava lá, e em 1977 o primeiro reator da usina começou a funcionar, e até o ano de 1983 a usina ganhou mais 3 reatores, gerando mais 10% de toda a energia da Ucrânia, e eles queriam construir mais 2 reatores para gerar mais energia.
Mas ai veio a madrugada do dia 26 de Abril de 1986. Como o reator de número 4 iria passar por uma manutenção, os funcionários da fábrica resolveram fazer uns testes nesse reator. A ideia era simular um apagão para checar se mesmo sem energia os reatores continuariam operando em segurança até os geradores reservas começarem a funcionar.
Para esse teste rolar de forma segura, o reator teria que estar operando com 25% de sua capacidade, e com os sistemas de segurança desligados. Só que os caras fizeram tudo isso, mas de repente, a potência do reator caiu para menos de 1%, então eles resolveram aumentar um pouco a potência. Só que ao invés de ela ficar com 25% da sua capacidade, ela acabou subindo muito mais do que isso.
Como os sistemas de segurança estavam desligados, não tinha nada resfriando o núcleo do reator, que chegou a temperatura de 2000 °C. Esse calor causou uma explosão de vapor tão grande, que arrancou pelos ares o teto do reator que pesava cerca de 1000 toneladas.
Depois do acidente, foi preciso construir o que eles chamam de sarcófago, uma cobertura enorme de concreto e aço que envolvia o reator 4. Dentro desse sarcófago tem 200 toneladas de um material radioativo chamado cúrio, 30 toneladas de terra e pó contaminados, e 16 toneladas de urânio e plutônio.
CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE
A liberação de material radioativo da usina ocorreu por, pelo menos, dez dias.
Os materiais de maior e mais perigosa exposição foram o Iodo-131, o gás xénon e o Césio-137 em um montante de 5% de todo o material radioativo de Chernobyl, estimado em 192 toneladas.
Levadas pelo vento, partículas do material chegaram à Escandinávia e à Europa Oriental.
Houve intensa exposição ao material radioativo por parte das equipes de controle do acidente e bombeiros, os primeiros a chegarem ao local.
Entre os 28 mortos nos primeiros dias, seis eram bombeiros. Os trabalhos de controle ocorreram entre 1986 e 1987 e envolveram 20 mil pessoas, que receberam diferentes doses de exposição à radiação. O governo soviético reassentou 220 mil pessoas moradoras das áreas próximas ao desastre.
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