O Cortiço
Trabalho Escolar: O Cortiço. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Andreza • 30/3/2014 • 1.824 Palavras (8 Páginas) • 1.505 Visualizações
O CORTIÇO
Autor: Aluísio Azevedo
Obra: O Cortiço
Edição: 9º
Editora :Ática S.A-R.Barão de Iguape, 110-Tel.:PBX 278-9322(50 Ramais)-C.Postal 8656 –End.Telegráfico “Bomlevro”-S.Paulo.
Local e Data de publicação : São Paulo / 1980
BIOGRAFIA :
Aluísio de Azevedo
Ainda em petiz revela pendores para o desenho e para a pintura, dom que mais tarde lhe auxiliaria na produção literária. Concluindo os preparatórios em São Luís do Maranhão, transfere-se em 1876 para o Rio de Janeiro, onde prossegue estudos na Academia Imperial de Belas-Artes, obtendo, a título de subsistência imediata, ofício de colaborador caricaturista de jornais.
Filho do vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo, que, ainda jovem, enviuvara-se em boda anterior, e de D. Emília Amália Pinto de Magalhães, separada de um rico comerciante português, Antônio Joaquim Branco, assiste Aluísio, em garoto, ao desabono da sociedade maranhense a essa união dos pais contraída sem segundas núpcias, algo que se configurava grande escândalo à época. Foi Aluísio, irmão mais novo do dramaturgo e jornalista Artur Azevedo, com o qual, em parceria, viria a esboçar peças teatrais.
Com o falecimento do pai em 1768 volta ao Maranhão para sustentar a família, onde, instigado por dificuldades financeiras, finalmente dá início à atividade literária, publicando Uma Lágrima de Mulher no ano seguinte. Em 1881, ano dentre a crescente efervecência abolicionista, publica o romance O Mulato, obra que deixa a sociedade escandalizada pelo modo cru com que desnuda a questão racial. Nela, o autor já demonstra ser abolicionista convicto.
Diante da reação hostil da província, obtendo sucesso com a obra na Corte, onde era considerada como exemplo da escola naturalista, volta à capital imperial e aí, incessantemente, produz romances, contos, crônicas e peças de teatro.
Sua obra é tida na conta de irregular por diversos críticos, uma vez que a produção oscile entre o romantismo de tons melodramáticos, de cunho comercial para o grande público, e o naturalismo já em obras mais elaboradas, deixando a marca de precursor do movimento.
Introdução
O livro retrata a história de João Romão , um homem, que acaba construindo vasto e movimentado cortiço. Ao lado vem morar outro português de classe elevada , que acabam não se dando bem.
No cortiço moram os mais variados tipos de pessoas : Brancos , pretos, mulatos, lavadeiras ,malandros ,homens sem profissão, benzedeiras etc. Entre eles Rita Baiana, mulata bonita que tinha vários amores e a quem todos admiravam; Firmo, namorado de Rita , malandro e valentão; Jerônimo e sua mulher, Piedade, Portugueses.
Enredo :
João Romão, português, bronco e ambicioso, juntando dinheiro a poder de penosos sacrifícios, compra pequeno estabelecimento comercial no subúrbio da cidade – Botafogo- (Rio de Janeiro). Ao lado morava uma negra , escrava fugida , trabalhadeira, que possuía uma quitanda e umas economias. Os dois amasiam-se, passando a escrava a trabalhar como burro de cargas para João Romão. Com o dinheiro de Bertoleza (assim se chamava a ex-escrava ), o português compra algumas braças de terra e alarga sua propriedade. Para agradar Bertoleza, forja uma falsa carta de alforria.
Como o decorrer do tempo, João Romão compra mais terras e nelas constrói três casinhas que imediatamente aluga. O negócio dá certo e novos cubículos se vão amontoando na propriedade do português. A procura de habitação e enorme, e João Romão, ganancioso, acabam construindo vasto e movimento cortiço. Ao lado vem morar outro português, mas de classe elevada, com certos ares de pessoa importante, o senhor Miranda, cuja mulher leva vida irregular.
Miranda não se dá com João Romão nem vê com bons olhos o cortiço perto de sua casa.
No cortiço moram os mais variados tipos: brancos, pretos, mulatos, lavadeiras, malandros, assassinos, vadios, benzedeiras etc. Entre outros, a Machona, lavadeira gritalhona, “cujos filhos não se pareciam uns com os outros”; Pombinha, moça franzina que se desencaminha por influência das más companhias; Rita Baiana, mulata faceira que andava amigada na ocasião com Firmo, malando valentão; Jerônimo e sua mulher e outros mais.
Com o passar do tempo, Miranda percebe que não podia competir com Ramão no dinheiro: prefere sonhar com um título, o baronato, para se tornar superior ao patrício.
João Romão tem agora uma pedreira que lhe dá muito dinheiro e os serviços nessa pedreira progrediram muito com a chegada de Jerônimo para supervisionar as atividades. No cortiço há festas com certa frequência, destacando-se nelas Rita Baiana como uma dançarina provocante e sensual, o que faz Jerônimo perder a cabeça. Enciumando, Firmo acaba brigando com Jerônimo e hábil na capoeira, abre a barriga do rival com a navalha e foge. A confusão foi tanta que pela primeira vez, entrou polícia no cortiço. Os moradores foram contra a polícia e no auge da confusão, Bruxa atiçou fogo num dos barracos. Maiores prejuízos não houve porque começou a cair uma chuva muito forte.
Jerônimo teve em Rita uma zelosa enfermeira antes de hospitalizar-se.
Naquela mesma rua, outro cortiço se forma. Os moradores do cortiço de João Romão chamam-no de “Cabeça-de-Gato”; como revide, recebem o apelido de “Carapicus”. Firmo passara a morar no “Cabeça-de-gato”, onde se torna chefe dos malandros. A rivalidade entre os cortiços tornou-se clara.
Jerônimo que havia sido internado em um hospital após uma briga com Firmo, arma uma emboscada traiçoeira para o malandro e o mata o pauladas, fugindo em seguida com Rita Baiana, abandonando a mulher.
Querendo vingar a morte de Firmo, os moradores do “Cabeça-de-gato” travam séria briga com os “Carapicus”. Um incêndio, porém, em vários barracos do cortiço de João Romão põe fim á briga coletiva. Vieram os bombeiros e se constituíram os heróis da festa, mas o incêndio havia destruído tudo. O português João Romão, agora endinheirado, reconstrói o cortiço, dando-lhe nova feição, pois melhorou o nível das moradias e fez até uma bela casa para ele. Na verdade, João Romão
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