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O Cortiço.

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Por:   •  8/4/2014  •  1.006 Palavras (5 Páginas)  •  417 Visualizações

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O Cortiço

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja O Cortiço (desambiguação).

O Cortiço

Autor (es) Brasil Aluísio Azevedo

País Brasil Brasil

Assunto exclusão e diferenças sociais

Género Romance naturalista

Editora B. L. Garnier

Lançamento 1890 (1a. edição)

Páginas 354 (1a edição)

Cronologia

ÚltimoÚltimo

O Homem

A Mortalha de Alzira

PróximoPróximo

O Cortiço é um romance naturalista do escritor brasileiro Aluísio Azevedo publicado em 1890.1 Que denuncia a exploração e as péssimas condições de vida dos moradores das estalagens ou dos cortiços cariocas do final do século XIX.2

Índice [esconder]

1 Estilo

2 Henrique

3 Sinopse

4 Adaptação para o cinema

5 Referências

6 Ver também

7 Ligações externas

Estilo[editar | editar código-fonte]

Naturalista, o autor usa da figura de linguagem denominada zoomorfismo atribuindo a pessoas e coisas adjetivos e ações de animais e plantas, como nos exemplos:3

Um dia, porém, o seu homem, depois de correr meia légua, puxando uma carga superior às suas forças, caiu morto na rua, ao lado da carroça, estrompado como uma besta.

E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.

(...) e ouvia, a contragosto, o grosseiro rumor que vinha da estalagem numa exalação forte de animais cansados. Não podia chegar à janela sem receber no rosto aquele bafo, quente e sensual, que o embebedava com o seu fartum de bestas no coito.

Havia ainda, sob as telhas do negociante, um outro hóspede além do Henrique, o velho Botelho. Este, porém, na qualidade de parasita.

Henrique[editar | editar código-fonte]

Alfredo Bosi destaca que Azevedo não se importa em construir um enredo, mas em criar personagens convincentes:

Só em O Cortiço Aluísio atinou de fato com a fórmula que se ajustava ao seu talento: desistindo de montar um enredo em função de pessoas, ateve-se à sequência de descrições muito precisas onde cenas coletivas e tipos psicologicamente primários fazem, no conjunto, do cortiço, a personagem mais convincente do nosso romance naturalista. Existe o quadro: dele derivam as figuras.4

Segundo análise de Antonio Candido, no ensaio De Cortiço a Cortiço, no cortiço de Aluísio Azevedo a natureza brasileira "desempenha papel essencial como explicação dos comportamentos transgressivos, como combustível das paixões e e até da simples rotina fisiológica. ALuísio aceita a visão romântico-exótica de uma natureza poderosa e transformadora, reinterpretando-a em chave naturalista."5

De acordo com Valentin (2013), O cortiço é um dos primeiros romances brasileiros a apresentar representações da homossexulidade6 . A esse respeito, afirma o autor:

"[...] em O cortiço, conclui-se que a homossexualidade é representada de duas maneiras: a primeira delas, no caso de Albino, de modo estereotipado e oblíquo, na qual ela funciona como caracterizador de um tipo social; a segunda, no caso de Pombinha e Léonie, materializada sob a forma de ato sexual, no qual o desejo, concebido como instinto animal degenerado (por ser de orientação homoerótica e por vir de uma prostituta), emerge a partir da personagem Léonie. Nesse caso, no entanto, ela não se sustenta como algo duradouro, pois ela se resume àquele ato"7 (VALENTIN, 2013, p. 199).

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Gtk-paste.svg Aviso: Este artigo ou se(c)ção contém revelações sobre o enredo.

“Proprietário

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