O Cortiço.
Artigos Científicos: O Cortiço.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: abcdef123 • 8/4/2014 • 1.006 Palavras (5 Páginas) • 417 Visualizações
O Cortiço
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O Cortiço
Autor (es) Brasil Aluísio Azevedo
País Brasil Brasil
Assunto exclusão e diferenças sociais
Género Romance naturalista
Editora B. L. Garnier
Lançamento 1890 (1a. edição)
Páginas 354 (1a edição)
Cronologia
ÚltimoÚltimo
O Homem
A Mortalha de Alzira
PróximoPróximo
O Cortiço é um romance naturalista do escritor brasileiro Aluísio Azevedo publicado em 1890.1 Que denuncia a exploração e as péssimas condições de vida dos moradores das estalagens ou dos cortiços cariocas do final do século XIX.2
Índice [esconder]
1 Estilo
2 Henrique
3 Sinopse
4 Adaptação para o cinema
5 Referências
6 Ver também
7 Ligações externas
Estilo[editar | editar código-fonte]
Naturalista, o autor usa da figura de linguagem denominada zoomorfismo atribuindo a pessoas e coisas adjetivos e ações de animais e plantas, como nos exemplos:3
Um dia, porém, o seu homem, depois de correr meia légua, puxando uma carga superior às suas forças, caiu morto na rua, ao lado da carroça, estrompado como uma besta.
E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.
(...) e ouvia, a contragosto, o grosseiro rumor que vinha da estalagem numa exalação forte de animais cansados. Não podia chegar à janela sem receber no rosto aquele bafo, quente e sensual, que o embebedava com o seu fartum de bestas no coito.
Havia ainda, sob as telhas do negociante, um outro hóspede além do Henrique, o velho Botelho. Este, porém, na qualidade de parasita.
Henrique[editar | editar código-fonte]
Alfredo Bosi destaca que Azevedo não se importa em construir um enredo, mas em criar personagens convincentes:
Só em O Cortiço Aluísio atinou de fato com a fórmula que se ajustava ao seu talento: desistindo de montar um enredo em função de pessoas, ateve-se à sequência de descrições muito precisas onde cenas coletivas e tipos psicologicamente primários fazem, no conjunto, do cortiço, a personagem mais convincente do nosso romance naturalista. Existe o quadro: dele derivam as figuras.4
Segundo análise de Antonio Candido, no ensaio De Cortiço a Cortiço, no cortiço de Aluísio Azevedo a natureza brasileira "desempenha papel essencial como explicação dos comportamentos transgressivos, como combustível das paixões e e até da simples rotina fisiológica. ALuísio aceita a visão romântico-exótica de uma natureza poderosa e transformadora, reinterpretando-a em chave naturalista."5
De acordo com Valentin (2013), O cortiço é um dos primeiros romances brasileiros a apresentar representações da homossexulidade6 . A esse respeito, afirma o autor:
"[...] em O cortiço, conclui-se que a homossexualidade é representada de duas maneiras: a primeira delas, no caso de Albino, de modo estereotipado e oblíquo, na qual ela funciona como caracterizador de um tipo social; a segunda, no caso de Pombinha e Léonie, materializada sob a forma de ato sexual, no qual o desejo, concebido como instinto animal degenerado (por ser de orientação homoerótica e por vir de uma prostituta), emerge a partir da personagem Léonie. Nesse caso, no entanto, ela não se sustenta como algo duradouro, pois ela se resume àquele ato"7 (VALENTIN, 2013, p. 199).
Sinopse[editar | editar código-fonte]
Gtk-paste.svg Aviso: Este artigo ou se(c)ção contém revelações sobre o enredo.
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