O Gênero Textual Ficção Científica
Por: TDarc • 16/9/2020 • Exam • 2.597 Palavras (11 Páginas) • 727 Visualizações
Habilidade (EF69LP44) Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.
Habilidade (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo.
Língua Portuguesa – 8º ANOS
Professora TATYANNE D ARC CORREA FERNANDES
Conteúdos:
- Novela de ficção científica.
- Conceitos científicos na ficção científica.
- Verossimilhança.
- Coesão e progressão textual.
Que alegria ter você aqui novamente, hoje o assunto é sobre ciência e humanidade.
Assista o vídeo abaixo e não economize anotações ☺
O que é Ficção Científica? - VIDEOPOST #10
Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=E71Ggm3S6jk
LEIA COM ATENÇÃO O CONTEÚDO ABAIXO, E COPIE NO SEU CADERNO DE LÍNGUA PORTUGUESA.
FICÇÃO CIENTÍFICA
A ficção científica é um gênero ficcional desenvolvido no século XX e se refere às narrativas que incluem componentes científicos como essenciais ao andamento da trama.
Esse gênero consiste, a priori, de uma elaboração de fatos e princípios científicos em forma de narrativa, mas também pode abordar temas fantásticos, que, inclusive, contradigam tais fatos e princípios. Entretanto, nas duas situações, deve haver algum nível de plausibilidade e verossimilhança.
Os fatos e as narrativas de uma narrativa de ficção não são necessariamente reais, mas devem se conectar de maneira que sejam convincentes ao leitor, ou seja, de maneira que haja uma coerência. Portanto, o que importa não é a veracidade dos fatos narrados, mas a verossimilhança, que dá impressão de realidade.
Na ficção cientifica, a verossimilhança é construída por meio da base científica de alguns conceitos e das justificativas em torno dos elementos imaginários que surgem na obra.
VEROSSIMILHANÇA
Verossimilhança provém do latim verisimilis, cujo sentido se atém a “provável”, ou seja, a narrativa precisa ser constituída de um universo possível, no intuito de provocar no leitor a sensação de que algo pode realmente existir, acontecer. Assim, os fatos não precisam corresponder de forma exata ao universo exterior, mas necessariamente precisam ser verossímeis, semelhantes à realidade.
Com base nesse aspecto, podemos afirmar que a ficção, de uma forma geral, apresenta dois aspectos básicos, sendo estes:
* Verossimilhança externa – Trata-se daquilo que é aceito pelo senso comum, tido como possível, provável.
* Verossimilhança interna – Caracteriza-se pela coerência narrativa, ou seja, pela sequência temporal dos fatos. Esses, por sua vez, devem suceder temporalmente, isto é, uma causa (um fato), desencadeia uma consequência, dando origem a novos fatos e assim sucessivamente. Quando essa sucessão, por um motivo ou outro, se torna contraditória, constata-se que a narrativa adquiriu um aspecto inverossímil.
ATIVIDADES
Antes de iniciar a leitura do texto, busque no dicionário o significado das palavras abaixo:
Alvissareiras:
Legislatura:
Positrônico:
Platinirídio:
Pósitrons:
Protelar:
A ciência além do tempo.
A novela “O homem bicentenário” faz parte da série Robôs, que reúne histórias ligadas à robótica. No livro, é apresentada a trajetória de Andrew, um androide que passa por um processo de humanização e luta para ser reconhecido como ser humano. O trecho abaixo traz capítulos finais dessa saga. Do que será que um robô precisa para ser reconhecido como humano?
TEXTO
O homem bicentenário
[pic 1]
19.
Não foi uma luta direta. A Feingold & Martin aconselhou Andrew a ter paciência, coisa que ele, resmungando tristemente, disse que tinha até de sobra. A banca de advocacia iniciou, então, uma campanha para restringir e delimitar a área de ação.
Entraram com uma petição em que afirmava que um indivíduo portador de prótese cardíaca ficaria isente de pagamento de dívidas, com fundamento na asserção jurídica de que a posse de órgão robótico o destituía da condição humana, e consequentemente, dos direitos constitucionais dos seres humanos. Lutaram de modo hábil e obstinado para provar esse ponto de vista, perdendo terreno a cada instante, mas sempre de tal forma que a sentença teve de ser a mais abrangente possível e depois, então, apresentaram recurso perante o Tribunal Mundial.
Isso levou anos e vários milhões de dólares.
Proferida a sentença definida. Delong ofereceu o que equivalia a uma comemoração de vitória por causa da derrota legal. Andrew, naturalmente, encontrava-se presente no escritório de corporação, onde se festejava a ocasião.
– Conseguimos duas coisas, Andrew – disse Delong -, ambas alvissareiras.
Antes de mais nada, ficou determinado que, qualquer que seja a quantidade de membros artificiais que exista no corpo humano, isso não impede que continue a ser considerado como tal. E, em segundo lugar, conquistamos o apoio incondicional da opinião pública a favor de uma ampla interpretação do que vem a ser um homem, já que não há nenhuma criatura que não conte com próteses para se manter viva.
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