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O Principe E O Mendigo

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Por:   •  20/10/2014  •  535 Palavras (3 Páginas)  •  218 Visualizações

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O Príncipe e o Mendigo é um clássico, publicado pela primeira vez em 1880. A história, ambientada no século XVI, retrata uma Inglaterra devastada pelos anos de guerras contra a França e onde impera a desigualdade social. O regime era a monarquia e a palavra do Rei era a lei absoluta. Neste intenso contexto histórico nascem dois meninos: Tom Canty, aquele que ninguém queria e Eduardo Tudor, o festejado Príncipe de Gales.

Tom morava com sua família, a mãe pedinte, o pai ladrão, uma avó diabólica e duas irmãs ignorantes, todos em um quartinho de uma residência abandonada, onde se acumulavam miséria, sujeira, fome e pessoas.

Ainda assim Tom considerava sua vida boa, principalmente no verão. Ah o verão... era então que ele sonhava.

“Sua mente ficava cheia dessas coisas maravilhosas e muitas noites, quando deitava no escuro, em sua palha escassa e desconfortável, cansado, com fome e sofrendo com tantos insultos, ele soltava a imaginação e logo se esquecia da dor, imaginando-se na vida de um príncipe num castelo suntuoso.” p. 19-20

Sua fantasia era tão real, que aos poucos mudou sua rotina e seu comportamento. Passou a falar cerimoniosamente, comportar-se com decoro e até imitar os nobres. Seus amigos eram sua corte e todos o admiravam. Mas quando a realidade se impunha, na forma das surras, fome e frio, a amargura se intensificava.

Um dia Tom vagava em busca de esmolas quando percebeu estar próximo de Westminster, o palácio real e mesmo envolto em trapos se aproximou.

“Um garoto gracioso, bronzeado e forte, por conta dos exercícios ao ar livre, cujas roupas eram de seda e cetim, com muitas joias; em sua cintura, uma pequena espada e um punhal cravejado com pedras preciosas; sapatos delicados de sola vermelha em seus pés; e em sua cabeça um alegre chapéu carmim, com plumas presas com uma linda pedra brilhante. (...) Ah! Ele era um príncipe (...).” p. 23

A partir de então, se desenrola uma cena inusitada e os meninos trocam de identidade e lugar. A confusão é compreensível, já que ambos são exatamente iguais. Ao mesmo tempo em que a troca liberta os meninos do controle de pais opressivos, também apresenta perigos inesperados. É apenas o início de uma aventura.

Enquanto Tom passa a viver no castelo, rodeado pelas suas fantasias e tendo seus mais secretos desejos atendidos, Eduardo se vê em meio a uma realidade que nunca cogitou. Perdido em uma cidade que para ele é estranha, logo é obrigado a agir como pode e amadurece depressa, enquanto busca uma maneira de voltar ao trono.

“Naquela mesma hora, Eduardo, o verdadeiro rei, com fome e com sede, sujo e cheio de lama, rendido pelo cansaço da viagem, vestido com trapos e pedaços de pano, resultado do motim, estava enfurnado numa multidão de pessoas que observava, com grande interesse, certos grupos de trabalhadores apressados que entravam e saíam da Abadia de Westminster, tão ocupados quanto as formigas: eles cuidavam dos últimos preparativos para a coroação.” p. 181

A partir de um tema recorrente, a troca da identidade, temos um enredo bem elaborado, com diálogos instigantes e situações que mesclam drama e emoção. A história é voltada para o público infantojuvenil e retrata de maneira lúdica

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