O SOCIOCONSTRUTIVISMO
Por: thaismalutuck • 6/5/2018 • Resenha • 1.272 Palavras (6 Páginas) • 172 Visualizações
O que é Socioconstrutivismo?
Construtivismo é uma das correntes teóricas empenhadas em explicar como a inteligência humana se desenvolve partindo do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio.
Esta concepção do conhecimento e da aprendizagem que derivam, principalmente, das teorias da epistemologia genética de Jean Piaget.
Nesta concepção, o conhecimento não se traduz em atingir a verdade absoluta, em representar o real tal como ele é, mas numa questão de adaptação (noção trazida da biologia) do organismo a seu meio ambiente. Assim, o sujeito do conhecimento está o tempo todo modelando suas ações e operações conceituais com base nas suas experiências. O próprio mundo sensorial com que se depara é um resultado das relações que se mantém com este meio, de atividade perceptiva para com ele, e não um meio que existe independentemente.
Na aquisição de novos conhecimentos o ser humano, segundo Piaget, adota dois procedimentos: a assimilação e a acomodação. Estes dois processos buscam restabelecer um equilíbrio mental perturbado pelo contato com um dado incompatível com aquilo que se conhece até então (princípio de equilibração). No primeiro caso aquilo com que se entra em contato é assimilado por um esquema já existente que então se amplia, no segundo, o dado novo é incompatível com os esquemas já formulados e então se cria um novo esquema acomodando este novo conhecimento. Este novo esquema será então ampliado na medida em que o indivíduo estabelecer relações com seu meio.
O sujeito no centro do processo de aprendizagem
O pensamento sobre ensino/aprendizagem da língua escrita nas séries iniciais sofreu uma grande virada na década de 80, em decorrência, dentre outros fatores, da publicação no Brasil da obra Psicogênese da Língua Escrita, de Emília Ferreiro e Ana Teberoski, em 1986, que redirecionou o olhar sobre a eficácia dos chamados métodos tradicionais de ensino, apontando outro modelo com foco no desenvolvimento da criança como um sujeito singular, ativo e pensante.
Nessa perspectiva, o alicerce da prática pedagógica é o investimento direto no texto, sem passar pela decifração, como orienta o caderno “Avaliação no ciclo de alfabetização: reflexões e sugestões”, documento do Pacto Nacional de Alfabetização (Pnaic, 2012, pag. 14).
O construtivismo fundamenta-se, por um lado, na constatação de que as crianças fazem uso de suas capacidades cognitivas e lingüísticas e constroem hipóteses conceituais sobre o mecanismo de funcionamento da língua, buscando saber, primeiramente, o que a escrita representa e como funciona e, por outro, nas 25 teses da whole language3 , segundo a qual a habilidade de ler emerge natural e espontaneamente das experiências prévias da criança com material escrito no ambiente. A instrução da leitura deveria ser pautada pela aquisição da língua materna, que tem como foco a apreensão do significado e e não as unidades estruturais e abstratas do código lingüístico.
Assim, como resultado de uma imersão no mundo da escrita e da interação com textos diversos, a criança evolui em estágios qualitativamente diferentes, dependendo da hipótese dominante que caracteriza cada estágio
pré-silábico a criança não compreende que a escrita representa a fala, dedicando todo seu esforço para identificar as características distintivas do escrito.
Esse estágio se caracteriza por dois princípios: o princípio da quantidade mínima, segundo o qual uma palavra tem que ter um número fixo de letras, em geral três, e o princípio de variação qualitativa, em que não pode haver repetição de letras em uma palavra. A busca por critérios de diferenciação leva à compreensão de que os sinais gráficos representam sons, na pronúncia das palavras, período considerado por Ferreiro como uma revolução conceitual no desenvolvimento da criança. Por pressões do meio ambiente, a criança evolui para uma produção em que correlaciona o número de fonemas da palavra ao número de letras, no estágio alfabético.
O cotidiano em uma abordagem construtivista
Deve proporcionar ao professor conhecer cada criança e como evolui seu aprendizado, para fazer intervenções específicas de acordo com a necessidade de cada um.
O professor vai chamando os alunos em sua mesa, para observar as hipóteses de escrita que estão desenvolvendo e quais as explicações que o aluno dá para cada tipo de construção.
O professor assume o papel de mediador entre a criança e o conhecimento criando situações em que ela possa confrontar sua produção pessoal e a escrita, tal como aparece na realidade.
Diferentemente dos demais métodos, o professor não organiza uma seqüência para apresentação das letras/sílabas ou palavras, ao contrário, disponibiliza situações em que se faz necessário o uso da escrita, como na produção de cartazes, bilhetes,
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