O filme "Anjos do Sol" e um retrato da realidade brutal
Seminário: O filme "Anjos do Sol" e um retrato da realidade brutal. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: machado55 • 12/4/2014 • Seminário • 710 Palavras (3 Páginas) • 934 Visualizações
O filme “Anjos de Sol” e o retrato de uma realidade cruel que é o tráfico de seres humanos
Posted on 2 de Maio de 2011 by Conselho de Coordenação
Dimensão analítica: Direito, Justiça e Crime
Título do artigo: O filme “Anjos de Sol” e o retrato de uma realidade cruel que é o tráfico de seres humanos
Autor: Hernâni Veloso Neto
Filiação institucional: Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto
E-mail: hneto@letras.up.pt
Palavras-chave: Tráfico de seres humanos, pseudo-invisibilidade, Anjos do Sol
Terminei o artigo anterior, o primeiro de uma série de quatro que elaborei sobre a problemática do tráfico de seres humanos, com a ideia que as instâncias internacionais e nacionais têm efectuado um esforço crescente para que o tráfico de seres humanos possa ser uma condição evitável. Um trabalho concertado tem permitido a constituição e difusão de uma plataforma de actuação. Em Portugal, essa plataforma estruturou-se em torno do Plano Nacional contra o Tráfico de Seres Humanos. O país conta, desde 2007, com um plano dessa natureza. Actualmente, está em vigor o segundo plano. O primeiro vigorou entre 2007 e 2010 e o actual considera o horizonte 2011-2013.
No âmbito destes planos, imensas iniciativas e mecanismos foram criados tendo em vista a disseminação e conhecimento da problemática, a protecção, apoio e integração social das suas vítimas, bem como a formação de agentes e estruturas para a sua prevenção, investigação e combate. O projecto Convergências tem o seu contexto de actuação nestes planos. A existência deste tipo de iniciativas, em conjunto com muitas outras acções e mecanismos criados por todo o país, contribui para que a luta societal contra o tráfico assuma outra grandeza, mas também incrementa a responsabilidade social das pessoas. Isto porque, por um lado, deixa de haver razões para a legitimação social da desresponsabilização individual sobre o pretexto de não existirem informações e acções que favoreçam o conhecimento do fenómeno; por outro lado, as pessoas aos estarem conscientes e capacitadas para reconhecerem e agirem sobre o fenómeno também as responsabiliza mais, na medida em que tendo os recursos necessários para agir, é exigível que não os ignorem e os coloquem em prática.
Tem se colocado mais a tónica na responsabilidade social do que na visibilidade social, porque se defende que o fenómeno do tráfico de seres humanos não pode ser considerado desconhecido. Existem imensos recursos produzidos e disponíveis sobre a problemática. As sociedades, em particular a portuguesa, dispõem de instrumentos adequados, não são perfeitos, mas favorecem uma actuação consistente e concertada sobre o problema. Naturalmente que quanto maior visibilidade tiverem os mecanismos de prevenção, melhor. Mas o mais importante é que exista um assumir das responsabilidades e que se concretizem acções para que as pessoas se consciencializem dessa necessidade e obrigação.
O ciclo de cinema e debate que estão na base desta reflexão, são um bom contributo para isso. A realização deste tipo de eventos espelha
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