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PORTFOLIO DE LINGUA PORTUGUESA

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Por:   •  7/12/2014  •  2.179 Palavras (9 Páginas)  •  815 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINTER

ALUNAS: Claudinéia de Fatima Neumann RU: 668318

Iracléa de Lourdes Gonçalves RU: 646309

TURMA: 2011/05

Portfólio Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa.

Temos a língua portuguesa como uma entidade social que todos nós, brasileiros, adquirimos como falantes nativos e que a nós pertence, como nos pertence à identidade de sermos brasileiros. Contudo, num país de dimensões continentais, com uma rica diversidade cultural, mas com enormes diferenças sociais, os falares realizam de formas também plurais. A língua não é somente a expressão da ‘alma’ ou do ‘íntimo’, ou do que quer que seja do indivíduo; é, acima de tudo, é a maneira pela qual a sociedade se expressa como se seus membros fossem a sua boca. Assim sendo, diferenças linguísticas regionais e individuais à parte, a variedade do português brasileiro é, portanto, a maneira como a sociedade, a nação brasileira se expressa, é a nossa língua nacional.

A variação linguística pode ocorrer em todos os níveis da língua: lexical, fonético, morfológico, sintático, e pragmático, sendo que esses níveis podem estar vinculados a três tipos de fatores: histórico, regional e social.

Variação Histórica - Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por exemplo, a palavra “Você”, que antes era vosmecê e que agora, diante da linguagem reduzida no meio eletrônico, é apenas VC. O mesmo acontece com as palavras escritas com PH, como era o caso se pharmácia, agora, farmácia.

Variação Regional (os chamados dialetos) - São as variações ocorridas de acordo com a cultura de uma determinada região, tomamos como exemplo a palavra mandioca, que em certas regiões é tratada por macaxeira; e abóbora, que é conhecida como jerimum. Destaca-se também o caso do dialeto caipira, o qual pertence àquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de ter uma educação formal, e em função disso, não conhecem a linguagem “culta”.

Variação Social - É aquela pertencente a um grupo específico de pessoas. Neste caso, podemos destacar as gírias, as quais pertencem a grupos de surfistas, tatuadores, entre outros; a linguagem coloquial, usada no dia a dia das pessoas; e a linguagem formal, que é aquela utilizada pelas pessoas de maior prestígio social. Fazendo parte deste grupo estão os jargões, que pertencem a uma classe profissional mais específica, como é o caso dos médicos, profissionais da informática, dentre outros.

Quando tratamos das variações linguísticas, surgem inúmeras formas de falar e se comunicar, cada um possui uma forma individual de falar, palavras diferentes, sons diferentes de pronunciar as palavras, etc. E quanto a isso temos que cuidar muito na hora de ensinar a língua portuguesa, a aquisição da mesma, cuidar com o preconceito e mostrar aos alunos que cada um possui essa individualidade na fala, pelo fato da variação de naturalidade das pessoas, pelo Brasil ter uma população muito diversificada, respeitando a cada um e sua forma de se comunicar, não dando espaço e vez para o preconceito. Não existe o errado, mas o diferente. E regra não significa prescrição, mas uma sistematização linguística do falante de acordo com a variedade de sua comunidade linguística. A fala, de natureza heterogênica, individual e imprevisível. Enquanto a língua é dotada de ordem e sistematização, a fala é irredutível a uma pauta sistemática, pois os atos linguísticos não formam um sistema.

O papel da escola é ensinar a língua padrão, pois qualquer brasileiro tem o direito de adquirir determinado grau de domínio de leitura e da escrita, para que possa participar das práticas sociais e compreendê-las. A questão é o entendimento pelo professor de que a língua tem formas e usos e, quanto aos alunos, mais do que ensinar a eles, deve-se deixá-los aprendê-la.

Tratando-se da linguagem em sua forma geral, cada ser tem a sua própria linguagem, forma individual de comunicação. Porém, aqui será tratado somente da linguagem verbal, capacidade única que distingue o ser humano de qualquer outro animal. A primeira língua que aprendemos quando criança e que corresponde diretamente à cultura do grupo onde estamos inseridos denomina-se linguagem materna. O termo língua materna provém dos costumes desde os primórdios, onde era a mãe a única pessoa a educar seus filhos até o final da infância.

Crianças em processo de aquisição da língua materna produzem a língua diferentemente do padrão sonoro real, seja na realização das consoantes, das vogais ou da estruturação silábica. Nos primeiros anos da vida escolar a importância da língua materna é imensa, pois a língua materna trará resultados fundamentais para o desenvolvimento escolar do aluno, principalmente na leitura e na escrita.

A primeira experiência da criança com a língua se faz pela audição, seguindo de vocalização, primeiro de sons não necessariamente constantes na língua falada ao seu redor e, depois, de sons da língua. Aos seis meses, a criança começa a pronunciar as primeiras silabas e, dali a três ou quatro anos essa criança já tem o pleno domínio da linguagem oral. Isso não significa que, ao entrar na escola, ela já não tenha nada a aprender dessa modalidade da linguagem, o papel da escola é ensinar a língua padrão, em suas habilidades oral e escrita.

As línguas, nos mais diversos agrupamentos sociais, passam a existir como um conjunto de palavras diferentes ou dialetos, todos guardando semelhanças, mas cada qual apresentando suas peculiaridades com relação a aspectos linguísticos. Os modos diferentes de falar acontecem porque as línguas se transformam ao longo do tempo, assumindo características próprias de grupos sociais diferentes, já que os indivíduos aprendem a língua ou o dialeto da comunidade em que vivem. As crianças, ao chegarem à escola sem o domínio do código escrito padrão, manifestam-se oralmente pelos seus dialetos e nem sempre se vêem acolhidas, em razão do distanciamento de sua variedade linguística e da falta de compreensão dos educadores das diferenças entre oralidade e escrita.

Para ler e escrever é necessário construir significados e produzir sentido. Uma das possibilidades mais ricas para o processo da leitura e da escritura, portanto, é o apoio na experiência cultural do educando, entendendo-se cultura, no sentido mais profundo, o conjunto das várias práticas que constituem o dia-a-dia do ser humano, o lazer, o trabalho, os rituais, os gestos, as formas de expressão de emoções e de comunicação entre as pessoas. A fala da criança é tão importante quanto às ações

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