Prova Didática-História Interna Da Língua Portuguesa
Dissertações: Prova Didática-História Interna Da Língua Portuguesa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: anagermaninha • 11/6/2013 • 2.331 Palavras (10 Páginas) • 754 Visualizações
História Interna da Língua Portuguesa
Ana Germana Pontes Rodrigues
CONTEÚDO
1. Diferenças entre o latim clássico e o latim vulgar
2. Noções de fonética histórica
2.1 Metaplasmos
2.2 Vocalismo histórico
2.3 Consonantismo histórico
3. Morfossintaxe histórica
3.1 Redução dos casos
3.2 Redução das declinações
3.3 Desaparecimento do neutro
3.4 Redução das conjugações
4. Constituição do léxico do português
1. Diferenças entre o latim clássico e o latim vulgar
(CARVALHO, ano?; CARVALHO; NASCIMENTO, 1971)
• Latim clássico (LC): escola, literatura, retórica, política.
• Latim vulgar (LV): língua viva, falada cotidianamente por todos os segmentos da sociedade romana.
• LC: 5 declinações, 6 casos, 4 conjugações verbais e 3 gêneros:
• LV: 3 declinações (fusão da 4ª com a 2ª e da 5ª com a 1ª), 3 conjugações (fusão da 3ª em -ĕre com a 2ª em -ēre), 2 gêneros (masc. e fem., com a eliminação do neutro) e redução dos 6 casos a 2 (nom. e acus.) e depois a 1 (acus.).
• LV: arcabouço fonológico e morfossintático como base para o desenvolvimento das línguas românicas:
Perda da oposição de quantidade
Perda do -m final
Desenvolvimento de determinantes (artigos)
Maior uso de prefixos e sufixos
Grande simplificação flexional
Largo uso de preposições (tendência ao analitismo)
Predomínio da ordem direta
Léxico mais simples.
• Fontes do LV: inscrições, diálogos de teatro, Peregrinação à Terra Santa, Appendix Probi (relação de 227 palavras escritas conforme eram usadas pelo povo e corrigidas pelo autor).
2. Noções de fonética histórica
• Estuda a evolução dos fonemas no tempo e no espaço.
2.1 METAPLASMOS
I. METAPLASMOS POR AUMENTO (ADIÇÃO):
1. Prótese – stare > estar
2. Epêntese – humile > humilde
3. Paragoge – ante > antes
II. METAPLASMOS POR SUPRESSÃO (QUEDA):
1. Aférese – acume > gume
2. Síncope – legale > leal
3. Apócope – mare > mar
4. Crase – colore > coor > cor
III. METAPLASMOS POR TRANSPOSIÇÃO:
1.Metátese – semper > sempre
2. Hipértese – fenestra > festra > fresta
3. Hiperbibasmo (Sístole – pantânu > pântano e Diástole – pônere > ponere)
IV. METAPLASMOS POR TRANSFORMAÇÃO:
1. Vocalização – nocte > noite
2. Consonantização – uita > vida
3. Nasalização – bonu > bom
4. Desnasalização – luna > lũa > lua
5. Assimilação: Total - persona > pessoa e Parcial – auru > ouro; Progressiva – nostro > nosso e Regressiva – persicu > pêssego
6. Dissimilação – rotundo > rodondo > redondo
7. Sonorização – lupu > lobo
8. Palatalização – palea > palha
9. Assibilação – capitia > cabeça
10. Ditongação – arena > area > areia
11. Monotongação (Redução) – auricula > orelha
12. Apofonia – in + aptu > inepto
13. Metafonia – debita > dívida
2.2 VOCALISMO
• Estuda a evolução dos fonemas vocálicos na passagem do latim para o português.
• No LV, desaparecimento da oposição quantitativa: breves ou longas – abertas ou fechadas (timbre). 10 vogais – 7 vogais.
• Quantidade – Acento de Intensidade: átonas e tônicas.
• Tarallo (1990, p. 100-1): correspondência não é total nem absoluta
Existência de várias modalidades faladas do latim.
São os compêndios gramaticais, com uma perspectiva neogramática que busca a regularidade das correspondências entre as formas.
As palavras podem ter sua própria história, podendo não seguir as mesmas leis fonéticas.
• LV – Português: depende da posição da vogal na sílaba
Tônicas permanecem: mare > mar, secretu > segredo.
Pretônicas
a) Iniciais: conservam-se (amare > amar);
b) Mediais: sofrem síncope (honorare > honrar).
Postônicas
a) Mediais: síncope – tendência da língua a evitar as proparoxítonas, transformando-as em paroxítonas (viride > verde);
b) Finais: modificam-se, conservam-se ou caem
- i e u modificam-se: e e o (dixi > disse, amicu > amigo)
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