Readação Terrorismo

Em uma análise inicial pode parecer absurda a idéia do Brasil ser vítima de terrorismo. Uma nação pacífica, que conta com considerável tolerância cultural e religiosa de seu povo e que não participa de conflitos internacionais, aparenta estar imune a atentados. Mas como qualquer país do mundo, o Brasil deve temer o terrorismo sim, e, tratar o assunto com seriedade.

Nos próximos anos o país será sede de grandes eventos esportivos: a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O que atrai olhares do mundo inteiro. O risco consiste no fato de que, megaeventos como esses, poderiam servir aos grupos terroristas como uma oportunidade, pois se aproveitariam do momento para chamar atenção à sua causa em nível mundial.

Um caso que ilustra essa possibilidade é o que ocorreu nas Olimpíadas de 1972, em Munique, quando um grupo extremista fez reféns e cometeu assassinatos, dentre os quais estavam vários atletas, com o objetivo de tornar conhecida a causa palestina. Nesse âmbito o Brasil já tomou medidas preventivas, destacando-se a criação da Secretaria Extraordinária de Segurança em Grandes Eventos (Sesge), que permanecerá ativa e será útil, inclusive durante as Olimpíadas de 2016.

Certamente que atitudes do governo que promovem a segurança da sociedade são úteis. Mas o Brasil necessita, com urgência, tipificar o crime de terrorismo, uma vez que não possui uma polícia específica e nem mesmo uma legislação que penalize os crimes dessa natureza. Somente assim será possível fazer-se uma prevenção eficiente ou ao menos, minimizar os efeitos de um ataque terrorista.

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