Redação Introdução
Artigos Científicos: Redação Introdução. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Roberta2222 • 21/11/2013 • 1.276 Palavras (6 Páginas) • 231 Visualizações
INTRODUÇÃO
1. Considerações Gerais:
A palavra introdução é formada a partir do verbo latino ducere (levar, transportar, puxar sem
descontinuidade, conduzir) e do prefixo intro,
derivado do advérbio latino intro “dentro
(especialmente de casa)”. A partir da etimologia do vocábulo, fica nítido o entendimento do que
seria o ato de introduzir o texto: conduzir o leitor para o seu interior, dando noções sobre sua
orientação geral e sua organização.
Em outras palavras, o leitor deve “sentirse
em casa” já na introdução, de modo que possa
identificar o tema em discussão e prever, genericamente, qual o posicionamento defendido
pelo enunciador.
2. Funções/Objetivos:
Como acabamos de ver, uma introdução minimamente eficiente deve revelar apenas o
necessário para situar o leitor no texto, estimulandoo
a prosseguir com a leitura. Para que isso
aconteça, o parágrafo deve conter os dois aspectos anteriormente mencionados:
a. A explicitação do tema, ressaltando a relevância da questão em debate. Essa função é
sobremaneira importante, uma vez que é a partir dela que o enunciador revela para a banca ter
compreendido integralmente a proposta.
b. A sugestão de uma abordagem para o tema, especificando qual o ponto de vista a ser
defendido ao longo do texto.
Observação: Uma introdução, para ser considerada excelente, deve conter um “algo mais”; ela
deve ser capaz de atrair o leitor, atiçando sua curiosidade. Isso pode ser obtido mais facilmente se
nela estiver contida uma tese. Entendese
que a tese é a idéia central do texto, a partir da qual
derivam os argumentos. Uma tese bem construída garante maior unidade à redação, facilitando o
entendimento do leitor. Esse ponto será mais bem explicado no momento da resolução dos exercícios
propostos.
1.3. Estratégias:
É preciso ressaltar, antes de tudo, que não existe uma “receita” única e infalível para se
construir uma boa introdução. Isso vai depender de inúmeros fatores, entre eles o conhecimento
de mundo do enunciador e o entendimento do tema propriamente dito. Contudo, algumas técnicas
introdutórias podem (e devem) ser assimiladas pelos alunos, a fim de que as funções da
Introdução sejam cumpridas com a maior eficiência possível e que a banca examinadora possa
observar o texto com bastante “simpatia” (lembrese:
a primeira impressão conta muito!). Vamos a
elas.
1.3.1. Introdução por Citação dos Argumentos
É a mais tradicional das modalidades de introdução. Consiste em, após fazer uma
contextualização genérica do tema, construir um rápido “trailer” dos pontos que serão
aprofundados no desenvolvimento, normalmente com palavraschave.
Costumase
associar essa
estratégia à que vem a seguir (“Contextualização Específica”).
Exemplo
Tema: Estatuto do Desarmamento
Atualmente, os brasileiros parecem ter que se conformar com uma triste realidade no momento
em que ligam a tevê ou lêem os jornais: o grande número de crimes cometidos com a
manipulação de armas de fogo. No intuito de dificultar essa prática, o governo criou um projeto de
lei que prevê grandes restrições à comercialização desses armamentos em nosso país. Nessa
perspectiva, aspectos comerciais, sociais e, principalmente, humanos devem ser avaliados para
que se chegue a uma conclusão minimamente polêmica sobre a questão.
1.3.2. Introdução por Contextualização Específica
Consiste em relacionar o ponto central da discussão a um panorama, um cenário, um pano de
fundo, enfim, um painel – construído com o repertório de conhecimentos do enunciador – que
enfatiza a importância do tema. Os tipos são diversos, e entre eles destacamse:
a introdução por
base histórica, a alusão a situação concreta, a enumeração de “flashes” e a apresentação de
dados estatísticos. A seguir, temos alguns exemplos:
Exemplos
Tema: A consciência política do brasileiro.
Durante mais de duas décadas, desde o golpe militar de 64 até a eleição de Fernando Collor de
Mello como Presidente da República no fim dos anos 80, o brasileiro mantevese
distante das
urnas. Não é difícil imaginar que, nesse contexto de afastamento eleitoral, a maior parte da
população também tenha acabado por distanciarse
da própria política. Hoje, o que vemos é uma
população descrente e desinteressada, que vota mais por receio das punições do que por dever
cívico
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