Resenha: O Menino E A Caixa

O Menino e a Caixa

No texto apresentado fica clara uma alusão aos danos causados pela utilização de uma educação tradicional que não focaliza os seus objetivos na construção de problemáticas que visam o desenvolvimento crítico dos educandos. E é este tipo de didática que é responsável pela multidão de analfabetos funcionais que temos em nosso país. E por que isto acontece? Bem vamos ver alguns detalhes no próprio texto que nos foi apresentado.

O primeiro ponto que me chamou a atenção foi o papel do personagem chamado de “Entregador de objetos”. Fica muito claro que este cidadão é aquele professor medíocre. Que utiliza de forma amiúde os velhos conceitos pedagógicos, buscando através do despejo de informação descontextualizada gerar conhecimento no aluno.

O aluno no texto é o menino. Que apenas funciona como um receptor de informações. A caixa apresentada no texto, pode ter vários significados, mas ao meu ver poderia representar a mente do aluno, a sua apreensão da verdade.

No texto, os alunos apenas preenchem a caixa com as concepções que recebem, mas não produzem suas próprias concepções. Lembra-me muito de uma época no Brasil onde os alunos tinham que apenas memorizar os grandes heróis militares e as datas marcantes para o país. Isto mesmo, apenas memorizar. Eles não precisavam “pensar ” no porquê das coisas. Nos seus reais sentidos. Apenas tinham que “decorar” as informações necessárias para não serem considerados analfabetos.

Vivemos em outra época, onde a informação está acessível de uma forma muito rápida. Em apenas alguns cliques podemos obter respostas distintas de diferentes autores. E qual o papel do professor neste processo? Ajudar o educando a importância da leitura crítica dos fatos. Incitá-los a questionarem tudo o que leem e buscarem sempre outras visões sobre o determinado assunto explanado. É só a partir deste processo que vamos construir mentes brilhantes que vão poder exercer a sua cidadania em uma sociedade cada vez mais contemporânea.

É isto o que o texto corrobora: “a ideia de que precisamos de professores críticos para gerar alunos críticos, precisamos de professores que acompanhem a evolução dos recursos pedagógicos para que a educação exerça o seu papel de instrumento transformador.”