Revisão: nós o acusamos das estrelas
Resenha: Revisão: nós o acusamos das estrelas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Anizoka • 7/11/2014 • Resenha • 1.807 Palavras (8 Páginas) • 226 Visualizações
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Resenha: A Culpa É Das Estrelas
23 de junho de 2014Cinema & TV & Música, Semanala culpa é das estrelas, john green, the fault in our starsNatasha Ferla
ACulpaeDasEstrelas-JordanaAndrade
Ilustração Jordana Andrade
Introdução de Natasha Ferla. Colaboração Beatriz Trevisan e Luiza Vilela
[AVISO: RESENHAS CONTÊM SPOILERS]
É difícil, que você leitora não tenha ouvido falar do livro (e agora filme) A Culpa É Das Estrelas (The Fault in our Stars)! O romance de John Green mostra o relacionamento de dois adolescentes que sofrem de câncer.
Hazel é uma jovem de 16 anos que sofre de câncer na tireóide e, graças a uma droga nova, está estabilizada. Sua mãe insiste que a filha vá a uma reunião de um grupo de apoio de jovens com câncer. Lá ela conhece Augustus – ou Gus, um jovem jogador de basquete que perdeu uma perna para o osteosarcoma. Hazel é contagiada por Augustus, que vê o mundo e as coisas ao redor dela de maneira super otimista.
Lançado em 2012, a jornada de Hazel em seu primeiro relacionamento foi um sucesso enorme. Hollywood não podia ficar de fora e esse mês foi lançado a adaptação para os cinemas, estrelando Shailene Woodley, como a protagonista Hazel e Ansel Elgort, como Augustus.
A Luiza e a Beatriz assistiram o filme e deixam suas impressões:
A culpa é das estrelas – Luiza Vilela
E eis que finalmente estreou! Vou confessar que levei mais tempo do que deveria pra ler o A culpa é das estrelas; não porque eu tenha algum tipo de preconceito com ficção young adult (ficção para jovens adultos, em tradução livre), mas porque sabia que era sobre adolescentes com câncer e isso me soava apelativo em vários níveis. Eu também não tinha lido nada do John Green, e às vezes o hype me incomoda. Mas aí minha chefe foi passar uns dias em NY e chegou no escritório com o livro no original, e eu não resisti. Faço um esforço pra ler literatura contemporânea no original, já que trabalho com isso, e acho que principalmente quando se trata de young adult, as nossas editoras ainda precisam avançar um bocado na questão da tradução. Fica sempre tudo muito empoado ou muito infantilizado, quase nunca no ponto. Enfim. Catei o livro, fui pra casa e pã: me apaixonei. Não é um livro sobre crianças com câncer, é um livro sobre primeiro amor, sobre as durezas da adolescência. E sim, há pessoas jovens com câncer, mas em nenhum momento isso as define. E está aí o brilhantismo da coisa toda. Isso e o fato de que o John Green escreve diálogos bem pra caramba. Fora que há toda uma segunda camada no livro, para além da história linda e emocionante. É como se o autor fosse inserindo camadas de complexidade pra quem quiser e conseguir pescar – toda a história deles com o autor do livro preferido da Hazel é tipo uma introdução à teoria da literatura, e eu achei isso muito bacana. Daí tem o filme. Gente, que casting! Não só dos dois pombinhos principais, que são maravilhosos (a expressão do Ensel Elgort, do momento em que eles chegam em Amsterdã pra frente, muda de um jeito tão espetacular que chega a doer, e a Shay parece que nasceu para ser a Hazel). Enfim, a trilha é linda, os coadjuvantes são incríveis e eu achei que todas as cenas mais importantes do livro ficaram lindas na telona, à exceção de uma: o beijo dentro do Anne Frank Museum. E vou explicar: pra começar, achei longa e sofrida demais a subida até o sotão – uma coisa meio Rocky Balboa, sabe? Muito drama. E segundo porque, como eu disse num texto sobre relação com a família aqui na Capitô, eu achei lindo que esse beijo tivesse acontecido depois de um vídeo em que o pai da Anne Frank fala sobre a questão de nunca conhecermos de fato os nossos filhos. Faz sentido e é lindo porque aquele é o momento em que a Hazel percebe o quanto ela precisa se deixar amar por uma pessoa que não os seus pais. E aí no filme isso não rola. Mas é coisa pequena. E o filme ainda tem uma cena maravilhosa e hilária que não rola no livro, mas vou me abster de descrever pra quem ainda não leu/assistiu. É emocionante, gente, e de minha parte está recomendadíssimo. Coloca tudo em perspectiva, sabe? Já diria o Los Hermanos: “ter fé e ver coragem no amor” <3.
A culpa é das estrelas – Beatriz Trevisan
Quando eu li o livro A culpa é das estrelas, estava fazendo uma viagem. Passei o dia lendo no carro, estava viajando para pegar um avião, e, quando sentei no avião, estava naquela parte final, que você que leu ou viu o filme sabe qual é. Eu chorei durante 20 minutos até terminar o livro, com todo mundo olhando pra mim (provavelmente achando que eu estava com medo de voar – e eu estava, mas não era por isso que estava chorando). Chorar em público por um livro: quem nunca fez, um dia fará, né?
Só que no fim do filme isso não aconteceu. Não é que eu não tenha gostado, gostei muito! Achei o filme muito fiel e o jeito que eles fizeram as conversas por SMS ficou muito engraçadinho. Mas eu não consegui sentir tanto. Não sei se é porque eu já sabia o que ia acontecer, ou porque eu estava tanto na expectativa de chorar que acabei não chorando. Mas o que eu acho que aconteceu foi que, no livro, eu mergulhei mais. Por demorar mais tempo para ler do que para ver um filme, eu acabei me envolvendo mais. Eu criei o Gus e eu criei a Hazel do jeito que eu queria e de um jeito que acabou me apaixonando mais do que o Gus e a Hazel do filme. Às vezes os personagens dos filmes superam muito aquilo que a gente imaginou ao ler né? Bom, comigo, dessa vez, não foi assim. Acho que eu estava muito apaixonada pelo Gus da minha cabeça (ele era tão lindo!).
O que me encantou na história foi a identificação que eu acho
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