Romantismo No Brasil
Trabalho Universitário: Romantismo No Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: licele • 27/9/2014 • 2.680 Palavras (11 Páginas) • 294 Visualizações
O ROMANTISMO NO BRASIL (1836 – 1881)
AS TENDÊNCIAS DO ROMANTISMO NO BRASIL
• indianismo e o nacionalismo: valorização do índio, de nossa flora e fauna.
• O regionalismo (ou sertanismo), que aborda o nosso homem do interior, caracterizando a região em que ele vive, com seu folclore, seus costumes.
• O chamado mal do século, ou byronismo, marcado pela melancolia, tristeza, sentimento de morte, pessimismo, cansaço da vida,
• A realidade política e social (o abolicionismo, as lutas humanitárias, sentimentos liberais, o poder agrário, a corrupção).
• Os problemas urbanos, surgidos com o relacionamento indústria-operário.
Poesia
Três gerações de poetas sucederam-se ao longo do Romantismo no Brasil.
1ª geração - Obras de temática religiosa e mística; poesia da natureza, marcada por forte sentimento nacionalista.
• Gonçalves de Magalhães
• Gonçalves Dias
2ª geração - Obras que revelam acentuado individualismo e subjetivismo. É a poesia da dúvida, da desilusão, do negativismo diante da vida (mal do século).
Os poetas desta geração também são chamados de byronianos, graças à influência de lorde Byron, poeta inglês que cultuou a temática do amor e da morte.
• Álvares de Azevedo
• Casimiro de Abreu
• Junqueira Freire
• Fagundes Varela
3ª geração (condoreira) - O nome provém de condor, ave que voa a grande altitude. A poesia condoreira busca palavras de sentido vasto e elevado, de grande força expressiva, traduzindo a idéia de imensidão
e infinito. Temas de natureza social, como o abolicionismo, inspiram seus autores.
• Castro Alves
GONÇALVES DIAS - Consagrou-se como o primeiro grande poeta romântico brasileiro. Era orgulhoso por ter em seu sangue as três raças formadoras de nosso povo (era filho de um comerciante português com uma mestiça de índios e negros). Nascido no Maranhão, foi cursar direito na Universidade de Coimbra, onde tomou contato com os ideais românticos. Distante de sua pátria, escreve um de seus mais conhecidos poemas, a Canção do Exílio. De volta ao Brasil, publica seu primeiro livro, Primeiros Cantos, com o qual ganha a admiração do escritor português Alexandre Herculano e do imperador D. Pedro II. Este passa, então, a nomeá-lo para cargos públicos. Conheceu assim que chegou ao Brasil Ana Amélia Ferreira do Vale, mulher que foi o amor de sua vida. Chegou a pedi-la em casamento, mas foi recusado pela família da moça graças ao racismo. Mais tarde encontrou-a novamente por acaso na Europa, onde estava em viagem oficial. Tal encontrou rendeu seu grande poema lírico, Ainda Uma Vez, Adeus, publicado em 1858. Neste mesmo ano publicou parte de seu poema épico Os Timbiras, que deixou inacabado. Retornou à Europa para tratar-se de tuberculose. Não conseguindo a cura, decide retornar ao Brasil. No entanto, o navio em que viajava naufragou na costa do Maranhão, sua terra natal. O poeta, esquecido em seu leito onde agonizava, foi a única vítima. Mesmo escrevendo sobre todos os temas mais caros ao Romantismo europeu, como o amor impossível, a religião, a tristeza e a melancolia, Gonçalves Dias foi dos poucos poetas que deram um toque brasileiro à poesia romântica. Seu nome está muito associado ao indianismo. Exaltava a figura do nativo brasileiro e sua harmonia com a natureza, idealizando-o de maneira elhante ao que os europeus faziam com seus cavaleiros medievais. Destacam-se entre seus poemas indianistas I-Juca Pirama e a Canção do Tamoio.
Principais obras: Correspondência ativa de Antônio Gonçalves Dias; Ainda uma vez – adeus!; Teatro completo; Poemas; Cantos e recantos; Diário de viagem ao Rio Negro.
I-Juca Pirama é um dos mais elaborados poemas do Romantismo brasileiro. Foi publicado dentro de Últimos Cantos, de 1851. Seu título, traduzido da língua tupi, significa "aquele que há de ser morto". A narrativa é dividida em dez cantos, organizados em forma de composição épico-dramática. É notável a musicalidade dos versos, característica sempre presente na obra de Gonçalves Dias. São versos alexandrinos e decassílabos. A história é narrada por um velho índio da tribo dos Timbiras. A sua tribo, de guerreiros ferozes e canibais, captura um último remanescente dos g0uerreiros Tupis, que sobrevive junto ao seu pai. Eles, então, preparam o prisioneiro para o seu ritual e mandam que ele cante todos os seus feitos, pois acreditam que a bravura do guerreiro passará para aqueles que comerem o seu corpo. I-Juca Pirama, então, conta sua história, cheia de feitos e bravuras. Mas pensa em seu pai, cego, que ficará indefeso após sua morte. Por isso, pede que poupem sua vida, prometendo que voltaria depois da morte do pai. O ato é interpretado como covardia pela tribo, que o liberta. Seu pai sente o cheiro das tinturas do ritual timbira e pergunta o que aconteceu; ele explica ao pai, mas sem revelar que fora libertado para cuidar dele. O pai o renega, envergonhado da covardia do filho. Para mostrar que não é covarde, o índio solta seu grito de guerra e ataca os timbiras, destruindo a tribo rival até seu chefe gritar "basta!" e recuperando, assim, a sua honra. Nesta obra, os índios são retratados de maneira próxima, mostrando-se os seus costumes. São, porém, muito idealizados - em especial o protagonista, típico herói romântico.
Os Timbiras é mais uma das obras indianistas do poeta romântico Gonçalves Dias. Nela, o autor se utiliza muito de termos tupis e de versos brancos (sem rima). O autor narra feitos de índios da tribo Timbira, de guerreiros ferozes e canibais. Os principais personagens da história, povoada por pajés sábios, inimigos maldosos e valorosos guerreiros, são o chefe Itajuba e o jovem guerreiro Jatir. Dentro das características do Romantismo, os heróis indígenas
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