TELEFONES NO PROCESSO DE FORMAÇÃO E FORMAÇÃO ESPANHOL
Seminário: TELEFONES NO PROCESSO DE FORMAÇÃO E FORMAÇÃO ESPANHOL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: wellenpm • 7/12/2014 • Seminário • 2.321 Palavras (10 Páginas) • 244 Visualizações
A FONÉTICA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
DE LÍNGUA ESPANHOLA
Ivete Carneiro Braz (Letras _ UEL)
Geane Maria Marques Branco Sanches (Letras _ UEL)
Dulce Meger Silveira Camargo (Letras _ UEL)
Orientador: Wagner Ferreira Lima (UEL)
Palavras-chave: fonética; língua espanhola; língua portuguesa.
Fonética é parte da lingüística que apresenta métodos para a descrição,
classificação e transcrição dos sons da fala em sua realização concreta. Apresentamos
alguns aspectos da fonética articulatória, o aparelho fonador e alguns dos sons
encontrados na língua espanhola que não existem no português.
Neste trabalho objetivamos ressaltar a importância do conhecimento da
transcrição fonética de ambas as línguas, para identificação das diferenças e aparentes
semelhanças. Consideramos ser oportuno o professor de ELE (espanhol como língua
estrangeira), comparar e avaliar detalhadamente os dois sistemas lingüísticos e
identificar a interferência lingüística de uma língua na outra.
Segundo Silva (2007 p. 26), os parâmetros mais apropriados para a descrição e
classificação dos segmentos consonantais são os apresentados por Abercrombie, os quais
são: “o mecanismo e direção da corrente de ar; se há ou não vibração das cordas vocais; se o
som é nasal ou oral; quais são os articuladores envolvidos na produção dos sons e
qual é a maneira utilizada na obstrução da corrente de ar”.
Para o ser humano produzir um som em qualquer língua, ele utiliza um conjunto
de órgãos do corpo humano que se denomina Aparelho Fonador. Estes órgãos fazem
parte do sistema articulatório (lábios, dentes, palato, úvula, língua, nariz e faringe)
do sistema fonatório (região da laringe onde está a glote) e do sistema respiratório
(traquéia, brônquios, músculos pulmonares e pulmões). Quando o ar sai sem obstrução,
temos os sons vocálicos e quando o ar, ao sair, encontra uma obstrução, temos os sons
consonantais.
Para a produção dos sons, os órgãos do sistema articulatório se dividem em
passivos e ativos. Os articuladores ativos são os que se movimentam em direção ao
passivo: lábio inferior, língua, véu palatino e cordas vocais. Os articuladores passivossão: lábio superior, dentes incisivos superiores, alvéolo, palato duro, véu palatino e
úvula.
No português, o véu palatino é articulador passivo na produção dos sons velares
[k], [g], [x], [Ä] e articulador ativo na produção dos sons nasais. O véu palatino, ao
movimentar a úvula para cima, impede a passagem do ar para a cavidade nasal,
produzindo os sons orais. Com a úvula para baixo, o ar passa para a cavidade nasal
dando origem aos sons nasais [m], [ø], [n].
As cordas vocais são músculos estriados na laringe. Durante a produção dos sons
estes músculos contraem ou distendem, ação que altera o espaço (chamado glote) por
onde o ar passa. Para dar origem a um som vozeado, as cordas vocais se contraem,
aproximando-se e ocasionando a redução da glote, vibrando à passagem do ar de modo
a produzir o som vozeado. Esta ação é gradativa e o oposto consiste no estado da glote
desvozeado, com os músculos distendidos e separados, de modo que o ar passe
livremente. No português temos os seguintes sons desvozeados: [h], [x], [f], [ tS ] ,
[p], [ t], [k], [s], [S ] e os sons vozeados: [b], [d], [g], [dZ], [v], [z], [Ä], [Z], [ɦ ],
[m], [n], [ø] ou [ÿ], [ Ր], [ř], [r], [l], [ł] ou [w], [´] ou [ lj]
O lugar da articulação é a posição do articulador ativo em relação ao articulador
passivo. Essas posições estão divididas em bilabial, labiodental, alveolar, alveopalatal,
palatal, velar e glotal. Por exemplo, no bilabial são produzidos os sons [m], [p], [b]. Os
demais sons consonantais são produzidos com o encontro de diferentes partes da língua
(articulador ativo) com áreas da região superior da boca (articulador passivo).
O modo de articulação é como e em qual grau se dá a passagem de ar entre o
articulador ativo com o passivo. Quando a obstrução é total, temos o modo oclusivo,
como exemplo, os sons desvozeados [p], [t], [k] e os sons vozeados [b], [d], [g].
Quando a passagem do ar é pressionada ao sair pela aproximação do articulador
ativo ao passivo, temos os sons fricativos, representados pelos sons desvozeados: [h],
[x], [s], [f], [S] e sons vozeados [v], [z], [Ä], [Z], [ɦ].
O modo nasal produz os sons [m], [n], [ø], quando o véu palatino encontra-se
abaixado e o ar que vem dos pulmões passa para a cavidade nasal e oral.
No modo lateral a corrente de ar é expelida pelas laterais da língua e
encontramos os sons: [l], [ł], [´]. A letra r, dependendo do modo como se dá a obstrução à passagem do ar,
apresenta
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