TRABALHO PORTUGUÊS
Por: Evaldo Mantelato • 11/9/2019 • Seminário • 4.520 Palavras (19 Páginas) • 141 Visualizações
A(mar)
Ana Laura laureto
Meus pés fincados na areia meus pensamentos voltados para o mar que vem até mim pelas ondas, esse sempre foi o meu lugar, sempre pertenci a ele, è aonde eu sou eu mesma. Moro perto do mar desde sempre, e meus pensamentos são sempre esse praia, quer dizer na maior parte do tempo è, ultimamente eu ando pensando em outra coisa, ou melhor, em outro alguém. Peter Fally, meu visinho, não è a minha cara gostar de alguém eu levo esses sentimentos muito a serio em um mundo aonde eles quase não significam mais nada.
Quando eu comecei a gostar dele? Boa pergunta acho que já faz alguns meses, minha irmã mais velha quis interagir mais com seus colegas de classe então fez uma festa, Peter foi convidado afinal era nosso visinho e minha irmã dizia que ele era fofo.
Mas è claro que sua opinião mudou depois de começar a sair com o líder do time de futebol, Maison Carter, mas enfim, aquela festa iria durar até tarde e meus pais não estavam nosso irmão mais novo Adam prometeu ficar no quarto ate a hora de dormir, mas ele só tem seis anos então quando nossos pais não lhe contam uma historia na hora de dormir, eu conto, mas esse não era meu plano daquela noite.
Acabou que bem quando eu estava em um grupo de amigos da minha irmã mais velha com Peter ao meu lado, Adam desce as escadas com seu pijama de ursinho e puxa minha blusa dizendo;
_ conta uma historia para mim agora kai?- meu nome na verdade não è muito citado embora eu ame seu significado que è mar em havaiano, mas todos do grupo não evitaram rir da forma que Adam disse meu nome, fiquei constrangida, e não voltei para baixo ate todos irem embora, naquela noite eu ainda não tinha prestado atenção direito em Peter, a não ser o fato dele ser realmente muito atraente, mas ignorei isso, quando eu ia sair no dia seguinte pra ir a praia novamente, ele estava na frente de sua casa, escrevendo algo.
Eu procurei o ignorar, afinal, ele viu o mico melhor do que ninguém pois estava bem ao meu lado, mesmo não o encarando ele ergueu a cabeça de seu bloco de papel e olhou para mim, seus olhos azuis mexeram muito comigo, me faltou ar, pois eles eram da cor do mar, eu tentei não demonstrar minha reação ao ver ele me encarando. E então ele falou comigo;
- bom dia kai.- fiquei com vergonha achando que ele fosse me zombar, ate abaixei a cabeça,mas então ele não disse o que eu esperava.- não ligue para aquelas pessoas de ontem.
- como?- perguntei sem resistir a atração pelos olhos dele.
- o seu nome, significa mar em havaiano não è- eu concordei meio surpresa por ele saber- è um nome bonito, não tenha vergonha dele.
Eu ate diria algo, mas ele entrou levando seu bloco e seus olhos azuis com sigo, naquela hora foram como se meu coração despertasse, eu me desvencilhei por um momento, e agora acho que gosto dele, não que ele sinta o mesmo talvez só estivesse sendo educado. Ele sempre ia a praia, surfar, ou escrever, e quando eu não observava o mar, ficava olhando para ele, perguntando se ele ao menos sabia minha presença ali. Talvez não.
Ele ate fez amizade com Adam, deixando o ver seu bloco de papel mesmo que ele mal soubesse ler, acho que Peter lhe leu alguns poemas que fez, eu os olhava sentindo muito ciúmes do meu irmão mais novo por ter aquela oportunidade. Um dia quando foi a minha vez de lhe contar uma historia ele recusou todos os livros de contos do quarto.
- bem Adam você precisa escolher algo para eu ler, è assim que funciona.
- è, mas eu não quero ouvir essas historias quero a historia do amar.
- ok que historia è essa?- ele se abaixou e pegou uma pilha de folhas soltas embaixo da cama, o titulo da historia era A(MAR) um jogo de palavras, que dizia amar, e mar, eu sorri com essa combinação, desejei receber uma historia com esse titulo. E então ele me entregou e voltou para debaixo das cobertas animado.
- vamos kai! Estou animado para ouvir!
- esta bem, esta bem, me deixe ver...
A(MAR)
Tentei ser uma onda calma para não te machucar, sem perceber que você era o mar por inteiro, afinal meu coração è egoísta, passa tanto tempo pensando em você que se esquece de mim. A maioria das pessoas que vem para essa praia comigo gostam de ficar apenas por um dia de verão e sempre que desejam mais um primeiro dia voltam, mas não me querendo mais no segundo.
E você nunca voltou por que nem pensou em ir embora, ficou aqui na areia mesmo que não fosse por minha causa, afinal você è o mar, vive aonde quer e a cada parada conquista mais um como eu, mas mesmo de longe com você o tempo passa muito rápido talvez estejamos nessa os muitos dias de verão ou talvez o tempo seja lento e esse ainda seja o primeiro dia, por isso que eu sempre volto pra ver se você ainda vai estar por aqui, pois tenho medo de te ver partir como todos nessa praia, mas você sempre esta lá e a sensação de te ver na areia faz com que fique fácil eu gostar de você cada dia mais.
Talvez isso faça com que seja tarde demais para mim, mas eu não vou admitir isso, nem que eu precise ser mais um coração partido no final, eu me recuso a nadar. Meus olhos se abrem, a areia quente me invade através da minha pele, o ar passa pelos meus pulmões e eu grito, afinal eu não queria ser salvo, posso ser mais um tolo navegador mas eu me apaixonei, me apaixonei por esse mar que è você.
Eu enfim termino de ler, sem acreditar nas palavras, no modo como elas foram feitas e colocadas aqui.
- Adam de onde veio essa historia?- ele estava quase dormindo mas antes de pegar no sono me responde rapidamente;
- o Peter que fez.- pronto isso bastou para quase me fazer cair, meu coração palpitou só de pensar, me levantei com calma mas não acordá-lo e desci rapidamente as escadas minha irmã mais velha estava na sala assistindo algum filme na nossa TV.
- eu vou dar uma saída e já volto- eu lhe disse, ela então acenou para mim como se permitisse minha saída, mas não me olhou diretamente quando fez isso, deve ser por que estava muito concentrada no que assistia.
Sai pela porta da frente e quase a fechei com um estrondo de tanta ansiedade, andei até a casa ao lado, um pouco relutante e tremendo, toquei a campainha. Ouvi passos e então respirei fundo com medo de perder o ar ao ver aquela porta se abrir, mas isso não adiantou por que ao ver os olhos azuis de Peter já senti meu rosto queimando, como se o sol tivesse me dado um soco na cara. “Droga, foco kai.” Eu disse a mim mesma, tentei olhar para outro traço dele na esperança de poder ficar mais calma, mas até o seu lábio rígido me deixava constrangida,parecia que tudo nele era uma provocação para mim.
...