Texto Narrativo
Artigos Científicos: Texto Narrativo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 11/10/2014 • 1.196 Palavras (5 Páginas) • 2.504 Visualizações
Texto Narrativo
O maior de todos os presentes
Era noite. A chuva que caía não dava trégua e se lançava sobre nossa
casa torrencialmente. Como sempre acontece em noites de tempestade, a
energia acabou. Eu, criança ainda, só poderia estar nervoso e muito assustado;
e as estranhas formas tremulantes que o brilho das velas formava nas paredes
simplesmente pioravam tudo, o que me levava a perguntar a todo instante:
— Pai, quando a luz vai voltar?
— Em breve, meu filho — dizia meu pai, puxando-me para perto de si. —
Logo, logo a chuva vai diminuir, e a luz vai acabar voltando. Tem que ter
paciência.
— Eu queria que a mamãe estivesse aqui — eu gemi.
— Sim, filho; eu sei. Eu também gostaria muito. Mas, de alguma forma,
ela está aqui conosco. Temos de ser pacientes.
Meu pai ficara viúvo muito cedo. Eu não conheci minha mãe, e era ele
quem tinha de fazer os dois papéis; ele era muito cuidadoso comigo. Foi por
ver minha aflição é que hoje eu tenho certeza de que ele fez o que fez.
Deixando-me sozinho por uns instantes, foi até o quarto e voltou de lá com
algo na mão. Reconheci logo o pequeno objeto: era uma caixa de madeira
escura que ele mantinha em sua escrivaninha. Eu tinha curiosidade em saber o
que havia ali dentro, pois ele já havia me falado que fora vovô quem lhe
presenteara com ela ainda em sua mocidade.
— O tempo passa rápido, não é, filho? — ele perguntou.
— Passa, papai; que nem flecha, né?
— Pois é. Hoje você já está com dez anos e já é quase um homem, não
é?
— Sim, papai.
— Pois, então, é hora de lhe passar esse presente.
Naquele momento, ele me entregou a caixa de madeira. Eu já não me
agüentava de curiosidade e já ia abri-la, quando ele me fez jurar que eu jamais
a abriria sem o seu consentimento. Mesmo contrariado, eu sabia que tinha de
obedecer. A luz ainda demorou algum tempo para voltar, mas, de alguma
forma, meu medo desapareceu.
Vinte anos se passaram. A misteriosa caixa se manteve em meu poder.
Sempre que eu passava por uma situação difícil na escola, no trabalho, em
minha vida conjugal, eu me recordava daquela noite de tempestade com papai.
A doença de meu filho caçula foi o pior de todos os momentos. Os médicos só
diziam que eu devia ter paciência que o tratamento demoraria e que mesmo
assim o resultado era incerto. Tive de ter um autocontrole que eu não conhecia
em mim. Meu pai acompanhou tudo de perto. Até que um dia, finalmente, meu
filho recebeu alta do tratamento. Nesse dia meu pai, estando em nossa casa
para nos felicitar pela melhora, me pediu:
— Filho, você ainda tem aquela caixa?
— Sim, papai.
— Pode apanhá-la, por favor?
Corri até o segundo andar da casa e voltei como uma flecha para a sala.
Ele me disse:
— Agora você já pode abrir.
Nervoso, eu atendi ao seu comando. Fiquei atordoado por alguns
segundos. O silêncio que se formou então só foi quebrado por uma brejeira
gargalhada dele, seguida de um abraço forte e carinhoso.
— Foi a mesma cara que eu fiz quando seu avô me mandou abrir esse
negócio. Esse é o maior tesouro de um homem. E, hoje, vejo que esse homem
está bem na minha frente!
Aquela velha caixa não possuía nenhuma pedra preciosa, nenhum objeto
valioso. Na verdade, ela estava vazia. Mas através dela percebi que já havia
ganhado o meu maior presente: o autocontrole de saber aguardar pelo
momento certo; a paciência do saber esperar.
Al. Fabiano de Oliveira dos Santos Matias (SGS/2010)
Texto Descritivo
A casa era grande, branca e antiga. Em sua frente havia um pátio quadrado. À
direita havia um laranjal onde noite e dia corria uma fonte. À esquerda era o
jardim de buxo, úmido e sombrio, com suas camélias e seus bancos de
azulejo.A meio da fachada que dava para o pátio havia uma escada de granito
coberta de musgo. Em frente dessa escada, do outro lado do pátio, ficava o
grande portão que dava para a estrada.A parte de trás da casa era virada ao
poente e das suas janelas debruçadas sobre pomares e campos via-se o rio
que atravessa a várzea verde e viam-se ao longe os montes azulados cujos
cimos em certas tardes ficavam roxos.Nas vertentes cavadas em socalco
crescia a vinha.À direita, entre a várzea e os montes, crescia a mata, a mata
carregada de murmúrios e perfumes e que os Outonos tornavam doirada.
Sophia de Mello Breyner Andresen, O Jantar do Bispo Calisto
Texto Dissertativo
ela era o sol, ele era a lua,
ambos tão jovens, prontos para amar
ela tão clara, ele tão escuro
ambos em busca de se encontrar
ele corria, e ela fugia,
e o sol via a noite a tomar seu lugar,
e vinha outro dia, e ele corria,
e ela surgia a iluminar,
ela era a vida, e ele o destino,
ambos seguiam pro mesmo lugar,
da morte fugiam,no medo corriam
juntos dividiam o mesmo vagar,
quando tinham tempo,jogavam ao vendo
o sonho de um dia poderem contar
aos filhos e netos o amor tão discreto
que se fez presente ao mundo enfrentar
que não tinham medo,nem dor, desespero,
e fizeram de tudo pra entrelassar
o claro ao escuro, passado ao futuro,
a vida e o destino n'um mesmo amar
e quando o impossivel tornou-se visível
quando o sol e a lua poderam estar
tão perto um do outro,o dia e a noite
que mesmo quem viu não pode acreditar,
todos descobriram que desde esse dia
e essência de tudo está no amar,
e a vida contava aos netos da historia
que ao vento contara no mesmo lugar
o destino contente, e oni-presente
fazia da vida feliz por amar,
e foi essa a história que está na memória
do amor impossível que até hoje está
presente na mente, e nos faz contente
por saber que tudo terá seu lugar,
sua data marcada, sua hora exata,
e se for pra ser, com certeza será,
já que se eles podem, podemos agora
e a nossa vitória está por chegar
também amaremos, também sofreremos
e o impossivel, vamos alcançar
teremos história, teremos memória,
de um lindo amor que virá a aflorar.
Texto Injuntivo
Bula de Remédio
“Apresentação de Norfloxacino (Laboratório: Medley, Referência: Floxacin)
Comprimidos revestidos de 400 mg. Embalagens com 6 e 14 comprimidos revestidos.
USO ADULTO - USO ORAL
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
Norfloxacino ................................................................................ 400 mg
excipientes q.s.p. ................................................................. 1 comprimido
(celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearilfumarato de
sódio, lactose monoidratada, laurilsulfato de sódio, talco, álcool polivinílico, dióxido de
titânio, macrogol, corante laca amarelo crepúsculo).
Norfloxacino - Indicações
O Norfloxacino é indicado para tratamento das seguintes infecções:
- infecções do trato urinário;
- inflamação do estômago e intestino (gastrenterite) causada por alguns tipos de
bactérias;
- gonorreia;
- febre tifoide;
O Norfloxacino pode também ser usado para a prevenção das infecções nos seguintes
casos:
- contagem baixa de leucócitos: nestes casos, seu corpo fica mais sensível a infecções
causadas por bactérias que fazem parte da flora intestinal;
- quando você visitar locais em que possa ficar exposto a bactérias que possam
causar inflamação do estômago e intestinos (gastrenterite).
Contra-indicações de Norfloxacino
Você não deve tomar Norfloxacino se: apresentar hipersensibilidade a qualquer
componente do produto ou a antibióticos quinolônicos.”
Receita
“Massa de Panqueca Simples
Ingredientes:
1 ovo
1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de leite
1 pitada de sal
1 colher de sopa de óleo
Modo de Preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador. A seguir, aqueça uma
frigideira untada com um fio de óleo em fogo baixo. Coloque um pouco da massa na
frigideira não muito quente e esparrame de modo a cobrir todo o fundo e ficar só uma
camada fina de massa. Deixe igualar os dois lados, até que fiquem levemente
douradas. Retire com a espátula, e sirva com o recheio de sua preferência. Sugestão
de recheio: carne moída, queijo e geleia.”
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