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Trema

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Por:   •  22/10/2014  •  Tese  •  770 Palavras (4 Páginas)  •  326 Visualizações

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Na língua alemã[editar | editar código-fonte]

No alemão, o trema é usado sobre vogais articuladas na parte de trás da boca para que o som destas seja trazido para diante, mudando o som das mesmas como se tivesse introduzido o som do 'e' adjunto, num processo chamado Umlaut - "metafonia", numa tradução ipsis litteris (Umlaut refere-se ao processo, e não à tradução de trema, como erroneamente afirmam alguns). Três vogais podem receber o trema: a, o e u. Os exemplos são inúmeros: ändern, Ähre, hören, tschüss, München, Böblingen etc.

Na língua francesa e na língua grega[editar | editar código-fonte]

Também em francês e grego este diacrítico é usado, desta vez com outros propósitos. Nestas duas línguas, os ditongos foram evoluindo originando sons vocálicos simples, por exemplo, em ambas as línguas, a combinação <ai> lê-se /E/ e não **/ai/, o mesmo sucedendo com outras combinações. Em palavras que têm dois sons vocálicos distintos consecutivos, o trema é usado para assinalar esta mesma característica. Assim, temos em francês a palavra Maïs (Milho em português) que se lê /ma.is/ e em grego a palavra Εβραϊκό que se lê /evraikó/ (sem o trema a junção das letras alfa e iota em grego e 'a' e 'i' em francês pronuncia-se /e/).

Noutras línguas[editar | editar código-fonte]

Este símbolo é ainda usado em outras línguas, tais como o castelhano (semelhante à utilização brasileira nas sílabas gue e gui, como na palavra vergüenza - vergonha).

No turco ou no sueco, entre outros, este símbolo não é denominado trema pois não representa o resultado de um processo fonético, sendo antes considerado uma letra própria e independente no alfabeto.

Línguas que adotavam o trema[editar | editar código-fonte]

Língua portuguesa[editar | editar código-fonte]

Em Portugal[editar | editar código-fonte]

Portugal utilizava o trema da mesma forma que o Brasil até o advento do Acordo Ortográfico de 1945, que suprimiu o trema na grafia de palavras vernáculas, reservando-o somente para palavras derivadas de nomes estrangeiros, como mülleriano (do antropônimo Müller).

No Brasil[editar | editar código-fonte]

De acordo com o Formulário Ortográfico de 19431 , o trema era usado no Brasil para assinalar que a letra u nas combinações que, qui, gue e gui, normalmente muda, deveria ser pronunciada e átona. Exemplos: qüinqüênio (pronuncia-se então "cuincuênio") e conseqüência (pronuncia-se então "consecuência"). Se for tônica dever-se-ia pôr um acento agudo, como em "averigúe" e "argúi".

Até a alteração promovida pela Lei 5.765/19712 , o trema tinha uma utilização adicional: marcar hiatos átonos, em palavras como gaüchismo. Na poesia, a palavra "saudade" podia ser grafada saüdade, quando se desejasse tornar essa palavra tetrassílaba em vez de apenas trissílaba.

Mesmo antes da abolição do trema, com a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990 no Brasil, o seu uso era controverso. Mesmo com os livros de língua

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