Vírgula

Estudo dirigido sobre o uso da vírgula.

1. CELSO CUNHA / LINDLEY CINTRA

(nova gramática do português contemporâneo – 5ª edição – de acordo com a nova ortografia).

A vírgula

A vírgula marca uma pausa de pequena duração. Emprega-se não só para separar elementos de uma oração, mas também orações de um só período.

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2. Entre orações, emprega-se a vírgula:

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1º) Para separar as orações coordenadas assindéticas (isto é, sem conjunção):

Levantava-me, passeava, tamborilava nos vidros das janelas, assobiava. (M. de Assis)

Levantei-me cedo, fiz o café da manhã, tomei um banho e fui para o trabalho.

Das quatro orações coordenadas nesse período, três não tem preposição e, por isso, separam-se uma das outras pelas vírgulas. (Integrantes do grupo)

2º) Para separar as orações coordenadas sindéticas, salvo as introduzidas pela conjunção e.

Não comas, que o tempo é chegado.

(J. Saramago, MC, 356.)

Cessaram as gargalhadas, mas prosseguia a algazarra na sala de aula.

(Integrantes do grupo)

Observações

1ª) Separam-se geralmente por vírgula as orações coordenadas unidas pela conjunção e, quando têm sujeito diferente:

O sol já ia fraco, e a tarde era amena.

(Graça Aranha, DC, 148.)

O silêncio engoliu o eco proferido pelos alunos, e a penumbra abraçou o barulho.

(Integrantes do grupo)

Costuma-se também separar por vírgula as orações introduzidas por essa conjunção quando ela vem reiterada:

Comigo o mundo canta, e cisma, e chora, e reza,

E sonha o que quiser sonhar.

(Teixeira de Pascoaes, OC, III, 27.)

E eles zombam, e eles zoam, e eles brincam.

(Integrantes do grupo)

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