Рибейра дас Ships
Resenha: Рибейра дас Ships. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: medeiros22 • 17/11/2013 • Resenha • 359 Palavras (2 Páginas) • 294 Visualizações
A Ribeira das Naus era o porto mais movimentado da Europa. Naquela Lisboa perdida fervilhavam ouro sobre sedas, gemas sobre marfim e o perfume de especiarias no apogeu esplendoroso manuelino que Camões só cantaria ao final. Não são poucos os que garantem pertencerem ao teatro de Gil Vicente as primeiras grandes páginas em nossa língua.
Dois séculos antes de Molière, um antes de Shakespeare, quem era no mundo o dramaturgo que seguia a máxima crítica de que "rindo se castigam os costumes"? Quem, nas primeiras três décadas do século XVI, já fazia sátiras contra as desigualdades sociais, dramáticos autos pastoris e farsas episódicas, indo de narrativas bíblicas a alegorias populares? Um tanto eclipsado, depois de sua morte, pelo advento camoniano, o humanismo de Gil Vicente encarna o espírito do Renascimento como pai do teatro português. Fez jus a quem o considerou um dos gênios desse tempo revolucionário, em que o homem se achava em meio a um mundo novo, mais novo que esse nosso, de agora. Há em João Cabral, Suassuna e no movimento armorial um ressoar vicentino, mais que atual.A Ribeira das Naus era o porto mais movimentado da Europa. Naquela Lisboa perdida fervilhavam ouro sobre sedas, gemas sobre marfim e o perfume de especiarias no apogeu esplendoroso manuelino que Camões só cantaria ao final. Não são poucos os que garantem pertencerem ao teatro de Gil Vicente as primeiras grandes páginas em nossa língua.
Dois séculos antes de Molière, um antes de Shakespeare, quem era no mundo o dramaturgo que seguia a máxima crítica de que "rindo se castigam os costumes"? Quem, nas primeiras três décadas do século XVI, já fazia sátiras contra as desigualdades sociais, dramáticos autos pastoris e farsas episódicas, indo de narrativas bíblicas a alegorias populares? Um tanto eclipsado, depois de sua morte, pelo advento camoniano, o humanismo de Gil Vicente encarna o espírito do Renascimento como pai do teatro português. Fez jus a quem o considerou um dos gênios desse tempo revolucionário, em que o homem se achava em meio a um mundo novo, mais novo que esse nosso, de agora. Há em João Cabral, Suassuna e no movimento armorial um ressoar vicentino, mais que atual.
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