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1De Que Forma Pode-se Compreender O Comportamento Do Grupo No Período De 1960 A 1980?

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Por:   •  11/5/2014  •  1.570 Palavras (7 Páginas)  •  569 Visualizações

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A PSICOLOGIA SOCIAL NO BRASIL

A três referenciais fazem parte do contexto de produção da Psicologia Social: os relacionados com o progresso de áreas afins como a sociologia, a antropologia, a educação, a história social e a própria psicologia; o avanço da psicologia social em países da Europa, nos Estados Unidos e, mais recentemente, na América Latina e ainda às condições históricas e econômicas mundiais, especialmente, às condições nacionais que, aliadas às demandas sociais de comunidades, grupos e movimentos sociais, abriram caminhos no campo do conhecimento psicossocial.

de 1960 na sociedade e

nas formas de governo. A rebelião de maio de 1968 na França foi um marco na expressão

dos conflitos e das demandas por mudanças sociais e políticas na busca de uma nova

ordem social, mais justa e mais humana. No Brasil, na primeira metade da década de 1960,

mais precisamente em 1964, ocorreu a revolução militar, acabando com a liberdade

democrática (política, social, econômica e cultural). Esse regime autoritário era mantido

por pactos com o capital internacional, coordenado pelo Serviço Nacional de Informação

(SNI), pelas práticas de cassação de direitos políticos, prisões e torturas.

A Psicologia Social, até o início dos anos 1960 parecia que daria respostas a

todos os problemas sociais, mas foi atravessada por uma polêmica em torno de seu caráter

teórico e ideológico, ocasionando uma crise. Tal crise foi devida tanto à sua metodologia

como às formas de teorização utilizadas, pois a Psicologia de até então não havia

desenvolvido uma base sólida de conhecimentos estruturada na realidade social e nas

vivências cotidianas. Sua teorização era centrada, segundo Krüger (1986), no cognitivismo

(relevo aos fatores cognitivos do indivíduo), no experimentalismo como método de

pesquisa, no individualismo (ou seja, na análise dos fenômenos sociais a partir da

perspectiva do indivíduo), no etnocentrismo (já que este modelo de indivíduo era o

estabelecido na cultura norte-americana), no uso de microteorias (ou seja, na investigação

de micro-espaços do social) e, finalmente, na perspectiva a-histórica, já que o "homem"

estudado através destes diversos invólucros seria um homem presente em todos os tempos

e espaços. Para superar a crise, segundo Bonfim (2003a), seria necessário buscar uma

maior e mais cuidadosa produção de conhecimento, discutindo as questões ideológicas,

elucidando os conflitos sociais, analisando as diferenças individuais, grupais e

comunidades e questionando seu papel político.

Assim, a crise teórica de caráter internacional que aconteceu nesse período

residiu em grande parte nas dúvidas sobre o método experimental e sobre a sua adequação

à complexidade e exigências do objeto de estudo, pois, as regras do comportamento

humano, contrariamente às das ciências naturais, não podem ser estabelecidas

definitivamente, porque elas se alteram em função das circunstâncias culturais e históricas.

Desse modo, as investigações deveriam estender-se do individual para o social, levar em

conta o político e o econômico, no sentido de se obter uma compreensão apropriada da

evolução da psicologia contemporânea e da vida social.

No Brasil, a Psicologia Social cresceu em meio às conturbações políticas e

sociais internas. Cresceram, também, nas empresas e nas instituições brasileiras, as práticas

de dinâmica de grupo e de intervenção psicossociológica que privilegiavam as relações

interpessoais, empresariais e/ou terapêuticas. Houve ainda um crescente aumento no

número de cursos de psicologia criados no país.

A década de 1960 também foi importante para a Psicologia pela conquista de sua autonomia e pelo reconhecimento da profissão de psicólogo regulamentada pela Lei nº

4.119, de 27 de agosto de 1962, que estimulou a criação de novos cursos, assim como

consolidou o ensino da Psicologia nos cursos superiores. Dessa forma, ocorreu o

desenvolvimento da produção psicossocial, principalmente em relação a disciplinas, como

“Dinâmica de Grupo e Relações Humanas”, “Seleção e Orientação Profissional” e

“Psicologia da Indústria”, além da obrigatoriedade da “Psicologia Social”.

Na década seguinte, 1970, o Brasil continuava sob o regime militar que durante

muitos anos buscou controlar a população, suas ações e pensamentos. A Psicologia, por

sua vez, ainda vivia a crise da década passada, refletida em fóruns de discussões, os

impasses da psicologia social enquanto ciência e espaço de práticas políticas e ideológicas.

Entre eles: o “Fórum de Psicologia Social”, que aconteceu no Rio de Janeiro, em outubro

de 1970, promovido pela Associação Brasileira de Psicologia Aplicada, o “I Encontro dos

Psicólogos Brasileiros”, em São Paulo em 1971 e o “III Encontro Nacional de Sociedades

de Psicologia”, em 1973 na cidade do Rio de Janeiro, promovido pela Associação

Brasileira

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