A Bolsa do Café e o Museu dos Cafés do Brasil
Artigo: A Bolsa do Café e o Museu dos Cafés do Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: EliA2612 • 1/11/2014 • Artigo • 1.507 Palavras (7 Páginas) • 342 Visualizações
A Bolsa do Café e o Museu dos Cafés do Brasil
O mais belo e imponente edifício da cidade de Santos-SP, a
Bolsa Oficial de Café de Santos (FOTO), é uma construção
em estilo eclético, cujo projeto data do final do século XIX e
cujas obras foram concluídas somente em 1922.
Construído no mais rico período de nossa história, tem
acabamento luxuoso com materiais importados, como
mármores de Carrara e lustres de cristal da Bohemia. Uma
cafeteria oferece a oportunidade de experimentar todos os
tipos e aromas de cafés.
O prédio abriga, atualmente, o Museu dos Cafés
Brasileiro, que apresenta a história da produção e
comercialização do café no Brasil e sua influência na cidade,
desde a segunda metade do século XIX até os dias atuais, através de fotos, documentos e
equipamentos. Um destaque, é a maquete que reproduz o centro da cidade na década de
20, com edifícios históricos ainda existentes.
Na "Sala de Pregões", é possível observar uma "clarabóia" com vitral de Benedito Calixto,
representando as riquezas do Brasil colônia, império e república, a lenda de Anhanguera,
Brás Cubas, fundador da cidade, e bandeirantes como Fernão Dias e Raposo Tavares. No
mesmo salão, três grandes painéis do mesmo autor representam diferentes períodos da
história de Santos.
A Bolsa Oficial de Café
A partir da segunda metade do século XIX, o café teve um papel fundamental na vida
econômica e social do país, principalmente para o Estado de São Paulo que, graças ao ciclo
econômico do café, formou praticamente 90% de suas cidades. O café chegou ao país no
século XVIII, mas só atingiu sua verdadeira importância ao ser cultivado no Estado de São
Paulo e Minas, onde encontrou solo fértil e clima ameno, aliados à proximidade com um
centro exportador, Santos.
Para Santos, o café foi o principal fator de desenvolvimento a partir de 1854, uma vez que
por lá eram comercializadas e exportadas todas as sacas produzidas no país. O mercado do
café profissionalizou-se rapidamente e na cidade instalaram-se inúmeros escritórios para a
sua comercialização, armazéns para seus estoques e indústrias de torrefação e embalagem
do produto. A mercadoria em estoque era a única disponível para a venda, mas com o
aumento explosivo do consumo mundial, os importadores estrangeiros precisavam contar
com a mercadoria para todos os meses do "futuro".
Essa mercadoria, que só podia ser comprada na época da colheita, obrigava os
torrefadores e exportadores a adquirir grandes quantidades do grão para estoques e
suprimento ininterrupto do mercado, criando a necessidade de grandes investimentos e o
encarecimento do produto pelos juros acumulados. O comerciante era obrigado a empatar
os estoques com o capital disponível e assim surgiram as vendas diretas feitas para o
futuro, sem dispêndio de capital. Com esse sistema surgiram também os grandes prejuízos,
causados por fatores como a variação do clima, o numerário, a falta de mão de obra, a
falta de organização das instituições bancárias, os trustes, etc. Para o comércio santista,
foram particularmente amargas as conseqüências desse sistema entre os anos de 1912 e
1914.
Desde 1906 o Poder Legislativo de São Paulo estudava a criação da Bolsa Oficial de Café,
aparelho de defesa do comércio sob direta fiscalização do Estado. Pela Lei 1416 de 14 de
julho de 1914 foi criada a Bolsa Oficial de Café e a Câmara Sindical dos Corretores de Café
de Santos, objetivando um maior controle do comércio do café. A lei foi regulamentada
pelo decreto nº 2516 de 23 de julho do mesmo ano e, por ela, todos os contratos de
compra e venda de café a termo só seriam válidos quando negociados por um corretor
oficial da Bolsa e registrados em Caixa de Liquidação. O presidente da Bolsa era um
comerciante nomeado pelo governador do Estado. A Bolsa teria uma comissão de peritos
oficiais, contratados por concurso, e somente essa comissão poderia avaliar e classificar o
café, fixar diferenças, prejuízos e bonificações nas operações da Bolsa, sempre sujeitas ao
seu conhecimento.
A inauguração da Bolsa
A Bolsa Oficial de Café foi inaugurada em 2 de maio de 1917, em um salão alugado, na
esquina da Rua XV de Novembro com a Rua do Comércio. A lei de criação da Bolsa previa
a cobrança de uma taxa de 20 réis por saca de café nas operações a termo e destinava o
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