A COESÃO TEXTUAL
Por: LNB 3009 • 1/5/2020 • Trabalho acadêmico • 1.047 Palavras (5 Páginas) • 159 Visualizações
Cosão Textual em Contraste: Alunos e Escola Pública e Privada.
1. Introdução
Avaliar uma redação, seja em um ou mais aspectos, continua a ser uma tarefa árdua para a maioria dos professores tanto quanto o é para o aluno escrevê-la. Isso ocorre porque, no mais das vezes, eles acreditam que a avaliação tem um caráter meramente subjetivo.
Este trabalho visa um triplo propósito. Em primeiro lugar buscar dar o conhecer das contribuições da Linguística Textual. Tais contribuições, quando sob o aspecto prático, ao demonstrar que é possível avaliar um texto do gênero redação dentre os sete propostos por Beagrande e Dressler (1981): coesão, coerência, aceitabilidade, informatividade, intencionalidade, intetextualidade e situacionalidade (apud KOCH, 1991: 12).
Em segundo lugar, pretende comparar textos de alunos de escola pública com outros de escola privada, a fim de verificar como eles empregam os recursos coesivos.
Em terceiro lugar, propõe apresentar uma técnica, sem pretensão de originalidade, para que os alunos exercitem a coesão textual de modo a associar a teoria à prática.
No que diz respeito ao fator de textualidade aqui tratado serão adotados, como referencias os estudos feitos por Ingedore Koch (1991). Leonor Lopes Favero (2003) e Halliday e Hasan (1976).
Os objetivos acima expostos se justificam pela necessidade de se promover uma reflexão, uma vez que, é geral a reclamação, não só por parte dos professores, mas de boa parcela da sociedade, de que os alunos, sobretudo os da escola pública, não saem ler nem escrever ‘’direito’’.
Este estudo pretende responder à seguinte Pergunta: em que medida se diferenciam os textos dos alunos de escola pública e privada em termos de coesão textual?
2. Concepções sobre texto e coesão textual.
Por isso, convém definir, também, o que é coesão textual e como ela se apresenta num determinado texto. Para Halliday e Hasan (1976): eles definem a coesão como ‘’um conceito semântico que se refere às relações de sentido existentes no interior do texto e que o definem como um texto’’.
Neste trabalho, far-se-ão o levantamento e análise de alguns recursos de coesão referencial e sequencial utilizados ou não pelos alunos de ambas as escolas. A coesão referencial segundo Koch (1991:30) é aquela em que um componente da superfície do texto faz remissão a outro (s) elemento (s) do universo textual.
Já a coesão sequencial, para a autora (1991:49) ‘’diz repeito aos procedimentos linguísticos por meio dos quais se estabelecem, entre segmentos do texto, diversos tipos de relações e/ou pragmáticas, à medida que se faz o texto progredir’’.
3. Materiais e Métodos
O material de estudo nessa pesquisa é composto por redações de alunos que frequentam a 7α série do ensino fundamental. Dentre, aproximadamente, 100 textos, quatro foram escolhidos aleatoriamente para serem descritos e analisados quanto à sua coesão textual. Dois desses textos são produzidos por alunos de uma escola pública e os outros dois são de alunos de uma escola privada.
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4.2 Aspectos Qualitativos- Avaliação
Ao analisarmos os dados da tabela, o que mais chama a atenção é o n*4, pois é o que mais contrastes. Nele há um número significativo tanto de recursos de coesão referencial como da sequencial. Seu produtor empregou, no primeiro caso, 13 recursos e, no segundo, 19, totalizando 32. Entretanto, dos 13 RCR utilizados, 11 são pronominalizações.
Quanto ao texto n*3, também da EP, apresenta 20 recursos. Desses, 5 são RCR E 15 RCS. Dentre os 5 primeiros, 3 estão adequadamente empregados e 2 não. Por sua vez, o texto n*1 da EE possui 5 RCR e 17 RCS, totalizando 22 recursos. O mesmo ocorre com o n*2 também EE. Seu produtor empregou 8 RCR e 12 RCS, totalizando 20 recursos. Todos os 8 RCR foram aplicados corretamente.
Assim se somarmos o número de recursos coesivos, tanto de ordem referencial como sequencial, empregados pelos alunos da EE, veremos que eles somam, 42 já os da EP, somam, 52 recursos.
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