A COPA DO MUNDO
Artigos Científicos: A COPA DO MUNDO. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 563188 • 13/12/2013 • 1.648 Palavras (7 Páginas) • 265 Visualizações
A COPA DO MUNDO É NOSSA
Preparado pelo Prof. Marcus S. Piaskowy – ESPM SP.
Este é um caso fictício, cuja elaboração é de exclusiva responsabilidade do autor. Desenvolvido unicamente para fins de estudo em ambiente acadêmico. Eventuais semelhanças com fatos reais terá sido mera coincidência.
RESUMO
Empresa de transporte executivo, sediada em Salvador (BA), vê na Copa do mundo de 2014 a possibilidade de crescimento por meio da segmentação e desenvolvimento de contatos internacionais.
PALAVRAS-CHAVE
Empreendedorismo. Copa do Mundo. Turismo. Planejamento.
A COPA DO MUNDO É NOSSA
"Para ter um negócio de sucesso, alguém, algum dia, teve que tomar uma atitude de coragem". (Peter Drucker)
INTRODUÇÃO
Oportunidade, estratégia, ousadia e planejamento são fatores que podem definir o sucesso e o fracasso de uma empresa. Muitas vezes é preciso tomar uma decisão de impacto e coragem no desenvolvimento da empresa. Segundo Peter Drucker, "Os resultados são obtidos pelo aproveitamento das oportunidades e não pela solução de problemas. Os recursos precisam ser destinados às oportunidades e não aos problemas”. Não basta visualizar uma oportunidade; é preciso torná-la real. A questão é como fazer?
Aonde investir? Nessas horas é preciso lembrar que, investir também é capacitar a empresa para enfrentar desafios. Municiá-la de informações sobre o mercado de atuação, os clientes, a concorrência, e sobre ela mesma.
Gilberto saiu da barraca da Dinha, com um acarajé nas mãos e muitas idéias na cabeça.
Resolveu caminhar pela orla do Rio Vermelho, bairro boêmio da capital soteropolitana. Gil, como era conhecido, costumava dizer que era discípulo da escola peripatética1, pensava melhor enquanto caminhava. E dessa vez ele realmente precisava pensar muito. Desde que o Brasil foi anunciado como o país sede da Copa do Mundo, de 2014, Gil sonhava acordado. Fanático por futebol, já se imaginava assistindo todos os jogos e vendo a seleção canarinho levantar a taça. Até aí tudo bem, ele realmente era louco por futebol. Em 2006, Gil foi a Alemanha assistir a copa, e ainda guardava o gosto amargo de assistir a derrota para o time italiano. O problema, ou melhor, a oportunidade que se apresentava era que Salvador seria palco da festa. A capital baiana foi escolhida pela FIFA para ser uma das sedes da copa. O estádio da Fonte Nova, “casa” do amado Bahia, seria reformado para abrigar os jogos. Gil mal podia se conter de tanto orgulho e felicidade; era torcedor “roxo” do Bahia.
A copa do mundo iria atrair muitos investimentos públicos e privados. Salvador seria inundada por turistas, dólares, euros e outras moedas e Gil queria participar. Queria uma fatia desse bolo. O problema era que ele ainda não sabia como. Sabia que precisava estruturar um planejamento estratégico e colocar em prática um projeto. Tinha cinco anos para arredondar as coisas e sabia que precisava dar o pontapé inicial.
Há oito anos, Gil abriu as portas da ZZZ Transporte Executivo. A empresa começou com uma van, um carro e um telefone. Anos depois, a frota era formada por 12 vans, 5 micro-ônibus e 11 carros de luxo, 30 motoristas, uma equipe de atendimento e duas sedes – a matriz em Salvador e a filial de Camaçari.
Olhando para trás não dava nem para acreditar que a ZZZ havia crescido tão rápido.
Gil lembrava bem das dificuldades. Quando se formou em administração de empresas não sabia o que fazer. Só tinha uma certeza: iria ser dono do seu próprio negócio. Gilberto trabalhava desde os 14 anos de idade. Seu pai, Francisco, era taxista e tinha alguns carros na praça. Apesar de ganhar relativamente bem, achava que o filho precisava trabalhar para dar valor ao dinheiro. Dona Zita, mãe de Gil, era uma doceira de mão cheia e vivia dizendo que Gil precisava estudar. Não queria filho seu trabalhando na praça, muito menos sem instrução. Para atender aos dois, Gil estudava a noite e trabalhava durante o dia em um banco, onde ficou até a formatura. O trabalho não era ruim, mas não era isto que Gil queria fazer com o resto da sua vida...
No ano em que se formou Gil perdeu o avô materno, Genivaldo. Gil era muito apegado ao avô que costumava levar o neto para passear na boléia de seu caminhão nas férias. Genivaldo era caminhoneiro, na verdade um pequeno empresário. Tinha uma frota de três caminhões. Quando morreu deixou parte da herança para Dona Zita. A mãe de Gil resolveu investir parte do dinheiro no futuro do filho. Com o pequeno capital nas mãos Gil pensava em que poderia fazer. Entendia de administração, sonhava fazer uma pós-graduação em marketing e adorava carros e motores. Sabia que Dona Zita não queria vê-lo sentado em um taxi, mas não podia desperdiçar tudo o que havia aprendido com seu pai e seu avô. Precisava fazer alguma coisa diferente, não dava para colocar mais um taxi na praça e pronto.
Triste com a morte do avô e sem saber aonde investir o dinheiro, Gil saiu para caminhar a esmo. Foi quando viu em uma banca de jornal a notícia: “Ford baiana gerará 5 mil empregos diretos”.
Era isso! Lá estava a oportunidade que Gil tanto esperava. A montadora Ford acabava de inaugurar a fábrica em Camaçari. Junto com ela viriam os sistemistas e outras empresas do setor automobilístico. Isso sem falar do complexo petroquímico que estava instalado na cidade. Camaçari fica a 50 quilômetros de Salvador, e tinha o quinto maior PIB (Produto Interno Bruto) industrial do Nordeste, o segundo da Bahia, de R$ 10 bilhões, e era o município mais industrializado do Estado, respondendo sozinho por 35% das exportações.
Gil voltou para casa e começou a estruturar sua empresa. Seria dono de uma empresa de
transporte para executivos e empresas. Para atender o exigente público que estava migrando do Sul e Sudeste precisava investir em serviço, oferecer conforto e rapidez. Queria atender os executivos que vinham a Salvador para tratar de negócios e principalmente os que precisavam ir até Camaçari. Esta viagem de 50 quilômetros poderia ser um ótimo negócio. Comprou os veículos, aproveitou o seu bom relacionamento no banco para trazer os primeiros clientes e, ao longo do tempo, apostou nas linhas de crédito para crescer mais rápido. Seus carros eram modelos de luxo, equipados com ar condicionado, bancos de couro e DVD. O sucesso da ZZZ veio rápido. Em pouco tempo
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