A CORPORAÇÃO

A corporação

(The Corporation)

A Corporação (2003) – The Corporation. Dirigido e produzido por Mark Achbar e Jennifer Abbott, baseado em roteiro adaptado por Joel Bakan de seu livro (The Corporation: The Pathological Pursuit of Profit and Power) Duração: 145 minutos.

O documentário exibe as ações das entidades empresariais desde o início da industrialização até os tipos mais atuais de corporações de forma crítica enfatizando e revelando o lado negativo de todo esse processo. Esta obra avalia através de exemplos reais o comportamento das entidades empresariais ao longo da história denunciando várias irregularidades provocadas pela ânsia demasiada do lucro que move as corporações.

A obra conta com o depoimento e análise de várias personalidades do mundo dos negócios como Noam Chomsky e Howad Zinn.O documentário aborda empresas famosas de material esportivo e outra fabricante de produtos derivados do petróleo que não pensam no bem estar dos funcionários e na responsabilidade ambiental respectivamente.

No mundo onde o mercado é muito disputado e que tudo se processa de maneira muito rápida, as corporações necessitam de várias maneiras para vencer a concorrência e maximizar seus lucros, porém, a maioria das entidades empresariais busca a todo custo esses objetivos sem se preocupar com princípios como a legalidade e a ética.

O documentário afirma que as corporações se vangloriam que estão sempre criando produtos que melhoram a vidas das pessoas e por isto preenchem seu objetivo de “responsabilidade social”, mas na verdade o único objetivo de uma corporação é maximizar a riqueza dos seus acionistas, e por isto produzem lucros crescentes ao longo do tempo. Para atingir este objetivo, as corporações externalizam custos que não estão diretamente ligados a sua produção ou seu ambiente interno. Por exemplo, as montadoras de automóveis produzem milhares de carros anualmente, porém não são responsáveis por construir estradas ou alargar as existentes para evitar congestionamentos. O Estado é quem é o responsável por resolver tal impasse. Entretanto, estas mesmas corporações que diziam que melhoravam a vida das pessoas, tinham dificuldades de lidar com a qualidade de vida de seus funcionários. As corporações tomavam decisões objetivando pagar salários mais baixos, e quando isto não era possível, transferiam sua produção para países com mão de obra barata, permanecendo nestes países até quando a mão de obra ficar caro, partindo então para outro país com mão de obra barata e assim sucessivamente.

Segundo o filme as corporações se preocupam apenas com seus desempenhos e lucros deixando de lado fatores como responsabilidade social e ambiental e princípios éticos e legais. Tudo que pode atrapalhar o desempenho, diminuir os lucros ou representar algum gasto “desnecessário” para a corporação é ignorado e atropelado pela busca incessante do lucro máximo.

As corporações são dominantes, são monstros que devoram o máximo possível de lucros à custa de quem quer que seja. Muitas pessoas acham que as corporações têm sentimentos, mas na verdade o que elas querem é faturar o máximo possível. Muitas corporações demonstram um descaso muito grande para com as pessoas, um exemplo é a Nike, a única

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