A Educação De Jovens E Adultos

A alfabetização constitui-se eixo norteador para a vida educacional do individuo refletindo em sua vida social e o seu papel desmpenhado na sociedade.

Principalmente quando se refere a educação de Jovens e Adultos, destinada aos individuos que não frequentaram a escola na idade adequada e que como consequência não conseguem legitimar seus direitos seus direitos.

As várias ações efeutadas na área da educação foram vistos como tentativas de suprir a carência de pessoas alfabetizadas, tirando do Brasil o alto índice de analfabetismo.

Contudo, somente com a criação de leis próprias que garantiam o direito à educação diferenciada e com aprendizagem para a vida, que os jovens e adultos tiveram seus direitos garantidos por leis, como a de Diretrizes e Bases da Educação Nacional número 9394, seção V, artigo 37 e 38, que definia o que era a EJA, assim como a quem se destinava, e como seria sua estrutura e funcionamento.

Não menos importante foram as Diretrizes Curriculares Nacionais, cujas metas eram garantir e restaurar ao cidadão uma educação de qualidade e igualdade, e uma reestruturação no modelo educacional.

Em meio a tantas inovações faz-se necessário incluir em nossos estudos o educador Paulo Freire, que revolucionou a educação da época, passando a ver o educando como ser capaz de libertar-se através da educação, e com a mudança de postura do educador, que até então era considerado detentor de toda sabedoria, para aquele que partilha conhecimentos, que aprende e ensina.

Reforçando esse pensamento Freire (1982, p. 13) diz que

Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educa entre si, mediatizados pelo mundo.

Para tanto Freire fez uso do método em que se ensinava o aluno dentro de sua própria realidade, partindo de fatos diários, instigando-os a ter participação efetiva na construção do saber.

E por meio dessa construção conscientizar-se das diversas soluções possíveis para um mesmo problema, sendo estimulado a pensar de forma critica e competente. Permitindo que tenham liberdade para pensar, sonhar e realizar tais sonhos.

Na atualidade Emilia Ferreiro surge com a sua psicogênese da leitura e da escrita, quebrando paradigmas, e permitindo ao aluno ter seus conhecimentos prévios valorizados, e visto como um ser capaz de produzir tais conhecimentos.

Cabendo ao professor o desafio de repensar as suas propostas a partir da realidade e da história do aluno, adaptando os conteúdos de acordo com a realidade dos alunos. Permitindo leituras diversas e acompanhando as tendências do Brasil e do mundo.

Portanto, cabe aos educadores da atualidade rever as práticas destinadas ao ensino, tomar consciência do desempenho profissional frente as novas tendências e carências em relação ao processo de ensino e aprendizagem.