A Era Crowdfunding

A Era Crowdfunding

O crowdfunding,ou financiamento coletivo, consiste num processo em que o próprio público colabora para o financiamento de um projeto. Através de sites na internet, o realizador anuncia sua ideia (para um filme, obra de arte ou qualquer outro produto) e pede ajuda financeira aos internautas, que, motivados por vários fatores, contribuem para que a ideia vire realidade. Este tema envolve, de forma natural, questões bastante consagradas na cultura da web 2.0, como inteligência coletiva, cultura participativa e a sabedoria das multidões.

Para os criadores, o crowdfunding abre todo um leque de novas possibilidades de financiamento das suas ideias. Para o público, oferece um sentido de participação antes impensável. O fã pode se sentir como um cocriador do processo produtivo, ele é realmente capaz de ajudar a determinar os destinos das obras/produtos que admira.

O “boom” desse tipo de finan¬ciamento coletivo aconteceu nos Estados Unidos, com o ¬Kickstarter, em 2009. Um dos maiores sites do gênero até hoje, a empresa¬ recebe projetos de todas as áreas, inclusive voltados apenas ao consumo. No Brasil, alguns sites como o Vakinha, Benfeitoria! e Catarse são alguns exemplos desta promoção à pedagogia do financiamento coletivo. Eles movimentam um volume crescente de dinheiro e já contam com apoiadores fieis.

A regra é simples: o realizador formata um projeto plausível, manda para o site de financiamento coletivo de sua escolha, a equipe do site faz uma seleção das propostas realizáveis e dá dicas para aumentar as chances de sucesso. Com o projeto no ar, é hora de executar o planejamento da campanha e espalhar na rede para engajar o máximo de pessoas. O realizador determina um prazo para conseguir alcançar sua meta e precisa explicar detalhadamente seu projeto e como utilizará o dinheiro, além de informar quais as recompensas que os colaboradores receberão caso a iniciativa seja financiada (ingressos, adesivos, livros, etc.). Se a meta for atingida ou até mesmo ultrapassada, o realizador recebe a quantia arrecadada e o site, que funcionou como canal entre realizador e apoiadores, recebe um percentual, previamente acordado de acordo com a política de cada site, do total arrecadado. Se a meta não for alcançada o apoiador deve solicitar a devolução de sua contribuição. Alguns sites permitem o estorno do valor em seu cartão de crédito e/ou a utilização daquele crédito para incentivo à outra campanha.

A filosofia crowdfunding está, aos poucos, porém de forma crescente, sendo difundida no Brasil. Se mostrando como uma potencial tendência que reverte a dependência de sistemas patronais de financiamento à maior autonomia e independência do realizador.

Enxergando este novo nicho de mercado, que propicia importantes oportunidades a artistas e produtores de financiarem projetos como gravação e produção de discos, produção e realização de turnês, gravação e distribuição de videoclipes, entre outros, a indústria fonográfica vem abraçando cada vez mais a ideia do financiamento coletivo. Percebendo ainda que, além da possibilidade de financiar seu projeto esta proposta também permite a descoberta do real interesse do público. Pensando justamente nisso surgiram sites como o Queremos, o Playbook e o Ativa Aí, que misturam produção e financiamento coletivo.

O Queremos é

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