A HISTÓRIA DA IDÉIA SOBRE ÉTICA E JUSTIÇA
Artigo: A HISTÓRIA DA IDÉIA SOBRE ÉTICA E JUSTIÇA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Manuela88 • 14/7/2014 • Artigo • 2.744 Palavras (11 Páginas) • 666 Visualizações
HISTÓRIA DAS IDÉIAS SOBRE A ÉTICA E A JUSTIÇA
As concepções filosóficas existentes sobre ética são:
a) O retrato do que os diversos períodos vivenciam do ponto de vista ético;
b) A síntese diferenciada do que se pode conceber como sendo o conjunto das abstrações e aspirações intelectuais, volitivas e éticas humanas;
c) O material intelectual que movimentou revoluções, mudanças morais, conquistou direitos sociais, criticou e avaliou os vícios e as virtudes humanas em suas diversas perspectivas e em diversos momentos sócio-histórico;
d) Aquilo que há de mais caro doa homem do ponto de vista especulativo, tendo em vista que resumem anseios pessoais e sociais dos pensadores em torno do tema ético;
e) O repositório de temas, abordagens, metodologias e idéias de que pode ser servir o pensador atual para alçar maiores investigações ética.
Portanto, quanto ao interesse histórico filosófico, o omissis, com o auxilio da história da filosofia, refletir (reflectere) possa significar fazer retroceder, aparecendo como um exercício de volta e de busca. Ponderar, calcular, raciocinar... são atividades do pensamento que não se fazem somente prospectivamente, sobretudo retrospectivamente. Assumido como fonte de estudo e raciocínio, é em torno dele que se deitará toda a atividade reflexiva; cercar-se-ão suas causas, suas aparições, seus efeitos, seus motivos... de modo que se estará exercendo uma atividade que volta aos princípios da cadeia para compreender a totalidade do problema e suas conseqüências práticas e futuras.
Refletir, portanto para o pesquisador, é uma necessidade, do qual se exime, em parte, na medida em que se abre para dialogar com aqueles que já pensaram a respeito do problema. Ter esses pontos de apoio pode representar, para o pesquisador da ética, ter resultados maiores ou menores da quais possa discutir com maior embasamento a temática eleita como fulcro de investigação, nas quais não devem obscurecer o projeto de se tratar por meio de um aperçu as principais idéias a respeito da ética.
Para um conhecimento da totalidade da dimensão histórica, tem analisados os pensamentos, movimentos, tendências, autores, escolas, um conjunto de contribuições, com suas peculiaridades e suas ideologias, levando em questão e posterior aprofundamento de várias discussões como:
Sócrates, Platão, Aristóteles, Epicuro de Samos, Lúcio Aneu Sêneca, Cristianismo, Baruch Espinoza, David Hume, Jeremy Bentham, Emmanuel Kant, George Edwaard Moore e John Ralws, mas vamos falar de Sócrates, que interagiu com a escola sofistica de sua época, conduz a discussão ética para a dimensão da sabedoria, cuidando de acentuar a preocupação da ética com a formação e a educação para a morte.
Sócrates: ética, educação, virtude e obediência
A filosofia socrática e o testemunho ético.
Muito já se discutiu a respeito de Sócrates (469-399 a.C.) e de sua filosofia. Sua vivência foi sua obra, e seu testemunho, grande contribuição ética e filosófica. Sócrates conviveu com o povo ateniense do século V a.C. (século de Péricles), que inscreveu seu método e suas preocupações em plena glória da civilização grega, e nas praças públicas e no solo da cidade.
Sócrates é, sem dúvida alguma, divisor de águas para a filosofia antiga, sobretudo pelo fato de situar seu campo de especulações não na cosmovisão das coisas e da natureza, mas na natureza humana e em suas implicações ético-sociais. É, de fato, interagindo e reagindo ao movimento dos sofistas, que faz seu pensamento um marco na história da ética, levando uma linha de pensamento autônoma e originária que se voltasse contra o poder absoluto nesse período da história grega.
Seu método maiêutico, baseado na ironia e no diálogo, possui como finalidade a parturição de idéias, sendo sua tarefa primordial, a fim de despertar nas almas o conhecimento, Isso porque todo erro é fruto da ignorância, e toda virtude é conhecimento. Tendo como importância o reconhecimento que a maior luta humana deve ser pela educação (Paidéia), e que a maior das virtudes (areté) é a de se saber que nada se sabe.
A abnegação pela causa da educação das almas, bem como pelo bem da cidade, representou, como testemunho de vida, ao menos um dos maiores exemplos históricos de autoconfiança e de certeza no que se dizia; condenado a beber cicuta (planta venenosa) pelo tribunal ateniense, não se desviou da sentença e curvou-se ante o desvario decisório dos homens de seu tempo. A acusação que prendia sobre sua cabeça era de que estaria corrompendo a juventude e cultuando outros deuses e, apesar de ter-se dedicado a vida inteira a pregar o contrário disso, aceitou a injustiça de seus acusadores, em nome do respeito à lei que a todos regia em Atenas.
A partir dessas noções primordiais pode-se discutir qual o significado da ética para Sócrates.
A ética socrática
O pensamento socrático é profundamente ético. Reveste-se, em todas aas suas latitudes, de preocupações ético-sociais, envolvendo-se em seu método maiêutico todo tipo de especulação temática impassível de solução (que é a justiça? que é o bem? que é a coragem?...). O que se conhece de Sócrates é, portanto, mais fruto de leitura dos diálogos platônicos, que de uma obra por ele escrita, extraindo muito menos respostas e muito mais perguntas, e, assim mesmo, seu valor é inestimável para a história da ética, sobretudo tendo-se vista que com Sócrates a filosofia se converteu em éthos.
Isso porque a filosofia socrática possuiu um método, e esse método faz o filósofo, como homem, fixar-se por meio de laços morais aos homens em meio à cidade (polis). É do convívio, da moralidade, dos hábitos e práticas coletivas, das atitudes do legislador, da linguagem poética... que surgem os temas da filosofia socrática.
Sócrates, em verdade, pode ser dito o iniciador da filosofia moral e inspirador de toda uma corrente de pensamento. Sua contribuição surge como uma forma de rivalidade:
a) Aos sofistas, pensadores da verve vocabular e da doutrina do relativismo das coisas;
b) À cosmologia filosófica dos pré-socráticos;
Desta forma há que se dizer que Sócrates é referência primordial na filosofia
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