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A Outra História Do Mensalão

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Por:   •  30/9/2014  •  1.065 Palavras (5 Páginas)  •  357 Visualizações

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O livro “A outra história do mensalão”, começa com um questionamento especulativo sobre o ex-presidente da republica: Lula de ser amordaçado? Neste capitulo o autor falar sobre a amizade entre Lula, Nelson Jobim e Gilmar Mendes, e ainda, sobre um possível encontro entre os mesmo a fim de discutir a participação de Gilmar no julgamento do mensalão. Este afirma que foi ameaçado pelo ex-presidente a desenterrar episódios constrangedores da CPI de Carlos Cachoeira, caso não viesse a ser mais favorável aos réus do mensalão.

O autor comenta, também, sobre a popularidade do ex-presidente, que mesmo após o mandato continua sendo o presidente mais popular da história do país. Ao contrário de Fernando Henrique Cardoso, que foi rejeitado pelo povo brasileiro ainda no cumprimento do mandato.

No relatório feito pelo delegado da Polícia Federal, Luiz Flavio Zampronha, apontou que houve desvio de dinheiro público para pagar os compromissos assumidos pelo PT, e que ao contrario do que afirmou a mídia popular de que Dirceu seria “o cabeça” do esquema, o mencionado relatório decepcionou a oposição, pois nada foi comprovado sobre.

Roberto Jefferson, não confirmou o esquema de compra de votos no Congresso, ao contrário, repetiu o depoimento de que jamais votou em projetos do governo em troca de dinheiro, pois ele e sua bancada estavam de acordo com as propostas de Lula.

Paulo Moreira Leite (o autor), diz que o mensalão começa com especulações da “opinião publicada”, ou seja, a mídia popular, onde o pressuposto é que os réus são culpados e toda deliberação no sentido contrário só pode ser vista como falta de escrúpulo e cumplicidade com a corrupção. Afirma, ainda, que o mensalão começou com um conjunto de episódios estranhos e constrangedores, sendo o primeiro o de que Roberto Jefferson continuava sendo visto como principal testemunha do caso, quando na verdade ele foi apontado como membro do esquema, tendo negado que houvesse votado em projetos do governo por dinheiro e jurou que o esquema de Delúbio Soares era o financiamento da campanha eleitoral de 2004, afirmou também que o mensalão não era federal, mas sim, municipal.

O segundo episódio que o autor chamou de estranho, foi o fato de no inquérito da Polícia Federal não fazer menção a José Dirceu como “chefe da quadrilha”, e de nenhuma testemunha o acusar de ter montado qualquer esquema clandestino para desviar qualquer coisa.

O terceiro episódio foi o de a Polícia Federal ter ouvido 337 testemunhas e nenhuma ter falado em compra de votos para garanti-los ao governo, tendo, portanto concordância e unanimidade de fatos entre as testemunhas.

E o quarto e último episódio foi o da separação do julgamento, em que os acusados tucanos foram separados em dois grupos, os que seriam julgados pelo STF e os que seriam julgados pela justiça comum, enquanto os acusados petistas foram julgados juntos. Além de ter sido apresentada a acusação de na campanha de 1998 as agências de Marcos Valério ter recebido verbas do Banco do Brasil para financiamento da campanha. Ainda de acordo com Tribunal de Contas da União, entre 2000 e 2005, quando coletava para tucanos e petistas, o esquema de Marcos Valério recebeu R$ 106 milhões do referido banco.

No julgamento do mensalão pode-se ver um verdadeiro show entre a defesa e acusação. Isso porque os advogados de defesa defenderam teses difíceis de serem quebradas pela acusação de Roberto Gurgel. O advogado de José Dirceu admitiu que o mesmo possui muita influência política em tudo que ocorria no planalto, porém não houve uma testemunha para mostrar que o então ministro da casa civil tivesse articulado compras de voto. Já o advogado de Delúbio Soares, mostrou que os acordos políticos foram realizados antes dos acordos financeiros, dificultando assim, para a acusação de provar o contrário. O advogado de José Genoino, que era difícil sustentar a ideia de que o mesmo tinha tido uma participação ativa no esquema além da articulação política, mostrando ainda

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