A PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA UMA EQUIPE DE SAÚDE PÚBLICA
Por: tatieryan • 29/9/2022 • Trabalho acadêmico • 3.000 Palavras (12 Páginas) • 107 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
Curso Superior Tecnologia em Gestão de Saúde Pública
TATIANE
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR
FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA UMA EQUIPE DE SAÚDE PÚBLICA
Cocos
2022
TATIANE
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR
FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA UMA EQUIPE DE SAÚDE PÚBLICA
Trabalho apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Saúde Pública da UNOPAR - Universidade Pitágoras Unopar, para as disciplinas: atividades interdisciplinares.
Cocos
2022
INTRODUÇÃO:
Formar profissionais para atuar no sistema de saúde sempre foi um desafio. Trazer o campo do real, da prática do dia a dia de profissionais, usuários e gestores mostra-se fundamental para a resolução dos problemas encontrados na assistência à saúde e para a qualificação do cuidado prestado aos sujeitos. A mudança na formação acadêmica de estudantes e professores do campo da saúde também se tem mostrado necessária.
A cada ano temos novos profissionais com diferentes formações iniciando atuação nos vários cenários de trabalho do SUS. Somam-se a estes, outros trabalhadores que já vêm, continuadamente, enfrentando desafios sabidamente conhecidos, tanto na área de gestão como na de atenção/assistência.
Esses profissionais, iniciantes ou não, necessitam da articulação das instituições formadoras e dos diferentes níveis de gestão, de modo a possibilitar a construção de processos de educação permanente, oferecendo espaços de capacitação e reflexão crítica positiva, diante dos problemas e desafios da Saúde Pública nos municípios e regiões.
Os dois grupos acumulam expectativas de obter uma visão critica dos Sistemas de Saúde, desejam conhecer outras experiências, outras realidades para objetivar e qualificar a própria prática. Desejam aplicar os conhecimentos adquiridos no trabalho diário, reconstruir modelos e buscar respostas às novas demandas de realidades diversas e complexas. Fica evidenciado que só conseguiremos mudar realmente a forma de cuidar, tratar e acompanhar a saúde dos nossos usuários se conseguirmos mudar também os modos de ensinar e aprender (Ceccim e Feuerwerker, 2004).
O primeiro passo para provocar mudanças nos processos de formação é entender que as propostas não podem mais ser construídas isoladamente nem de cima para baixo, ou seja, serem decididas pelos níveis centrais sem levar em conta as realidades locais. As propostas devem fazer parte de uma grande estratégia; precisam estar articuladas entre si e construídas a partir da problematização das necessidades locais e dos seus diversos segmentos (Ceccim e Feuerwerker, 2004).
É necessário e indispensável que as várias instâncias, articulem caminhos para a formação de novos profissionais de saúde, possibilitem o desenvolvimento/atualização do pessoal que já está no SUS e legitimem propostas direcionadas a um desempenho profissional qualificado e em quantidade suficiente em todos os pontos do País.
As políticas e propostas de formação dos profissionais para o SUS, articulando capacitação, qualificação, desenvolvimento, devem concretizar estratégias e ações de aproximação constante das práticas dos serviços de saúde às práticas de investigação e reflexão teórica, tanto do pessoal das universidades quanto da gestão e da assistência.
DESENVOLVIMENTO:
PROGRAMA DE TREINAMENTO PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Introdução:
A UBS foi criada há menos de dois anos e ainda há resistência da população à procura da unidade. Historicamente fazem suas consultas no pronto atendimento da cidade. Em grande parte esse problema é intensificado pela ação ineficiente das Agentes Comunitários de Saúde. Elas são o elo entre a comunidade e o centro de saúde e infelizmente a falta de capacitação dessas profissionais distancia a comunidade do serviço. Além disso, sendo um morador do bairro torna-se um personagem fundamental, já que conhece os principais males que afetam os moradores. Suas ações favorecem a transformação de problemas que afetam a qualidade de vida das famílias inseridas em suas áreas.
Infelizmente a realidade revela que os Agentes Comunitários de Saúde foram inseridas no serviço sem um treinamento específico: desmotivadas por não saberem seu papel dentro da equipe, angustiadas por cobranças e muitas vezes sem saber lidar com situações cotidianas de sua atividade profissional. Em uma de nossas reuniões de equipe uma Agentes Comunitários de Saúde disse: “recebi uma prancheta e me mandaram trabalhar, não sei o que tenho que fazer”. Oura Agentes Comunitários de Saúde expôs também sua opinião “muitas vezes vou a casa da mesma pessoa quatro vezes no mês, peço pra ela assinar e é só isso, não sei o que tenho que fazer durante a visita”. As demais Agentes Comunitários de Saúde também compartilharam das idéias e anseios de suas colegas de trabalho.
Os Agentes Comunitários de Saúde ao entenderem suas ações, metas e objetivos compartilhados com a equipe, criarão um ambiente propicio para estabelecermos os próximos passos e resolução dos outros problemas da nossa UBS.
Justificativa:
Os Agentes Comunitários de Saúde são a base da Estratégia de Saúde da Família. Foram estabelecidos no serviço para as ações de prevenção, promoção, recuperação e reabilitação da saúde das pessoas de forma integral e contínua. Seu papel é aproximar as pessoas, inseridas em sua área adstrita da Unidade básica de saúde (UBS), ou seja, levar a saúde para mais perto da comunidade. Essa aproximação é facilitada por serem moradores de bairro. Compartilharem os mesmos problemas e a cultura das pessoas ao qual está responsável.
“Sua ação favorece a transformação de situações-problema que afetam a qualidade de vida das famílias, como aquelas associadas ao saneamento básico, destinação do lixo, condições precárias de moradia, situações de exclusão social, desemprego, violência intrafamiliar, drogas lícitas e ilícitas, acidentes etc” (BRASIL, 2009, p. 26).
Infelizmente processo de qualificação do Agentes Comunitários de Saúde ainda é desestruturado, fragmentado, e, na maioria das vezes, insuficiente para desenvolver as novas competências necessárias para o adequado desempenho de seu papel.Essa realidade é vista não somente em Mariana, mas em todo Brasil. Diante disto, a realidade das profissionais Agentes Comunitários de Saúde do centro de saúde é de falta de conhecimento da profissão, falta de entusiasmos em realizar o trabalho e de perspectivas futuras. Com isso tem-se um serviço muito aquém do que uma UBS e uma Estratégia de Saúde da Família necessitam. Ao longo do tempo vão criando-se lacunas devido a orientações, informações e outras condutas inadequadas. Menores números de consultas de pré-natal, campanhas de vacina não abrangendo toda população, hipertensos e diabéticos mal controlados, maiores casos de doenças infecto contagiosas, menos consultas de puericultura, etc. Além disso, muitas vezes eliminam um conceito básico do SUS: a Equidade na qual se dá maior atenção aos que mais necessitam, diferenciando as necessidades de cada um. Muitas vezes há solicitações urgentes de consultas ou visitas domiciliares a pessoas hígidas e aqueles que mais necessitam não conseguem ao menos ter acesso ao posto. Muitas vezes, essas pessoas têm que procurar um serviço de pronto atendimento para ao menos renovar sua recitas de medicamentos crônicos. Informações inadequadas passadas aos usuários que tumultuam o serviço. Orientações sobre saúde equivocadas colocam em risco o paciente e em xeque a qualidade do serviço prestado pela Estratégia de Saúde da Família. É imprescindível que assim como o médico e enfermagem as Agentes Comunitários de Saúde sejam aptas a prestar o serviço em uma unidade de saúde. Espera-se que com a capacitação dessas profissionais a UBS ganhe uma rotina mais dinâmica, eficaz e com menos entraves.
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