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A Sociedade E Cultura

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Por:   •  23/9/2013  •  629 Palavras (3 Páginas)  •  459 Visualizações

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Foi nesse contexto que se desenvolveu a teoria de Charles Darwin sobre a evolução e adaptação das espécies. O autor colocou em xeque as idéias da imutabilidade das espécies. Assim, a formação dos sistemas vivos começou a ser entendida não como criação simultânea, mas como decorrência de etapas sucessivas. Na sua obra A origem das espécies, publicada em 1859, em consonância com o espírito da época, Darwin defendeu a noção de variação gradual dos seres vivos graças ao acúmulo de modificações pequenas, sucessivas e favoráveis, e não por modificações extraordinárias, surgidas repentinamente. Nessa obra Darwin apresentou o núcleo da sua concepção evolutiva: a seleção natural, ou a persistência do mais capaz; com o passar dos séculos, a seleção natural eliminaria as espécies antigas e produziria novas espécies. Logo as teses de Darwin estavam sendo discutidas em todo o meio científico e o próprio liberalismo econômico adotou o pressuposto da competição. Ao defender a propriedade privada, o liberalismo postula que todo homem compete em igualdade no acesso à propriedade privada. Aquele que não a conquista, não o faz porque é vicioso ou preguiçoso. É claro que essa tese, presente em nossas mentes até hoje, interessava e interessa à manutenção do domínio da classe burguesa. Se o liberalismo apropriou-se do conceito de competição, de Charles Darwin, não foi o único. Logo surgiu o Darwinismo Social. Segundo o Darwinismo Social, as sociedades se modificam e se desenvolvem como os seres vivos. As transformações nas sociedades representam a passagem de um estágio inferior para outro superior, onde o organismo social se mostra mais evoluído, adaptado e complexo. Se na natureza a competição gera a sobrevivência do mais forte, também na sociedade favorece a sobrevivência de sociedades e indivíduos mais fortes e evoluídos. As expressões: "luta pela existência" e "sobrevivência do mais capaz", tomadas de Darwin, apoiaram o individualismo liberal e justificaram o lugar ocupado pelos bem sucedidos nos negócios. Por outro lado, as sociedades foram divididas em raças superiores e inferiores, cabendo aos mais fortes dominar os mais fracos e, conseqüentemente, aos mais desenvolvidos levar o desenvolvimento aos não desenvolvidos. A civilização deveria ser levada a todos os homens. É claro que o Darwinismo Social serviu para justificar a ação imperialista das nações europeias. Foi nesse cenário de constantes conflitos sociais, políticos, econômicos e religiosos, cenário marcado pela industrialização e pelo cientificismo, que a Antropologia e a Sociologia produziram suas primeiras explicações.

4 - O Positivismo

O positivismo foi uma diretriz filosófica criada por Augusto Comte na segunda metade do século XIX. O tema central de sua obra é a Lei dos Três Estados, em que ele divide a evolução histórica e cultural da humanidade em três fases, de acordo com seu desenvolvimento; a classificação e a hierarquização das ciências, da mais simples à mais complexa, já que para ele a ordem é necessária ao progresso; e a reforma da sociedade, com mudanças intelectuais, morais e políticas destinadas principalmente a restabelecer a ordem na sociedade capitalista industrial. Comte devotou-se a Sociologia, uma palavra que ele elaborou para descrever a ciência da sociedade. Ele acreditava que sua principal

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