A Síndrome Agrotóxica

A síndrome aerotóxica trata-se de um problema neurológico grave, face à exposição ao ar contaminado em aeronaves a jato. A maioria dos aviões modernos têm suas cabines oxigenadas com uma mistura de ar reciclado e ar purgado das turbinas dos seus motores, permitindo a probabilidade de contaminação do ar por organofosforados e hidrocarbonetos provocando a síndrome aerotóxica.

Palavras-chave: Síndrome Aerotóxica. Organofosforados. Hidrocarbonetos.

Introdução:

Conhecida informalmente como síndrome aerotóxica, esta condição é provocada pelo chamado fume event que, por sua vez, fala sobre a qualidade do ar no interior do avião. Estes efeitos foram registrados desde os anos 50, bem como já foram associados a uma série de doenças crônicas em profissionais do setor aéreo. A maioria dos aviões mais modernos possuem sistemas em que as cabines são oxigenadas com uma mistura

de ar reciclado e ar quente comprimido extraído de seus motores, um processo conhecido como "bleed air".

Figura 1. Esquema básico do sistema de climatização de aeronaves

Ainda, existem vedações ao longo da aeronave projetadas para manter o óleo e esse "bleed air" separados. No entanto, elas podem vazar ou falhar, fazendo com que os organofosforados contidos no óleo aquecido do motor contaminem o ar que é bombeado para dentro da cabine.

Metodologia:

O trabalho baseia-se no relato de tripulações de linhas aéreas que desenvolveram problemas de saúde após a exposição ao ar contaminado por muitos anos.

Desenvolvimento:

Atualmente o ar que abastece a cabine é proveniente da turbina dos jatos e é conhecido como "ar sangrado". Embora parte desse ar seja recirculado, a sua totalidade tem origem do ar dos compressores das turbinas, que precisam ser lubrificados. A maioria dessas turbinas, tem "vedação molhada" e não conseguem ser 100% eficazes. Essa vedação pode falhar e permitir que uma quantidade de óleo se misture ao ar superaquecido do compressor, resultando em fumaça ou névoa na cabine, isto é conhecido como fume event ou evento de fumaça.

O TCP (tricresil fosfato) que é um organofosforado, utilizado como aditivo em lubrificantes aeronáuticos, é um tipo de composto neurotóxico e pode interferir nas funções do sistema nervoso, resultando em problemas cognitivos, emocionais e comportamentais. A ausência de monitoramento da qualidade do ar em aeronaves comerciais, torna impossível determinar quais produtos químicos entram na cabine e em quais quantidades. A proposta de monitoramento sensorial nos dutos de ventilação de aeronaves, parte do princípio de utilização de biossensores eletroquímicos, que são dispositivos integrados, capazes de fornecer um sinal eletroanalítico, quantitativo ou semiquantitativo, utilizando um elemento biológico de reconhecimento, que está em contato direto com o elemento de transdução.

Os biossensores estarão interligados a uma ECU (electronic central unit) através de válvulas de três vias previamente instaladas entre os dutos de captação e o filtro primário, estas