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A mídia

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Por:   •  19/4/2014  •  Seminário  •  469 Palavras (2 Páginas)  •  181 Visualizações

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Meios de comunicação de massa

Os meios de comunicação de massa ganharam grande importância nos últimos tempos. Parte dos conteúdos por eles difundidos é estudada por algumas teorias do campo da Psicologia, em função dos conhecimentos desta sobre a subjetividade humana.

O fato de o publicitário produzir um bom comercial não se dá simplesmente por ele conhecer as técnicas desenvolvidas pela propaganda, mas, também, por ele ser capaz de conseguir “captar” a subjetividade das pessoas as quais pretende cativar.

Percebida a importância de se trabalhar bem a subjetividade, a presença do psicólogo passou a ser frequentemente requisitada na mídia, levantando uma questão muito importante, a que se refere á ética.

Até que ponto o psicólogo pode controlar as pessoas, trabalhando com a subjetividade, através da mídia?

Quando se trata de um tema polêmico, sabemos que não podemos acreditar piamente na informação veiculada pela mídia, mas, quando não temos informação alternativa à nossa disposição, tendemos a acreditar na informação disponível de forma acrítica, sem condições de avaliar a mensagem transmitida.

A propaganda comercial captura a subjetividade, de forma bem sutil, através da apresentação de um mundo idílico, associado ao produto ou serviço, e que apresenta alguma verossimilhança com a realidade, convencendo as pessoas de que é possível alcançar esse mundo. Esse tipo de convencimento pode nos levar ao limite da ética quando convence alguém a consumir coisas que não quer ou não pode consumir.

Esse mecanismo de convencimento, que pode ou não ultrapassar as bases racionais da difusão de uma mensagem, é chamado de persuasão. Entretanto, a publicidade explora muito recursos de base irracional para persuadir o receptor da mensagem mais pelo campo da subjetividade do que pelo da objetividade da informação.

Outra artimanha utilizada para o convencimento é aquela embutida de forma sutil na construção linguística da mensagem, assim, não precisa ser sofisticada ou trabalhar com recônditos desejos.

Mais um campo importante é o que trabalha com conteúdos ideacionais, com crenças que procuram alterar o campo cognitivo das pessoas, isso é o que chamamos de propaganda ideológica.

Os fatores mais utilizados pela propaganda ideológica são o cognitivo e o afetivo, que podem ser alterados de acordo a informação que temos sobre o objeto da comunicação.

“Muitas vezes, a propaganda contra uma causa é feita sem que informações objetivas sejam veiculadas. Apresenta-se o objetivo da informação com a intenção de gerar, no receptor, antipatia pelo conteúdo trabalhado” (pág. 290).

Recentemente, os setores ligados a agências de publicidade ficaram indignados com o projeto de lei que proíbe participação de crianças em publicidade.

A autora defende: “O projeto gera um debate importante na sociedade a respeito das crianças que queremos formar, crianças que não serão superestimuladas por mensagens de consumo ou que tenham outras preocupações, além de consumir esse ou aquele produto. A proposta não resolve problemas imediatos, mas passa um recado para a sociedade: não é bom estimular o consumismo entre as crianças” (pág.293).

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