A noção de sustentabilidade
Seminário: A noção de sustentabilidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mconsolini • 22/11/2013 • Seminário • 1.084 Palavras (5 Páginas) • 231 Visualizações
A noção de sustentabilidade tem duas origens, a primeira é na ecologia, refere-se à capacidade de recuperação e reprodução dos ecossistemas em face de agressões pelo homem (queimadas, etc) ou naturais (terremoto, tsunami, fogo etc.). A segunda, na economia, como adjetivo do desenvolvimento, em face da percepção ao longo do século XX de que o padrão de produção e consumo em expansão no mundo não tem possibilidade de perdurar.
Nos embates ocorridos nas reuniões de Estocolmo (1972) e Rio (1992), nasce a noção de que o desenvolvimento tem, além de um cerceamento ambien- tal, uma dimensão social. A pobreza é tida como uma das causas para desastres ambientais, e assim cresce uma preocupação com as classes sociais baixas.
Diversos autores defendem ideias diferentes sobre o Desenvolvimento sustentável. Como exemplo, Redclift (1987) considera o Desenvolvimento Sustentável (DS) uma ideia poderosa, enquanto Richardson (1997) chama-o de fraude, pois tenta esconder a contradição entre a finitude dos recursos naturais e o caráter desenvolvimentista da sociedade industrial.
No Brasil, Machado (2005) defende que o DS é um discurso, conforme a proposição de Foucault; enquanto Nobre & Amazonas (2002) afirmam que é um conceito político-normativo. Veiga (2010), no entanto, fará uma defesa interessante – de que se trata antes de tudo de um novo valor. Na sua assimilação pela sociedade, encontra-se a possibilidade da adoção de medidas que venham efetivamente a mudar o rumo do desenvolvimento, levando-o da jaula do crescimento econômico material para a liberdade do desenvolvimento humano.
O termo sustentabilidade ganha corpo na adjetivação de “desenvolvimento”, já a quase 50 anos, quando problemas com radioatividade e sua interferência no meio ambiente começaram a preocupar líderes mundiais. Eventos catastróficos tomaram lugar na mídia, mas os movimentos ambientalistas foram os maiores beneficiários.
Em 1972 foi preparada a conferência de Estocolmo, onde países desenvolvidos e não desenvolvidos foram colocados frente a frente para discutir o rumo do Meio Ambiente. De um lado, países desenvolvidos queriam a defesa do meio ambiente o ponto central da conferência, os outros países menos desenvolvidos queriam o combate a pobreza, divisão que também chegou a dividir diversos autores.
A reunião de Estocolmo se realiza em meio ao impacto provocado pelo relatório do Clube de Roma, que propunha a desaceleração do desenvolvimento industrial nos países desenvolvidos, e do crescimento populacional, nos países subdesenvolvidos.
Um trabalho de Arne Naess (1973), tornar-se-á rapidamente o estandarte dos ambientalistas mais radicais, com a distinção entre ecologia superficial (que se preocupa com a poluição nos países desenvolvidos) e ecologia profunda (que se volta para os problemas ecológicos existentes nas estruturas das sociedades em todo o mundo).
A reunião de Estocolmo provocou a criação da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, devido a falta de dados sobre o Meio Ambiente durante a conferência. Sua definição tornou-se clássica e objeto de um grande debate mundial : “Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em satisfazer suas próprias necessidades”. A força e a fraqueza dessa definição encontram-se justamente nessa fórmula vaga, pois deixam-se em aberto quais seriam as necessidades humanas atuais, e mais ainda as das gerações futuras. Um relatório publicado pela comissão consagra a dimensão social como parte integrante da questão ambiental.
Em 1992 houve a conferência das nações unidas, conhecida como rio-92. Os efeitos mais visíveis foram a criação da Convenção da Biodiversidade e das Mudanças Climáticas – que resultou no Protocolo de Kyoto.
Há três dimensões principais: ambiental, econômica e social, embora diversos autores defendam mais algumas.
A ambiental se resume em produzir e consumir de forma a garantir que os ecossistemas possam manter sua autorreparação. A econômica propõe o avanço tecnológico a ponto de substituir o ciclo fóssil de energia . A social significa erradicar a pobreza e definir
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