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APURAÇÃO DE HAVERES

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Por:   •  16/11/2014  •  756 Palavras (4 Páginas)  •  396 Visualizações

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2.3 AVALIAÇÃO DE EMPRESAS

A avaliação de uma empresa é um processo complexo que, embora todos os métodos

sejam quantitativos, envolve premissas subjacentes à sua aplicação, que estão sujeitas a critérios

subjetivos, onde a quantidade e qualidade das informações utilizadas e o tempo despendido

em compreender a empresa a ser avaliada, são condições fundamentais para a elaboração

de um bom trabalho.

Sá (2007, p. 33) diz que não existe realidade absoluta em avaliações monetárias de

riquezas e destaca: “as avaliações patrimoniais são expressas em valores monetários, e estes

possuem como fator inerente a relatividades”.

A avaliação de empresas dentro do processo de negociações de fusões e aquisições

tem por objetivo a fixação de um preço referencial para a tomada de decisão, com isto, diminuindo

fatores de ordem emocional e especulativos. Damodaran (1997, p. 9) ensina que

quaisquer percepções que o avaliador trouxer ao processo de avaliação acabarão por se incorporar

ao valor da empresa, influenciando sob a ótica de uma das partes envolvidas ou sendo

neutro, além de influenciar por suas preferências e valores.

Falcini (1995, p. 15) esclarece esta questão com precisão quando diz:

Uma avaliação econômica, ao contrário do que possa parecer, não é uma fixação

concreta de um preço ou valor específico de um bem, mas é uma estimativa de base,

uma tentativa de estabelecer, dentro de uma faixa, um valor referencial de tendência,

em torno do qual atuarão as forças de mercado.

De igual forma na apuração de haveres em processos judiciais, de acordo com Perez &

Famá (2003), o processo de avaliação não visa a fixação de um “preço” para a sociedade, mas

sim, a busca de um valor justo, que reflita com propriedade as características e os diferenciais

da empresa avaliada.

Martins (2001, p.264) enfatiza com precisão: “O valor de uma empresa depende primordialmente

dos benefícios líquidos que se poderá extrair no presente e no futuro”, e adverte:

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Ninguém venderia uma empresa em funcionamento por menos do que obteria se a

fechasse; e ninguém cerraria as portas de uma empresa se ela pudesse ser vendida

por valor melhor em pleno funcionamento. Logo o valor econômico de uma empresa

é dado pelo maior dos montantes alcançados, nessas duas alternativas: em liquidação

ou em marcha.

Martins (2001), ao definir Ativo, considera que os ativos, em termos contábeis, precisam

ser fundamentados economicamente como agentes que proporcionam resultados econômicos.

Neste enfoque, é secundário o valor de aquisição dos agentes, mesmo porque as entidades

não adquirem, por exemplo, máquinas para vendê-las enquanto tal, mas o que resulta

das máquinas: os produtos fabricados ou serviços por elas prestados.

Não existe um modelo avaliatório considerado melhor ou mais adequado para o uso

em um cenário específico, que dependerá da variedade de características da empresa que está

sendo avaliada, tempo e recursos que são gastos desnecessariamente para tentar fazer com que

ativos se encaixem em um modelo de avaliação pré-especificado. (DAMODARAN, 1997, p.

302).

Dentro dos vários métodos de avaliação de empresas existentes e reconhecidos, para se

avaliar

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