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AS REFRAÇÕES DO SERVIÇO SOCIAL NO PASSADO E NO PRESENTE

Trabalho Escolar: AS REFRAÇÕES DO SERVIÇO SOCIAL NO PASSADO E NO PRESENTE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/11/2013  •  2.147 Palavras (9 Páginas)  •  1.137 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................3

2 A QUESTÃO SOCIAL JUNTO AO SERVIÇO SOCIAL.....................................................4

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................8

4 REFERÊNCIAS ................................................................................................................9

1 INTRODUÇÃO

Com objetivo de refletir criticamente sobre as refrações da questão social no passado extrapolando no contexto da atualidade.

No Brasil, a Questão Social, é um processo tardio. E isso se deve ao sistema colonial, que aqui foi implantado baseado no trabalho escravo, na monocultura agrícola e no latifúndio de exportação, que como é até os dias atuais, totalmente subordinados aos grandes centros da economia mundial, fato este que marcou a vida econômica, política, social e cultural de nosso país profundamente.

Está solidamente estabelecido no Serviço Social que as sequelas da “questão social” se constituem na matéria sobre a qual o exercício profissional vai se realizar. Dada a sua dimensão estrutural, a “questão social” atinge a vida dos sujeitos nas suas requisições pela garantia de direitos civis, sociais, políticos e humanos, remetendo- os à luta pela “cidadania”. Considerada em articulação com as formas de produção e reprodução social, a “questão social” adquire centralidade no exercício profissional, uma vez que o assistente social vai intervir no âmbito das suas expressões tradicionais e novas, consideradas como manifestação de um tipo de relação de subalternidade do trabalho ao capital.

2 A QUESTÃO SOCIAL JUNTO AO SERVIÇO SOCIAL

A criação de questão social está enraizada na contradição capital x trabalho, em outras palavras, é uma categoria que é definida especificamente no âmbito do modo capitalista de produção.

A concepção de questão social mais difundida no Serviço Social é a de e

IAMAMOTO e CARVALHO, (2006, p.77):

A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais além da caridade e repressão.

Não contraditória à esta concepção, temos a de TELES, (1996, p. 85):

... a questão social é a aporia das sociedades modernas que põe em foco a disjunção, sempre renovada, entre a lógica do mercado e a dinâmica societária, entre a exigência ética dos direitos e os imperativos de eficácia da economia, entre a ordem legal que promete igualdade e a realidade das desigualdades e exclusões tramada na dinâmica das relações de poder e dominação.

Portanto, a questão social é uma categoria que expressa a contradição fundamental do modo capitalista de produção. Contradição, esta, baseada na produção e apropriação da riqueza gerada socialmente: os trabalhadores produzem a riqueza, os capitalistas se apropriam dela. É assim que o trabalhador não usufrui das riquezas por ele produzidas (AGUIAR, 1984).

A questão social representa uma perspectiva de análise da sociedade. Isto porque não há consenso de pensamento no fundamento básico que forma a questão social. Em outras palavras, nem todos verificam que existe uma contradição entre capital e trabalho. Ao utilizarmos, na análise da sociedade, a categoria questão social, estamos realizando uma análise na perspectiva da situação em que se encontra a maioria da população, sendo aquela que só tem na venda de sua força de trabalho os meios para garantir sua sobrevivência (FALEIROS, 1997).

É ressaltar as diferenças entre trabalhadores e capitalistas, no acesso a direitos, nas condições de vida; é analisar as desigualdades e buscar forma de superá- las. É entender as causas das desigualdades, e o que essas desigualdades produzem, na sociedade e na subjetividade dos homens (AGUIAR, 1984).

E as consequências da apropriação desigual do produto social são as mais diversas: analfabetismo, violência, desemprego, favelização, fome, analfabetismo político, etc.; criando “profissões” que são frutos da miséria produzida pelo capital: catadores de papel; limpadores de vidro em semáforos; “avião” – vendedores de drogas; minhoqueiros – vendedores de minhocas para pescadores; jovens faroleiros – entregam propagandas nos semáforos; crianças provedoras da casa – cuidando de carros ou pedindo esmolas, as crianças mantém uma irrisória renda familiar; pessoas que “alugam” bebês para pedir esmolas; sacoleiros – vivem da venda de mercadorias contrabandeadas; vendedores ambulantes de frutas; etc. Além de criar uma imensa massa populacional que frequenta igrejas, as mais diversas, na tentativa de sair da miserabilidade em que se encontram (FERREIRA, 2013).

Como toda categoria arrancada do real, nós não vemos a questão social, vemos suas expressões: o desemprego, o analfabetismo, a fome, a favela, a falta de leitos em hospitais, a violência, a inadimplência, etc. Assim é que, a questão social só se nos apresenta nas suas objetivações, em concretos que sintetizam as determinações prioritárias do capital sobre o trabalho, onde o objetivo é acumular capital e não garantir condições de vida para toda a população (DUARTE, 2013).

É indiscutível a inserção da intervenção do Serviço Social no âmbito das desigualdades sociais, ou, mais amplamente, da questão social. Entretanto, considerando a concepção de questão social, é de se perguntar se a mesma, ou suas expressões, podem se constituir em objeto de uma única profissão. Estamos partindo da concepção de que o objeto é o

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