ATPS Contabilidade Geral
Artigo: ATPS Contabilidade Geral. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AJUND • 12/3/2015 • 1.915 Palavras (8 Páginas) • 388 Visualizações
Apesar das amplas discussões sobre questões ambientais serem recentes, as sociedades
humanas vêm, historicamente, transformando o ambiente em que vivem de acordo com
suas necessidades e desejos.
Os registros da evolução da consciência ambiental
iniciam-se a partir do século XX, com destaque para
a publicação do livro Primavera Silenciosa de Rachel
Carson, em 1962, que documentou os efeitos nocivos
dos pesticidas no ambiente (CARSON, 1969). Temos
também o primeiro relatório do Clube de Roma, intitulado
Limites do Crescimento, em 1972, que afirmava que
o planeta Terra não suportaria o ritmo do crescimento
populacional, atingindo o limite de desenvolvimento
em 100 anos (MEADOWS et. al., 1973) e, em 1987,
da publicação do relatório Nosso Futuro Comum, que
interligou problemas socioeconômicos e ecológicos,
apresentando o conceito de desenvolvimento sustentável
(CMMAD, 1988)
Rachel Carson (1907-1964) Fonte:
Site Oficial da ONG Rachel Carson
(EUA). Disponível em: http://www.
rachelcarson.org/. Acesso em: 25
jun. 2013.
Observa-se que os seres humanos têm modificado a Terra durante toda a sua história e
provavelmente continuarão a fazê-lo. A questão atual que se coloca é a dimensão e a intensidade
dessas interferências, já que estas alterações têm possibilitado o desenvolvimento e avanço para
algumas sociedades, mas ao mesmo tempo geram sérias desigualdades sociais e complexas
questões ambientais.
O aumento dos problemas ambientais, decorrentes da expansão industrial verificada em todo o
mundo, em especial nas últimas décadas, surge em consequência de avanços na base tecnológica
sem a devida preocupação com a manutenção e gestão adequadas dos recursos naturais.
A convergência de várias tendências mundiais que geram problemas no meio ambiente tem
texto e
contexto
Tema 01 - Educação ambiental
e cidadania – o indivíduo e o meio
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conduzido ao que é frequentemente denominado como crise ambiental. Verifica-se que em um
planeta finito não existe a contínua disponibilidade de áreas para expansão da civilização industrial.
Contudo, a população humana continua a crescer, o consumo per capita continua a expandir-se e
tecnologias degradantes são utilizadas em grande escala. Enquanto algumas pessoas acreditam
que os seres humanos encontrarão soluções para muitos problemas através da tecnologia, o ritmo
da mudança tecnológica em curso continua a degradar o ambiente e a vida de milhares de pessoas.
Poucas questões têm sido tão rapidamente incorporadas na preocupação e ação coletivas quanto
à problemática ambiental. Gradativamente esta temática vem sendo incluída nos mais diferentes
setores da sociedade, tais como programas de governo, ações da sociedade civil organizada,
programas de pesquisa e estudo de universidades e sistemas de ensino em geral, projetos de
setores privados, recebendo inclusive amplo destaque nos meios de comunicação, através de
publicações e espaços específicos para apresentação e discussão de temas relacionados ao
ambiente.
Desta forma, diversos problemas como, por exemplo, a poluição das águas, a redução da camada
de ozônio, a extinção de espécies, o aquecimento global, o crescimento populacional, o consumo
maciço de recursos, vêm sendo o objeto de análises, pesquisas e estudos de cientistas, políticos e
mesmo da população em geral. Soluções têm sido elaboradas e ações e programas implantados
em todo o mundo, visando minimizar ou mesmo solucionar os impactos diversos causados ao
ambiente.
Assim, ao se analisar as características dos problemas ambientais, constata-se a presença de
questões com diversas amplitudes e origens, bem como uma série de paradoxos e contradições.
À medida que estes estudos são realizados, torna-se cada vez mais evidente que a fonte da crise
ambiental está na natureza humana e especialmente na cultura humana. Enfrentamos uma crise
ambiental não em função de alterações no funcionamento natural de ecossistemas, mas em função
de nossos sistemas éticos e culturais (HOEFFEL; SORRENTINO; MACHADO, 2004).
Sair desta crise requer uma compreensão de como transformar e utilizar a natureza, mas mais do
que isso, requer uma análise dos sistemas éticos que direcionaram estas mudanças ambientais.
A crise ambiental questiona, portanto, os valores da sociedade contemporânea e aponta para a
necessidade de uma profunda alteração nos modos socialmente construídos de conhecer e de se
texto e
contexto
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