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AUDIÇÕES INTIMAS E DE JORNALISMO PF

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Por:   •  25/11/2013  •  Seminário  •  1.968 Palavras (8 Páginas)  •  364 Visualizações

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Nomes:

Amanda Amorim Lima Ra: 295237

Gabriela Lustosa Do Amaral Ra: 301108

Rosilene Baltazar Ra: 289065

Lucélia Aparecida Costa De Oliveira Ra: 290511

PF INTIMA E OUVE JORNALISTAS SOBRE REPORTAGENS QUE TRATAM DO DOSSIÊ

A Polícia Federal de São Paulo ouviu nesta terça-feira (31) o depoimento de três jornalistas da revista "Veja". Marcelo Carneiro, Camila Pereira e Júlia Dualibi foram, nas palavras da assessoria da PF, intimados para "instruir o inquérito" sobre o vazamento de informações no caso do dossiê. A instrução foi conduzida pelo delegado Moysés Eduardo Ferreira.

A procuradora Elizabeth Mitiko Kobayashi, do Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP), acompanhou o depoimento. Ela integra o Grupo de Controle Externo das Atividades da Polícia Federal no estado. De acordo com a assessoria do MPF-SP, a instrução é parte de um inquérito sobre uma suposta "operação abafa" no caso do dossiê.

Segundo reportagem de capa da revista no dia 18 de outubro, o governo promoveu uma "operação abafa" para livrar Freud Godoy, ex-assessor e ex-segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do escândalo. A operação consistiria no acerto de uma versão comum entre Freud Godoy e o advogado Gedimar Passos, preso em São Paulo durante a negociação do dossiê para prejudicar políticos tucanos. O encontro entre os dois teria ocorrido no prédio da PF em São Paulo.

Choque de versões

No início da noite, a Polícia Federal e a Editora Abril divulgaram notas absolutamente opostas sobre o caso.

A PF diz que os jornalistas foram ouvidos na condição de testemunhas. A Abril diz que eles foram ouvidos como suspeitos.

A PF informa que o objeto do depoimento foi o conteúdo da reportagem sobre a "operação abafa". A Abril informa que o objeto real era a revista como um todo.

A PF cita que os jornalistas não manifestaram contrariedade durante o depoimento. A Abril cita pelo menos duas ocasiões em que essa contrariedade teria sido manifestada.

Repercussão em Brasília

A notícia sobre a intimação dos jornalistas pela PF de São Paulo chegou ao plenário do Senado em Brasília. O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) acusou a PF de "constranger" os jornalistas e cobrou explicações do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

Rebatendo Heráclito, a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), criticou a revista, defendeu a PF, mas admitiu desconhecer o conteúdo dos depoimentos dos jornalistas à polícia. A senadora disse que pedirá esclarecimentos ao ministro da Justiça.

Em entrevista concedida ao "Jornal da Globo", Márcio Thomaz Bastos, Ministro da Justiça, prometeu apurar o caso e defendeu a liberdade de imprensa. "Falei ao editor-chefe da 'Veja' que se houve qualquer abuso por parte do delegado, iremos averiguar", ressaltou Bastos.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) publicou na terça-feira (31) um texto sobre o depoimento de jornalistas da revista "Veja" à Polícia Federal. Leia a íntegra:

"OAB condena intimidação da PF contra jornalistas de Veja

Salvador (BA), 31/10/2006 – O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, condenou hoje (31), de forma veemente, a intimidação denunciada por três jornalistas da revista Veja – Julia Duailibi, Camila Pereira e Marcelo Carneiro – durante depoimentos prestados a um delegado da Polícia Federal que apura o vazamento de informações sobre o dossiê que petistas tentaram comprar durante a eleição presidencial, de autoria da chamada Máfia dos Sanguessugas, contra políticos da oposição à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O comportamento do delegado, pelo relato dos jornalistas, foi inaceitável dentro de um Estado democrático e quando estamos saindo de uma eleição. Nós, da OAB, temos denunciado constantemente estes meios truculentos utilizados às vezes pela Polícia Federal contra jornalistas e também contra advogados, enfim, contra os cidadãos brasileiros”, criticou Busato.

O presidente nacional da OAB fez estas declarações após abertura do 50º Congresso Nacional da União Internacional dos Advogados, realizado no Teatro Castro Alves, cerimônia da qual participou também o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie, além dos presidentes das Seccionais da OAB da Bahia, Dinailton Oliveira, do Rio de Janeiro, Octávio Gomes, ex-presidentes e diversos conselheiros federais da entidade e advogados de mais de 80 países. Busato disse esperar que o ministro da Justiça apure os fatos denunciados pelos três jornalistas de Veja – o que foi prometido em entrevista pelo ministro Thomaz Bastos.

Roberto Busato sustentou que “a liberdade de imprensa deve ser preservada, pois esse é um ícone do Estado democrático de Direito e não pode de forma nenhuma ser arranhado”.Ele lamentou que o constrangimento que teria sido praticado contra os jornalistas pelo delegado Moysés Eduardo Ferreira “venha a macular o clima de festa, quando estamos saindo de uma eleição”. E concluiu: “Isso é um absurdo, uma atitude que depõe contra o espírito de conciliação que devemos encontrar daqui pra frente, terminada a disputa eleitoral”."

Na esteira da operação abafa, governo acusa PSDB de vazar dados de Palocci

O governo federal considera esta semana decisiva para conter a crise em torno do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, cobrado a explicar o aumento de seu patrimônio nos últimos anos. A base aliada governista no Congresso estabeleceu como prioridade barrar a tentativa de convocação de Palocci para depor no Senado, ação bem-sucedida na Câmara na semana passada, e impedir que a oposição avance na coleta de assinaturas para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso.

"Essa disputa é um embate político, e o governo vai reagir para não permitir o desgaste do ministro. O Palocci já deu todas as explicações", afirma o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). A avaliação governista é a de que barrar a convocação

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