AVA- NUTRIÇÃO
Artigo: AVA- NUTRIÇÃO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Germinio • 4/2/2015 • 3.637 Palavras (15 Páginas) • 537 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
O estado nutricional do paciente hospitalizado influi em sua evolução cli¬nica e a má nutrição protéico-calórica contribui para o aumento da morbidade-mortalidade. O objetivo deste estudo foi demonstrar que a avaliação nutricional e a triagem do risco nutricional deste paciente contribuem para o diagnóstico do seu estado nutricional e o prognóstico da recuperação da doença.
Segundo SHIBAO, a nutrição pode contribuir muito para a melhoria do estado nutricional de pacientes hospitalizados, fazendo com que eles respondam melhor a terapia medicamentosa; isto faz com que o paciente receba alta rapidamente.
O presente estudo foi realizado com a avaliação de um paciente internado. Primeiramente foi realizada avaliação física onde se verificou através de sinais clínicos deficiência nutricional de ferro e proteínas, conversando com ele sobre sua alimentação e continuando a avaliação verificou-se que paciente perdeu peso por não se alimentar adequadamente, relatou hábito alimentar de baixa ingestão de alimentos. Concluindo, portanto que ele precisava passar por uma triagem de risco nutricional para verificar se ele encontrava-se em risco de desnutrição ou desnutrido. Foi utilizado o formulário de Triagem de Risco Nutricional NRS 2002 (Nutritional Screening Risk), instrumento de avaliação nutricional melhor indicado para este paciente. Metodologia criada por Kondrup et al. (2003) que pode ser aplicada para qualquer paciente hospitalizado independente da idade e doença apresentada. (FONTOURA et cols, 2006).
Conforme esta tabela o paciente foi considerado estar em risco nutricional e a terapia nutricional indicada.
Foi tratado com alimentação adequada e medicado, melhorou seu estado de saúde e recebeu alta com orientações em relação a sua alimentação em casa. A orientação dessa alimentação em casa foi baseada no guia alimentar da pirâmide brasileira, que é um guia que se baseia nos tipos de alimentos e quantidades.
Através deste trabalho verificou-se a importância fundamental da avaliação nutricional do paciente internado para uma boa resposta ao tratamento indicado.
2. TRIAGEM DE RISCO NUTRICIONAL EM PACIENTE INTERNADO
2.1 Material e Método
Para o desenvolvimento deste trabalho foi avaliado um paciente internado na enfermaria de um hospital do SUS e o enfermeiro chefe, que na ausência de um nutricionista, precisou avaliar o estado nutricional do paciente.
2.2 Avaliação do Estado Nutricional
O estado nutricional comprometido afeta o sistema imune e as funções cognitivas, tornando-se fator de risco para infecções, quedas, delírios, reações adversas a medicações, deficiência de cicatrização de feridas, diminuição de síntese de proteínas hepáticas, o que dificulta a recuperação do paciente. (RASLAN et col.,2008). Por isso a importância da avaliação do estado nutricional deste paciente internado.
Através da anamnese e do exame físico verificou-se tratar de um paciente com risco nutricional. As alterações clínicas indicaram conjuntiva pálida, queda de cabelo, deformidades centrais na unha o que demonstrava deficiência nutricional de ferro e proteína.
Durante a anamnese demonstrou cansaço, falta de ar, referiu perda de peso e uma alimentação pobre com baixa ingestão alimentar.
2.3 Formulário de Triagem Risco Nutricional
Perante esses dados foi utilizado o formulário de Triagem de Risco Nutricional NRS 2002 (Nutritional Screening Risk).
A NRS-2002 é composta de questões referentes ao IMC, perda de peso não intencional em três meses, apetite, habilidade de ingestão e absorção de alimentos e fator de estresse da doença. A idade acima de 70 anos é considerada como um fator de risco adicional para ajustar a classificação do estado de risco nutricional. (RASLAN et col.,2008).
O formulário é dividido em duas etapas: triagem inicial, que faz um levantamento de IMC, perda de peso, mudança de hábito alimentar e presença de doença grave, e a segunda etapa, chamada de triagem final, em que classificamos em escores levando em consideração as perguntas feitas na triagem inicial. (SHIBAO, 2014).
Este paciente apresentou Escore igual a 4 pontos ,pois apesar do seu IMC normal, tinha diabetes (1 ponto), pneumonia grave (2 pontos), e a idade de 71 anos ( 1 ponto), o que somou 4 pontos. Esse escore significava que o paciente estava em risco nutricional e a terapia nutricional deveria ser iniciada.
2.4 Evolução do paciente
Paciente foi tratado com administração de medicamentos e nutrição adequada conforme triagem de risco nutricional. Evoluiu muito bem, tratado da pneumonia e estabilizado quanto à diabetes e hipertensão.
2.5 Orientações de alta em relação à alimentação
De acordo com os princípios de uma alimentação saudável, todos os grupos de alimentos devem compor a dieta diária. A alimentação saudável deve fornecer água, carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, fibras e minerais, os quais são insubstituíveis e indispensáveis ao bom funcionamento do organismo. A diversidade dietética que fundamenta o conceito de alimentação saudável pressupõe que nenhum alimento específico ou grupo deles isoladamente, é suficiente para fornecer todos os nutrientes necessários a uma boa nutrição e consequente manutenção da saúde. (MINISTÉRIO DA SAÚDE)
As orientações de alta em relação à alimentação para que ele mantenha uma alimentação saudável foi baseado nos princípios de uma alimentação saudável e também no guia alimentar da pirâmide brasileira em relação aos tipos de alimentos e as quantidades. A pirâmide alimentar brasileira foi criada em 1999, pela pesquisadora Sonia Tucunduva Philippi, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo).
Foi orientada para este paciente uma dieta diária de:
Alimentos energéticos (o arroz, pão, macarrão, batata, mandioca, entre outros produtos), de 5 a 9 porções dos alimentos.
Alimentos reguladores (4 a 5 porções de hortaliças e de 3 a 5 porções de frutas).
Alimentos construtores (leite e derivados, a dos feijões
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