Acidentes Graves

A organização da segurança nas empresas, embora seja muitas vezes determinada pela satisfação de imperativos legais, normalmente designados por “ obrigações do empregador “, pretende essencialmente dar resposta às necessidades internas das próprias empresas, uma vez que estas se encontram inseridas numa realidade social e económica, que tem as suas regras, e não pode ser esquecida nem minimizada.

O desenvolvimento social e empresarial das sociedades conduziu a uma consideração pela pessoa, baseada nas suas características humanas e intelectuais, que a situa como princípio e fim essenciais de todas as actividades. A segurança no trabalho surge, assim, como consequência do reconhecimento pelo valor da vida humana e, consequentemente, da necessidade de salvaguardar a integridade física dos trabalhadores.

A segurança é uma das necessidades do Homem. A falta de condições de segurança e higiene adequadas conduz normalmente os trabalhadores a um estado de preocupação e de tensão permanente, que provoca a desmotivação e se vai reflectir na qualidade do seu trabalho e na produtividade.

A falta de segurança ou níveis baixos de segurança, conduzem à ocorrência de frequentes acidentes ou quase-acidentes, que perturbam o normal funcionamento das instalações, provocam discussões e diminuem o rendimento do trabalho. A segurança é parte essencial e integrante nos objectivos de produtividade da empresa.

A consciência de que os acidentes têm custos e de que nem todos esses custos são transferíveis para as companhias seguradoras, constitui um factor determinante da segurança na Empresa.

A segurança constitui indiscutivelmente um factor de satisfação do cliente: a segurança inerente às características do produto que a empresa fornece; a segurança inerente às instalações; a segurança na execução dos trabalhos, que pode evitar acidentes ou avarias e por conseguinte, interrupções no fornecimento – são alguns exemplos da relação da segurança com a satisfação dos clientes.