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Administração

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Por:   •  19/3/2015  •  1.148 Palavras (5 Páginas)  •  290 Visualizações

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FILOSOFIA

E ÉTICA

Ao falar da relação homem e mulher é muito importante retomar o modo como as mulheres e homens eram tratados durante o processo histórico, enfatizando as diferenças existentes entre eles no âmbito social, político e econômico que permearam durante séculos.

Na Grécia antiga a mulher ocupava posição equivalente a do escravo, sentido de que tão somente estes executavam trabalhos manuais extremamente desvalorizados pelos homens livres.

A mulher era excluída do mundo do pensamento, tinha somente como objetivo ser agradável companheira dos homens, enquanto que estes detinham o poder e impunham toda a sua superioridade.

A ateniense casada vivia a maior parte do tempo confinada em sua casa, detendo no máximo o papel de organizadora das funções domésticas, estando de fato submissa a um regime de quase reclusão. Mesmo antes do casamento, nem se pensava que a jovem pudesse encontrar-se livremente com rapazes, visto que viviam fechadas nos aposentos destinados às mulheres – o gineceu. Deviam lá permanecer para ficar longe das vistas, separadas até dos membros masculinos da própria família.

Ao longo da história da humanidade o homem esteve em uma posição de poder, em Atenas na Grécia Antiga, somente os homens podiam participar da vida política, dos entretenimentos das cidades e eram considerados cidadãos, diferentemente das mulheres. O homem ocupava cargos superiores e era uma autoridade na sociedade. Na Roma antiga, existia uma instituição jurídica denominada pater-famílias, a qual era atribuído ao homem todo o poder sobre a mulher, filhos, servos e escravos.

Na Grécia antiga, a mulher era sempre considerada inferior ao homem. O grande filósofo Platão dava todos os dias graças aos deuses de ter nascido homem e não mulher, livre e não escravo. A mulher ateniense quase não aparecia em publico e tinha papel de pouca importância na vida social encerrada no gineceu, entre suas escravas, distribuía-lhes a lã para fiar, tecia ela própria as roupas, não se juntava aos homens em suas reuniões, saindo apenas para as festas religiosas. A jovem na família recebe instrução rudimentar, cozinha, borda, cose e canta, casa-se conforme a vontade paterna. A mãe de família é completamente sujeita ao marido; este, antes de morrer, pode escolher-lhe um segundo esposo, é considerada apenas como a primeira entre as escravas e pode ser, sem formalidade alguma, repudiada pelo marido.

Naquela época o nascimento de uma menina significava apenas mais uma boca para comer, sendo comum o abandono e a prostituição precoce. Aliás, as meninas, ricas ou pobres, eram expostas, no primeiro caso para arranjarem um bom casamento e no segundo, para tornarem-se prostitutas. Em Roma, também havia hierarquia entre as prostitutas: as mais famosas detinham privilégios, e não apenas financeiros, pois há relatos de influenciarem politicamente seus amantes. Mas também elas, a exemplo das gregas, sofriam com a ameaça constante de que a beleza sumiria e com ela a advinda da miséria.

Portanto ser mulher, pobre ou rica, bonita ou feia, determinava seu destino imediato mas não a longo prazo pois todas coexistiam com a ameaça constante da miséria absoluta. Para ambas, prostitutas ou esposas, era vedado o título de cidadãs, contudo o papel exercido de uma ou outra determinava o acesso maior ou menor à liberdade, e em alguns casos na participação da vida pública, embora sem direito de voz.

Ao retomar essas realidades, quer-se salientar o quanto se avançou hoje se comparado ao passado, seja em termos sociais (garantia de políticas públicas) como econômicos (acesso ao mundo do trabalho) e mesmo políticos. Mas também, afirmar que ainda se está longe de baixar as bandeiras de luta não apenas considerando a realidade precária de milhares de mulheres que vivem no mundo oriental, mas também os limites cotidianos encontrados no ocidente. Tanto no que diz respeito às relações afetivas mais equilibradas entre homens e mulheres (questão de gênero), como condições mais adequadas de acesso e permanência no mercado de trabalho, e com especial destaque para participação limitada das mulheres no mundo público da política.

Como diz Arendt (2002), é preciso resgatar o conceito grego de política da participação nas decisões dos rumos da sociedade, questões essas que ultrapassam as melhorias econômicas imediatas de subsistência (embora essas sejam muitas vezes entraves iniciais para o engajamento

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