Administração Científica
Exames: Administração Científica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: LeticiaPereira • 6/11/2014 • 1.401 Palavras (6 Páginas) • 273 Visualizações
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
A abordagem básica da Escola da Administração Científica se baseia na ênfase colocada nas tarefas. O nome Administração Científica é devido a tentativa da aplicação dos métodos da ciência aos problemas da Administração a fim de aumentar a eficiência industrial. Os principais métodos científicos aplicáveis aos problemas da Administração são a observação e a mensuração. A Escola da Administração Científica foi iniciada no começo do século passado pelo engenheiro americano Frederick W. Taylor, considerado o fundador da moderna TGA. A preocupação original foi eliminar o fantasma do desperdício e das perdas sofridas pela indústria e elevar os níveis de produtividade por meio da aplicação de métodos e técnicas de engenharia industrial.
1. Primeiro Período de Taylor
Taylor começou por baixo, junto com os operários do nível de execução, efetuando um paciente trabalho de análises das tarefas de cada operário, decompondo os seus movimentos e processos de trabalho para aperfeiçoá-los e racionalizá-los. Verificou que os operários médios e com equipamento disponível produzia muito menos do que era potencialmente capaz. Concluiu que se o operário mais produtivo percebe que obtenha a mesma remuneração que o seu colega menos produtivo, acaba se acomodando, perdendo o interesse e não produzindo de acordo com sua capacidade. Daí a necessidade de criar condições de pagamento mais ao operário que produz mais. Em essência, Taylor diz, em Shop Management, que:
1. O objetivo da Administração é pegar salários melhore e reduzir custos unitários de produção.
2. Para realizar tal objetivo, tal Administração deve aplicar métodos científicos de pesquisa e experimentos para formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitam o controle das operações fabris.
3. Os empregados devem ser cientificamente selecionados e colocados em seus postos com condições de trabalho adequadas para que as normas possam ser cumpridas.
4. Os empregados devem ser cientificamente treinados para aperfeiçoar suas aptidões e executar uma tarefa para que a produção normal seja cumprida.
5. A Administração precisa criar uma atmosfera de íntima e cordial cooperação com os trabalhadores para garantir a permanência desse ambiente psicológico.
2. Segundo Período de Taylor
Para Taylor, as indústrias de sua época padeciam de três males:
1. Vadiagem sistemática dos operários, que reduziam a produção a cerca de um terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela gerência.
2. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização.
3. Falta de uniformidade das técnicas e dos métodos de trabalho.
Para sanar esses três males, Taylor idealizou o Scientific Management difundido sob os nomes de Administração Científica, Sistema de Taylor, Gerência Científica, Organização no Trabalho e Organização Racional do Trabalho. Segundo Taylor, o Scientific Management é uma evolução não uma teoria, tendo como ingredientes 75% de análise e 25% de bom senso. Para Taylor, a implantação da Administração Científica deve ser gradual e obedecer a um período de quatro a cinco anos para evitar alterações bruscas que causem descontentamento por parte dos empregados e prejuízo aos patrões. A Administração Científica é uma combinação de: “Ciência em lugar de empirismo. Harmonia em vez de discórdia. Cooperação e não individualismo. Rendimento máximo em lugar de produção reduzida. Desenvolvimento de cada homem a fim de alcançar maior eficiência e prosperidade”.
ANÁLISE DO TRABALHO E DO ESTUDO DOS TEMPOS E MOVIMENTOS
O instrumento básico para se racionalizar os trabalhos dos operários era o estudo de tempos e movimentos (motion-time study). O trabalho é executado melhor e mais economicamente por meio da análise do trabalho, isto é, da divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada operação de uma tarefa. Observando metodicamente a execução de cada operação a cargo dos operários, Taylor viu a possibilidade de decompor cada tarefa e cada operação da tarefa em uma série ordenada de movimento simples. Os movimentos inúteis eram eliminados enquanto os movimentos úteis eram simplificados, racionalizados ou fundidos com outros movimentos para proporcionar economia de tempo e de esforço ao operário. A essa análise do trabalho seguia-se o estudo do tempo e movimentos, ou seja, a determinação do tempo médio que um operário comum levaria para execução da tarefa, por meio da utilização do cronômetro. A esse tempo médio eram adicionados os tempo de elementares e mortos para resultar o chamado tempo padrão. Com isso padronizava-se o método de trabalho e o tempo destinado à sua execução. Método é a maneira de se fazer algo para obter um determinado resultado. O estudo dos tempos e movimentos permite a racionalização do método de trabalho do operário e a fixação dos tempos-padrão para execução das tarefas. Traz outras vantagens adicionais, a saber:
1. Eliminação do desperdício de esforço humano e dos movimentos inúteis.
2. Racionalização da seleção e adaptação dos operários à tarefa.
3. Facilidade no treinamento dos operários e melhoria da eficiência e rendimento da produção pela especialização das atividades.
4. Distribuição uniforme do trabalho para que não haja períodos de falta ou excesso de trabalho.
5. Definição de métodos e estabelecimento de normas para a execução do trabalho.
6. Estabelecer uma base uniforme para salários equitativos e prêmios de produção.
Frank B. Gilbreth (1868-1924) foi um engenheiro americano que acompanhou Taylor em seu interesse pelo esforço humano como meio de aumentar a produtividade. Introduziu o estudo dos tempos e movimentos dos operários como técnica administrativa básica para a racionalização do trabalho.
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Quadro: Os movimentos elementares (Therbligs) de Gilbreth
Fonte: Idabelrto Chiavenato, 2004.
Concluiu que todo trabalho manual pode ser reduzido a movimentos elementares (aos quais deu o nome de therblig, anagrama de Gilbreth), para definir os movimentos
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