Administração Estratégica
Casos: Administração Estratégica. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: AllineNobre • 31/3/2014 • 1.938 Palavras (8 Páginas) • 352 Visualizações
"A estratégia mudou: hoje a vantagem competitiva pode vir da rede de clientes". Michael Porter
Administração Estratégica é um processo que envolve as cinco funções administrativas, são elas: atividades de planejamento, organização, direção, coordenação e controle, tendo esta política o intuito de atingir os objetivos organizacionais.
Obs: podemos observar na definição acima que administração estratégica não significa planejamento estratégico, visto que aquela possui uma amplitude maior e engloba as atividades do planejamento, tornando este uma parte do sistema estratégico. Difere do planejamento estratégico por ser mais amplo, sistêmico.
Conceituando a Administração Estratégica vemos que ela é a maneira pela qual as organizações dinamizam os planos desenvolvidos na etapa de Planejamento Estratégico e é através deste tipo de gerenciamento que as instituições executam suas estratégias e geram - se necessário - revisões e realinhamentos na intenção de atingir os objetivos esperados.
Vejamos o que o renomado Ph.D Henry Mintzberg conceitua sobre a matéria:
“o processo de conceber, implementar e avaliar continuamente uma estratégia que assegure o êxito atual da organização e construa as competências essenciais para o seu sucesso no futuro.”
O gerenciamento através deste tipo de gestão busca responder aspectos como:
1. Onde a organização está? (através do diagnóstico estratégico);
2. Aonde a organização quer chegar? (através da visão e objetivos);
3. Como a organização irá chegar? (através das metas, programas e ações);
4. Como a organização está indo? (através dos sistemas decontrole).
Através destes questionamentos podemos tomar conhecimento da atual situação da organização e com isso direcionar esforços na intenção de explorar os pontos fortes e as oportunidades existentes de forma objetiva; também podemos aproveitar o levantamento para eliminar pontos fracos encontrados e reduzir ou pelo menos minimizar os impactos das ameaças existentes no ambiente; Com isso, os objetivos poderão ser traçados de forma realista e mensurável.
Obs. Leia na guia “Análise de SWOT” como reconhecer e definir as forças, fraquezas, ameaças e oportunidades de uma organização, ferramentas esta bastante importante no processo de administração estratégica.
Administrar uma organização assumindo uma visão estratégica é muito importante na atualidade pois assim poderá ser criado um senso de direção coeso, focalizar os esforços de todos os colaboradores, facilitar a integração sistêmica da organização, guiar de forma estruturada os seus planos e decisões enquanto todo o processo é avaliado.
HISTÓRICO DA ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
Vemos ao longo da história uma evolução contínua do processo de administração estratégica, principalmente na era atual, decorrente de um ritmo acelerado das transformações ocorridas na sociedade e na velocidade com que as informações têm se desenvolvido.
O ritmo da transformação em períodos anteriores à década de 50 – na sociedade em geral e no mundo dos negócios – era relativamente lento e uniforme, o que permitia o desenvolvimento de planos baseados em projeções de cenários norteados por visões empíricas e românticas.
Em cada fase da evolução da abordagem estratégica englobou-se a prática da anterior e uma complementação de forma melhorada, de modo que, durante a evolução da teoria administrativa, os aspectos que poderiam estar limitando ou distorcendo seu conjunto eram paulatinamente corrigidos.
Durante o curso dessa evolução, inaugura-se um novo paradigma – a era da gestão estratégica e competitiva.
Descrevo abaixo, o quadro, extraído na íntegra do Curso de Estratégias de Empresas da FGV, contendo as principais características das décadas posteriores, para o entendimento da evolução do pensamento estratégico e posterior comentários:
*Miopia Administrativa: Visão não muito clara sobre determinado assunto, impossibilitando a observação de todos os pontos. No campo empresarial, trata-se de uma visão restrita, que se concentra exclusivamente no produto, negligenciando o lado do cliente.
Década de 50: Predominou a primeira fase evolutiva do pensamento estratégico. Na verdade, grande parte daquilo que era chamado de planejamento financeiro não tinha nada de planejamento e sim controle financeiro – a alta administração da empresa aprovava um orçamento anual e monitorava o desempenho dos negócios a partir dos marcos e cronogramas daquele orçamento, os quais eram definidos pelo principal executivo e grande estrategista da empresa.
Neste período, conhecido como Escola do Planejamento Financeiro, altamente formal e quase mecanicamente programada pelo orçamento anual – na busca da eficiência dos processos, o enfoque utilizado era o top-down – de cima para baixo –, ou seja, um único estrategista, que era o executivo do topo da pirâmide organizacional, determinava e acompanhava a execução do planejamento baseado na previsão de receitas.
A coordenação e o controle de todos os recursos eram feitos a partir dos objetivos por ela planejados.
Uma das características desta escola era a Administração Por Objetivo - APO desenvolvida por Peter Druker, onde os objetivos eram estabelecidos pelos subordinados e supervisores, devendo ser atingidos dentro de um certo período.
Década de 60: Esta década correspondeu à fase do planejamento a longo prazo, baseando-se nas premissas de que o futuro pode ser estimado a partir da projeção de indicadores passados e atuais e melhorados, no longo prazo, por uma intervenção ativa no presente.
Neste período, conhecido como Escola do Planejamento a Longo Prazo, eram trabalhadas metodologias simples de elaboração de cenários onde pareciam não ser adequados à explicação de fenômenos mais complexos e uma de suas funções era o destaque a técnicas de preenchimento de Gaps (lacunas) existentes entre os pontos de projeção de referência e os do cenário desejável.
A visão de futuro das empresas era desenvolvida através da elaboração de cenários orientados por regras de causa e efeito.
O planejamento de longo prazo descrito neste assunto apresentava algumas premissas tradicionais sobre
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